quinta-feira, 28 de maio de 2009

"més que un club", uma filosofia de futebol

Em crianças todos nós jogamos ás “escondidas”, jogo com regras de fácil compreensão, que poderia ser jogado em qualquer rua, onde houvesse espaços, que nos pudéssemos esconder. Não sei que nome terá esse jogo na Argentina, mas é a segunda vez que vejo o mesmo Argentino, faze-lo num campo de futebol, a 1ª foi no dia 2 de Maio em Madrid, no Real Madrid 2 - Barcelona 6. Messi jogou ás escondidas com os defesas e médios Ingleses, o Barcelona jogou ao esconde a bola com o United.

Os jogos muitas vezes começam nas palestras, nas palavras que os treinadores dizem dias, horas ou mesmo minutos antes dos jogos.
Nunca saberemos o que Ferguson e Guardiola disseram aos seus jogadores, mas estou certo que os jogadores do Barcelona entenderam melhor a mensagem de Guardiloa.

Não vale a pena agora perguntar, o que teria sido o jogo se Ronaldo nos 1ºs 10 minutos tivesse transformado um dos seus remates á baliza de Valdês em golo. Tinha escrito na minha antevisão ao jogo que para mim eram duas equipas com filosofias de ataque, mas com dinâmicas diferentes, a diferença esteve precisamente ai, Ferguson terá renunciado um pouco da sua dinâmica, Guardiola não. Passo a explicar.

O Manchester é por norma uma equipa que gosta de jogar com ataques rápidos seja com transições em posse e circulação, seja com lançamentos longos. Ontem pelo esquema apresentado (que a mim não surpreendeu) o United optou quase sempre por tentar ataques rápidos através de lançamentos longos, e se isso resultou durante os 10 minutos iniciais, após a defensiva do Barcelona ter acertado as marcações e movimentações, essa dinâmica deixou de resultar, devido ao facto de ter passado a existir muito espaço entre os 3 médios centros Carrick, Anderson e Giggs e os avançados/ médios alas Rooney e Park, já para não falar de Ronaldo, a distância entre Carrick o mais recuado de todos e Ronaldo era quase tão grande como os Km que distanciam Roma de Manchester. Ora isso não costuma acontecer quando o United joga desta forma, os médios normalmente jogam subidos para poder ganhar a bola em zona subida do campo, mas deste vez presos entre a indecisão de não desguarnecer a zona central do campo, e assim dar ainda mais liberdade a Messi, e subirem para ganhar a bola em zona alta, ficava presos entre uma coisa e outra, e acabam por optar por manter as suas posições defensivas. Ferguson tentou decalcar um pouco o jogo do Dragão, mas convenhamos que a qualidade técnica e individual do Porto está a anos luz do meio campo / ataque do Barcelona. Pessoalmente gosto mais de ver o Manchester a jogar em posse e circulação de bola, aliás é assim que abordam os jogos normalmente, mas para isso era necessário Scholes, médio capaz de saltar etapas na construção de jogo e rapidamente colocar a bola no campo de ataque próximo dos avançados, o “Cenoura”, que só entrou aos 75 minutos com o resultado em 0- 2. Num futuro próximo Anderson também o fará com a mesma qualidade e eficácia do Scholes, mas ontem não consegui.

