quarta-feira, 25 de junho de 2008

Redescobrir a posição 10….Arshavin



Escrevi no fim da 1ª jornada da fase de grupos que este iria ser o europeu das transições rápidas, julgo não me ter enganado, as duas equipas que melhor futebol praticaram, apostaram e muito nessa forma de chegar ao golo, Holanda e Rússia, pena se terem encontrado nos quartos de final.

A Rússia que perde 4-1 com a Espanha e que ganha á Grécia, não tem nada haver com a Rússia que tem jogado dai para a frente, nesses dois primeiros jogos, joga por castigo, sem o seu timoneiro dentro de campo, Arshavin, com ele esta selecção joga como um relógio Suíço, preciso por dentro e bonito por fora.

Aconteça o que acontecer daqui para a frente, este Russo, Deco e Sneijder disseram a grande parte dos treinadores mundiais que a posição 10 não deve morrer, que a posição 10 não pode morrer, que todas as equipas precisam de alguém que dentro da ordem táctica da equipa, provoque ordeiramente, uma desordem na equipa adversária, com dribles, passes, simulações e golos. È assim o futebol deste pequeno russo, mas também de Deco, Sneijder, Riquelme e Valdivia, o adepto de futebol fica feliz com esta reinvenção da posição 10, volta a ter em campo aqueles jogadores traquinas, que em campo vêem aquilo que mais ninguém vê.

Antes do euro a Europa preocupava-se para onde iria Ronaldo jogar, se em Manchester ou em Madrid, a mesma Europa que olha agora para São Petersburg, piscando o olho a Arshavin, ou olhando para Moscovo e namorando Pavlyuchenko. Mas a história diz-nos que os Russos raramente são felizes fora do seu habitat, um habitat de clubes europeus onde Ronaldo seja em Madrid ou Manchester ditará leis, suportado pelos enormes em planteis (em qualidade) existentes.

Era inevitável, os nomes e o talento ganham jogos, os colectivos campeonatos!
Que Portugal tinha, tem talentos disso não havia dúvidas, faltava saber se tinham colectivo, ficou provado neste europeu que não!
Portugal viveu sempre de Deco, apesar de um pouco apagado no primeiro jogo, depois disso foi sempre o melhor Português, tentou juntar a equipa, tentou ordenar e fazer jogar, mas os restantes não lhe seguiram as pisadas. Pena Deco, pena.

Holanda 2 romenia 0 / italia 2 frança 0

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Alemanha 1 Austria 0 / Croacia 1 Polonia 0

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suiça 2 portugal 0 / Turquia 3 Rep checa 2

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quarta-feira, 11 de junho de 2008

Não ter Totti e ter Del Piero....Milan e Roma

Quem acompanhou esta Itália na fase de qualificação pós lesão de Totti, não poderia esperar estar à espera de outra “Azzura”, de outro esquema para a fase final do europeu.
4 defesas, 5 médios sem bola e 3 com bola (dois médios alas, transforma-se em extremos quando ganham a bola) e um ponta de lança.
Uma equipa que não privilegia a transição em posse de bola porque Gatuso e Ambrosini tem dificuldades em o fazer, só Pirlo se sente como peixe na agua, com a bola nos pés, quando chega a hora de servir os avançados.

Existem dois homens fundamentais nesta forma de jogar Italiana, Di Natale e Camoranesi, que tem de fechar os corredores laterais e ainda apoiar em diagonais constantes o avançado Luca Toni, que desvia para as alas de cabeça ou com os pés as bolas lançadas, pelo pouco criativo miolo Italiano.
Se um deles (Camoranesi ou Di Natale) não estiver em dia sim fisicamente para cumprir a sua missão, a Itália tem dificuldades em chegar à baliza adversária.
Foi assim até à entrada de Del Piero, já quando perdia por 2-0 e com 15 minutos jogados da segunda parte. Donadoni sem Totti, abdica do único jogador capaz de o fazer da mesma forma esse papel em campo, que mesmo já não tendo a velocidade de outros tempos, poderia ser a muleta perfeita para Pirlo em termos de criatividade, já que este é o único criativo dos 10 que jogam à frente de Buffon.

Se Donadoni quer manter este esquema, terá que em meu entender dar mas alguma qualidade de passe ao seu meio campo, olhando rapidamente para as opções saltam logo à vista De Rossi, Aquilani e Perrotta da Roma e Borriello do Génova. Todos eles com qualidade de passe e mobilidade suficiente para dar mais fluidez na circulação e nas transições do futebol Italiano.

