terça-feira, 27 de julho de 2010

Lição bem estudada

Palavras para quê, vejam as imagens! Golo de Sergio Canales (Real Madrid)

domingo, 25 de julho de 2010

terça-feira, 6 de julho de 2010

A “Equipa” contra os reis da posse de bola


Aconteça o que acontecer neste mundial de futebol, a Alemanha sairá sempre com o titulo de “A Equipa”, do mundial. Apesar da derrota no segundo jogo da competição, frente á Sérvia, num jogo onde mereceram amplamente outro resultado, a formação jogou em todos os jogos como uma verdadeira equipa, como uma máquina bem oleada, tendo as perfeitas noções do que fazer, quando fazer e como fazer para alcançar a vitória. Poderão agora dizer que não conseguiram bater a Sérvia e nos Oitavos de Final tiveram a preciosa ajuda de um golo limpo não validado contra a Inglaterra, que na altura colocaria o resultado em 2 a 2. Mesmo nesse jogo vi uma Alemanha com a completa noção que o colectivo será sempre mais importante que o individual. Foi assim que colectivamente aguentaram o cerco Britânico em busca da igualdade, para depois os “matar” em duas transições rápidas.

Quem viu o jogo contra Argentina percebe bem o que é esta Alemanha. Forte colectivo, tudo pelo colectivo, depois a qualidade individual de cada um empresta em prol do colectivo. Parece que me estou a repetir mas não. Os casos mais flagrantes do que acabo de dizer são Schweinsteiger médio ofensivo, transformado em médio de contenção/ transição e Oezil, médio criativo que mesmo tendo autorização para driblar, procura sempre a opção mais correcta para a equipa. Aliás em todo o mundial não me lembro de ter visto um drible de um jogador Alemão sobre um qualquer adversário.

O Tic tac Espanhol, chega a esta fase do mundial a pedir férias! Grande parte do jogadores Espanhóis já leva um grande numero de jogos na época e a velocidade de processamentos nem sempre é mesma, aliada a pressão sobre a bola que a selecção Espanhola opta por fazer quando não a tem.
Assim tem sido Villa a resolver o que o tic tac tem tido dificuldades em fazer.

A Espanha tem apresentado debilidades defensivas, principalmente pelo lado de Sérgio Ramos (é usual dar as costas) e Puyol com saídas fora do contexto da sua posição. A Alemanha é equipa para saber aproveitar essas debilidades Espanholas, mas a Espanha apanhando-se a ganhar dificilmente perde, porque não deixa mais ninguém ter a bola.

Grande meia final em perspectiva a “Equipa” contra os reis da posse de bola

As "Canchas" e o Sol poderá a vir ser Laranja?


Pedir a um jogador Argentino que defenda, É contra natura! Nas "canchas" de San Telmo, La Boca, Recoleta e Palermo, El Caminito, os miúdos só aprendem o jogo na perspectiva atacante, só aprendem a driblar, a enganar o adversário, poucos aprendem a arte de roubar a bola, a arte de não ser enganado.
Uma forma semelhante de aprendizagem, tem os jovens holandeses, atacar, atacar, esta sempre no pensamento do jogador holandês. Gerir resultados não esta no gene, dos meninos do país das tulipas. Não estava, até ter surgido Bert Van Marwijk, que pode não ganhar este mundial, mas já teve o mérito de apresentar uma Holanda equilibrada, quer a atacar quer a defender.
Esta foi e principal diferença entre Argentina e Holanda, neste mundial, foi “a” diferença que fez com que os Holandeses tivessem feito cair o poderoso Brasil, e os Argentinos caíssem aos pés da “máquina” Alemanha.

Em Setembro de 2009 escrevi um post onde falei da defesa Argentina, sobre a qualidade dos seus laterais e centrais, 9 meses depois, foi esse sector e a sua forma de defender que os fez cair no mundial. A minha opinião sobre Heinze, Pappa Otamendi, Burdisso, Demichelis matem-se, qualidade muito reduzida.

Não me parece que Heiting, Van Brockhorst, Ooijer, Van Der Wiel ou Mathissen, sejam muito melhores defensores que qualquer defesa Argentino, no entanto ganham em aspecto que fazem a diferença em jogos contra equipas ao nível da Argentina ou da Holanda. Na concentração e na emoção! Estão mais concentrados, emocionalmente são mais equilibrados, colectivamente mais coesos, logo erram menos, logo são melhor equipa a defender, com a colaboração do meio campo.

È tempo de futebol Argentino fora das “canchas”, fora das ruas, nas escolas dos seus clubes, é hora de formarem defensores ao nível do seus jogadores de meio campo ataque! Porque nas ruas, nas melhor escola de futebol que por essa Europa fora vai desaparecendo, só se vai continuar a ensinar a arte da criatividade e da leitura de jogo.

Pergunto-me é se este equilíbrio ofensivo e defensivo que a selecção Holandesa parece ter reencontrado no seu futebol, lhe chegará para voltar a conquistar o mundo?

De qualquer das formas, acredito e muito nesta geração do futebol Holandês, que têm em Robben e Sneijder os seus mais altos representantes. Depois olho e vejo ainda Van Piersie, Babel, Kuyt, Huntelaar, Van Der Vaart Afellany, Elia! Qualidade sem dúvida, para mais 8 anos.

O Sol pode vir a ser Laranja brevemente.