Guardiola sabia que corria o risco de não ter Iniesta e Henry nas melhores condições para este jogo, mas Guardiola sabia que era a final, e que estando minimamente bem, nem o Espanhol nem o Francês com a experiencia e qualidade que têm o deixariam mal.
Aliás para Guardiola tentar repetir a fórmula de Madrid era fundamental que os dois estivessem em campo, assim como era fundamental ter um lateral ofensivo, dai a opção por Sylvinho, no lugar do esperado Keita (nunca acreditei na possibilidade Keita a lateral). O Barcelona é na sua dinâmica colectiva uma equipa de posse e circulação, Ferguson afirmou depois do jogo que “Xavi e Iniesta podem ficar com a posse de bola numa noite inteira”, mas não é só Xavi e Iniesta, é toda a equipa do Barcelona, eles são apenas e só os dois “gémeos” (génios) do meio campo que, são os pivot dessa posse de bola, os que marcam os ritmos, as mudanças de flanco, os momentos de atacar a baliza, os momentos de esconder a bola e o jogo, para enervar ou acalmar o adversário. Ao lado de Xavi e Iniesta, Busquets parecia um vetereno ou um fora de série, foi a maior prova do que acabo de escrever.
Depois há Messi, a quem Guardiola voltou a dar a oportunidade de jogar como falso ponta de lança, colocando Henry na esquerda e Eto´o na direita como tinha feito em Madrid. E Messi voltou a deixar os centrais a falar sozinhos (Ferdinand e Vidic) e a jogar ás escondidas com o médios, voltou aparecer nas costas dos médios defensivos, de onde sai, para receber a bola e criar desequilíbrios tentando servir Henry e Eto´, aliás o 1º golo do Barcelona é o melhor exemplo disso, mas ai Iniesta fez de Messi. E no 2º golo, os centrais estavam tão habituados a ele não estar na zona de acção deles, que na 2ª vez que por lá apareceu, foi milimetricamente servido por Xavi, e fez golo.
Para além disso, Messi é técnica, velocidade, criatividade, drible, é domínio de bola, é passe e recepção, é visão de jogo, é um “extraterrestre”, na equipa que melhor futebol pratica, actualmente por esse mundo fora. É e será sempre a filosofia das gentes de Barcelona, querer que as suas equipas joguem bom futebol, preferem perder jogando bem, que ganhar jogando mal, é devido a isso, que treinadores apesar de ganhadores, foram demitidos, mais que um clube…uma filosofia de futebol, de bom futebol.

Foi um jogo que todos os treinadores, que gostam que as suas equipas gostem de jogar em posse e circulação de bola no meio campo adversário, devem guardar para mostrar, o Barcelona fez isso na perfeição durante 80 minutos de um jogo, que era apenas e só a final da mais importante competição de clubes da Europa.
A Bola escreveu na edição de hoje na página 6 “A arte de jogar rápido dando a sensação de tudo ser feito com lentidão”, descreve perfeitamente a forma de jogar deste Barça, isto porque além dos seus jogadores correrem muito, sabem para onde correr e quando correr.

Nota final para o duelo particular entre Ronaldo e Messi. Sempre concordei que Ronaldo é o melhor do mundo, porque Messi é extra terrestre (não deveria contar nas votações para a eleição do melhor do mundo) e aquele que mais se aproxima dele (Messi) é….Kaká…




terça-feira, 26 de maio de 2009

Recordando os 3 Mosqueteiros do futebol nacional

Luís Figo anunciou que no final desta época se iria retirar do futebol profissional de alta competição. Com a sua retirada, termina assim o “livro” de uma geração de luxo, que tiveram para mim, como expoentes máximos aqueles que chamo os 3 mosqueteiros do futebol nacional, toda a década de 90 e início do século xxl. João Viera Pinto, Rui Manuel César Costa e Luís Filipe Madeira Caeiro Figo. Sem desprestigio para ninguém, porque muitos deles foram jogadores de inegável qualidade (Paulo Sousa, Fernando Couto, Vítor Baia, entre outros), todos os outros foram a cavalaria que acompanhou este trio. Felizmente vivemos na era da tecnologia e mais imagens ficaram guardadas nos registos televisivos, para podermos explicar aos que nunca terão o prazer de vê-los jogar, o porquê de terem figurado entre os melhores do mundo, o porquê de Figo ter sido o melhor do mundo. Até sempre Mosqueteiros…..






segunda-feira, 25 de maio de 2009

Antevisão da final champions 2008/09

Um jogo de futebol será sempre e na sua essência um desafio entre 11 jogadores, actualmente entre 11 jogadores mais 7 suplentes e claro uma vasta equipa de técnicos, tendo á cabeça os treinadores principais. Ao contrário de que os média querem fazer passar, no relvado do olímpico de Roma não estarão apenas e só Messi e Ronaldo, rodeados dos seus super peões.


È o jogo do ano…!!É talvez a mais aguardada final da liga dos campeões dos últimos anos. Manchester United contra o Barcelona. Duas equipas com o mesmo objectivo. Ganhar, duas equipas que para esse objectivo, cultivam uma filosofia de futebol de ataque, sendo que diferem apenas e só nos métodos. Favoritos? A equipa que no dia do jogo conseguir reproduzir melhor aquilo que os levou até a Roma e que os levou a sagrarem-se os melhores nos seus países.

