A Rússia que perde 4-1 com a Espanha e que ganha á Grécia, não tem nada haver com a Rússia que tem jogado dai para a frente, nesses dois primeiros jogos, joga por castigo, sem o seu timoneiro dentro de campo, Arshavin, com ele esta selecção joga como um relógio Suíço, preciso por dentro e bonito por fora.
Aconteça o que acontecer daqui para a frente, este Russo, Deco e Sneijder disseram a grande parte dos treinadores mundiais que a posição 10 não deve morrer, que a posição 10 não pode morrer, que todas as equipas precisam de alguém que dentro da ordem táctica da equipa, provoque ordeiramente, uma desordem na equipa adversária, com dribles, passes, simulações e golos. È assim o futebol deste pequeno russo, mas também de Deco, Sneijder, Riquelme e Valdivia, o adepto de futebol fica feliz com esta reinvenção da posição 10, volta a ter em campo aqueles jogadores traquinas, que em campo vêem aquilo que mais ninguém vê.
Antes do euro a Europa preocupava-se para onde iria Ronaldo jogar, se em Manchester ou em Madrid, a mesma Europa que olha agora para São Petersburg, piscando o olho a Arshavin, ou olhando para Moscovo e namorando Pavlyuchenko. Mas a história diz-nos que os Russos raramente são felizes fora do seu habitat, um habitat de clubes europeus onde Ronaldo seja em Madrid ou Manchester ditará leis, suportado pelos enormes em planteis (em qualidade) existentes.
Era inevitável, os nomes e o talento ganham jogos, os colectivos campeonatos!
Que Portugal tinha, tem talentos disso não havia dúvidas, faltava saber se tinham colectivo, ficou provado neste europeu que não!
Portugal viveu sempre de Deco, apesar de um pouco apagado no primeiro jogo, depois disso foi sempre o melhor Português, tentou juntar a equipa, tentou ordenar e fazer jogar, mas os restantes não lhe seguiram as pisadas. Pena Deco, pena.