Fim do 1º Round / Euro…transição

Acabou a primeira jornada de todos os grupos e quase nenhuma surpresa, o único resultado que deixou a Europa do futebol de boca mais aberta terá sido o Holanda 3 Itália 0 e é pela natureza dos números.
Tive a felicidade de assistir aos 3 melhores jogos da primeira ronda de grupos, Portugal 2 Turquia 0, satisfaz + para Portugal, Holanda 3 Itália 0 os números enganam, belo jogo de futebol, satisfaz bastante para a Holanda e a Itália tem direito a um post só dela, e o Espanha 4 Rússia 1, Satisfaz bastante para os Espanhóis e razoável para os Russos, apesar da natureza dos números.

Esta primeira ronda poderá definir o que será este euro no futuro, em termos de opções técnicas. Revejam os golos todos da primeira ronda e contem o numero de golos surgidos na sequencia de transições rápidas, defesa – ataque, 2 de Portugal, 2 da Holanda, 3 das Espanha e 1 da Alemanha, total de 8!!!
Neste campo, Holandeses e Espanhóis poderão ter uma grande palavra a dizer, pelas características dos seus homens do meio campo e ataque, facilidade de passe, visão de jogo, mobilidade e qualidade de finalização, aos Portugueses poderá faltar a qualidade de finalização. Se os espanhóis se queixam por excesso de finalizadores, nós por cá……

Ps: palavra para Engelaar, num meio campo super criativo, alguém tem que dar o equilíbrio defensivo e jogar na sombra. Aquele gigante fê-lo na perfeição.

Grecia 0 Suecia 2 e Espanha 4 Russia1

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Holanda 3 Itália 0 e França 0 Romenia 0

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segunda-feira, 9 de junho de 2008

croatia vs austria 1:0 and germany vs poland 2:0

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Suiça vs Republica Checa

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Portugal vs Turquia

Portugal entrou com o pé direito neste europeu, jogo globalmente bem conseguido, deixando de lado a Ronaldo dependência.
Sem ser uma exibição brilhante, o jogo de Portugal foi sempre no sentido de controlar a Turquia, e expor em campo a nossa melhor qualidade técnica ao serviço do colectivo, não se viram muitas cavalgadas alucinadas de Ronaldo, o que ajudou a melhor o jogo “Tuga”.
Em minha opinião não começamos bem, João Moutinho estava um pouco escondido ou sem muita bola, o que dificultava a transição defesa ataque, sendo que a opção era invariavelmente solicitar os avançados pelo ar. Esta situação manteve até cerca dos 20/25 minutos de jogo, altura em que Moutinho e Petit acertaram nas transições e a bola começou a chegar limpa quer aos avançados quer a Deco, e com a bola no solo começamos a criar espaços no meio campo Turco. Ao intervalo o nulo começava a suar a escasso.
O Inicio da segunda parte reforçou mais ainda as tendências, do final da primeira, mais posse e melhor circulação de bola dos “Tugas”, e o natural 1-0 por Pepe.
O jogo continuou no mesmo tom, poderíamos ter feito 2-0 por diversas vezes, até que vi, (finalmente) Scolari fazer uma boa substituição, tirar Nuno Gomes, apesar deste estar a fazer uma excelente partida, faltando-lhe o golo que merecia, e pôr Nani numa das alas, passando Cristiano Ronaldo a ser o ponta de lança e Simão o extremo do lado contrario ao de Nani.
A selecção passou a apostar ainda mais em transições rápidas no espaço que a lenta defesa Turca concedia nas suas costas, foi assim que a finalizar o jogo, o entrado Raul Meireles matou o jogo após uma transição rápida de Ronaldo e simulação de Moutinho.

Apesar de tudo que apenas e só focar um aspecto que pode vir a ser importante, o facto de pouco ou nada Paulo Ferreira não ter subido no terreno para apoiar o extremo do seu lado. Sabemos que Bosingwa tem mais essa aptidão e que se um lateral vai o tem que ficar mais contido, sabemos também que Paulo é uma adaptação á esquerda, mas numa outra fase da competição iremos precisar de um pouco mais de Paulo Ferreira em termos ofensivos do que aquilo que tivemos este jogo.

Palavra para a dupla de centrais Ricardo Carvalho e Pepe (bom golo), Moutinho depois de ter entrado no jogo foi dos melhores, e Nuno Gomes, belo jogo do avançado do Benfica, apesar de continuar a pecar na hora do golo!

Outra nota, a selecção, caso não tenham reparado acabou a jogar num losango, com Meira no vértice defensivo, Raul Meireles e Petit no vértices laterais e Moutinho no ofensivo. Será esse o Plano B de Scolari? Poderá ser, mas nunca com a totalidade dos elementos que o compuseram e terminaram o jogo!
Depois desta vitória, maior é a obrigatoriedade de passar a fase de grupos.

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