O United defense o seu titulo, conquistado o ano passado numa final decidida por penaltys. Ferguson, apenas não poderá contar com Flecther, que até não é um dos indiscutíveis, de resto todos aptos, o que dá ao Escocês a hipótese de esconder até a hora do jogo como jogará, em que esquema se apresentará, isto porque seja qual for o esquema a dinâmica que o Manchester transporta á mais de uma década estará lá.
Acredito que Ferguson se apresentará em termos de desenho táctico de um modo muito semelhante ao que apresentou no Dragão 4 defesas O `Shea na direita, Ferdinand, Vidic e Evra, meio campo com 5 homens, Carrick Scholes e Anderson, Park e Rooney farão as alas e na frente Ronaldo solto na frente de ataque. Caso queira jogar com dois avançados Berbatov estará no 11 saindo talvez Anderson.
Há que contar ainda com Giggs que dentro ou fora é importante para a equipa, e Tevez que caso seja necessário e caso as coisas comecem a correr mal, é opção certa.

Barcelona vive por este dias, a preocupação de não saber se Henry e Iniesta estarão recuperados para jogar, ou melhor se estarão recuperados e preparados. Foram 2 jogadores importantíssimos na dinâmica da equipa, e se a eles juntarmos as ausências por castigo de Daniel Alves, Abidal por castigo e Rafael Marquez por lesão, poderemos ter 5 jogadores habitualmente titulares de fora da equipa numa final.
Mais que nos problemas, Guardiola pensa nas soluções. Olhando para o plantel blue grená, as opções não terão a mesma qualidade, mas Guardiola poderá tentar jogar com as emoções e motivações desses seus jogadores menos utilizados, como Keita, Hleb, Guedjonhson, Sylvinho, Busquets, Bojan entre outros. Guardiola teria outra solução, que seria a de tentar modificar toda a dinâmica que trabalhou durante toda a época, mas os adeptos Barcenolista pela sua filosofia de bom futebol, certamente preferem perder jogando ao ataque, do que perder jogando á defesa.

Uma final é sempre uma final, mas é notório que o Barcelona parte em desvantagem dai 51% do meu favoritismo caia para os diabos vermelhos, mas o Barcelona tem um jogador extra terrestre, para equilibrar um pouco as coisas

O meu 11 e suplentes


Fim do campeonato nacional hora de balanço e contas. Hora de ver quais foram os melhores, as desilusões e as revelações.
Começo com aquele que para mim foi o 11 desta super liga Sagres, mais 7 suplentes.

Na Baliza Bracali, com a saída de Diego Benaglio assumiu finalmente a titularidade, um dos responsáveis pela boa época alvi negra, na lateral direita penso que é unânime, quem viu Maxi Pereira jogar naquela que para é a sua posição natural (já o dizia a época transacta), e onde mais pode render, foi de longe o melhor lateral direito desta super liga.
Para o centro de defesa Bruno Alves, capitão e defesa goleador portista, e a “revelação” Carriço, escolho-o em detrimento de Miguel Vítor e Sidnei, por ter feito uma sequência de jogos maior e ter relegado para o banco (e talvez para o esquecimento Tonel), no entanto os dóis jovens centrais encarnados figuram na lista de 7 suplentes, pela qualidade que demonstraram quando foram chamados, o Português foi a confirmação depois da época na Vila das Aves, o Brasileiro num ano em que pouca gente repara que tem já época e meia nas pernas. Para a lateral esquerda inevitavelmente Cissokho, a sua chegada mudou principalmente a consistência defensiva portista, e deu-lhe aplitude ofensiva pelo corredor esquerdo, o ressurgimento de Cristian Rodriguez como peça importante no futebol Portista, tem o seu importante contributo.
Para o lado direito do meio campo, escolho Izmailov, para mim o motor do meio campo Leonino, pela forma como defende, ataca, dá coberturas, aparece a chutar, para mim o jogador mais difícil para bento substituir no seu losango, Lucho, não terá sido o melhor de “El Comandante”, provavelmente outros dirão e talvez com uma certa razão que Meireles esteve melhor que o Argentino nesta época, mas Lucho na minha óptica, mudou e prejudicou o seu futebol, em prol do colectivo, percebendo que tinha que jogar uns metros mais atrás, e aparecer menos em zonas de finalização, e em determinados jogos aparecendo mais como médio direito do que médio organizador. De qualquer das Lucho não sabe jogar mal, e merece por tudo o que já fez estar na equipa ideal desta liga. Para jogar no meio campo nesta minha equipa dos melhores da liga 2008/09, ao lado de Lucho, escolho Luís Aguiar, nos pés do seu futebol, esteve grande parte do mérito do 5º lugar Bracarense, médio criativo, capaz actualmente de jogar de área a área, foi dos melhores desta campeonato, só terá que conseguir melhorar num aspecto, para poder dar o salto no seu futebol, apenas 1 golo num médio que chega tantas vezes próximo a área, parece-me pouco, mas dou-lhe o beneficio da dúvida
Para a esquerda do meio campo, talvez aquela que será a minha escolha mais controversa, Quem teve o prazer de ver Reyes jogar ao vivo, percebe que tecnicamente é dos melhores, e para aqueles que dizem que não defende, nada me parece mais errado, viu-o sempre disponível para correr atrás da bola. O Benfica desta época dói Reyes dependente, por alguma razão esta entre os 1ºs na lista dos que têm mais assistências. È de outro campeonato, de outra inteligência, e esteve presente nos melhores momentos do Benfica desta época, será um erro deixa-lo partir.
Para a frente de ataque, as duas maiores revelações desta liga, Hulk é aos 22 anso, força, técnica, velocidade, finalização, num determinado momento da época, quando era preciso algo de diferente no jogo, Hulk fazia-o 8 golos que aumentam a fasquia para o incrível na próxima época. Ao seu lado a maior revelação deste campeonato Nené, vindo do Ipantiga onde estava emprestado pelo cruzeiro, foi apenas e só o melhor marcador do liga, com 20 golos numa equipa como o Nacional, que não cria tantas oportunidades por jogo, com criam o 3 grandes. Nené fez golos com o pé direito, com o pé esquerdo, de cabeça, de livre, e por ai fora, é impossível não estar em todas as equipas ideias desta campeonato, aos 25 anos deu-se a conhecer na Europa, caso fique na Madeira ou rume para outras paragens Nacionais, sabe que os holofotes estarão virados para si desde o 1º minuto da época 2009/10.

Suplentes:

Para suplente a confirmação de Beto, guarda redes do Leixões, apesar de alguns momentos menos bons, foi a base de uma equipa que durante muito tempo foi apontada como equipa sensação do campeonato. Os dois defesas que escolhi, já os revelei mais em cima, e os porquês da minha escolha, Miguel Victor e Sidnei, estilos diferentes a mesma eficácia, aos 19 anos conseguiram fazer o seu dever num equipa e num clube como o Benfica. Como médio suplentes Raul Meireles, penso que não será preciso grandes justificações, e Ruben Amorim, num ano em que se apontava o Benfica como as equipa das “Estrelas” e onde Ruben seria figura secundária, acabou por ser indiscutível para Quique, fazendo 31 jogos. Confirmou o que já fazia em Belém, num clube com muito maior dimensão e projecção.
Para avançados como suplentes Liedson, eterno goleador Sportinguista, o fazedor de golos do nada, e um dos maiores erros da Quique, Cardozo, avançado a que todos reconhecem limitações (velocidade, só usar o pé direito, pouca capacidade de combate apesar da envergadura física), no entanto a maior deficiência de “Tacuara” é fazer golos, muitos golos, quando bem servido, mal jogou na 1º volta e na 22ª jornada tinha 7 golos marcados em pouquíssimas aparições no onze inicial encarnado, Suazo lesionou-se a 21 de Março, no dia 5 de Abril e Benfica deslocava-se á Reboleira e Cardozo assinava os primeiros 2 golos num total de 10 que marcaria em 8 jogos. Caso para perguntar que fazia este matador no banco?

Uma palavra para um jogador apenas, Numa altura em que as coisas não pareciam estar bem pelos Barreiros, apareceu um jovem Senegalês, vindo da equipa B Maritimista Papa Babacar (Baba), que em 26 jogos fez 10 golitos?? que deram outra tranquilidade aos treinadores e adeptos que estavam a ver correr muito mal as coisa. Não aparece nem nos meu onze dos melhores da liga, nem nos suplentes, mas ficarei atento para ver o que conseguirá fazer Baba no próximo ano.

domingo, 24 de maio de 2009

A justiça do apito

A justiça do apito dourado fez-se dentro de campo...
Desta vez, e sem actos de secretaria, houve alguma justiça para o que fizeram no passado.

Boavista e Gondomar na II Divisão.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A última final da UEFA

Fernando Redondo disse a Diego Maradona, no final do jogo contra a Bulgária, para o Mundial de 1994 nos E.U.A., “procurei-te, procurei-te e não te encontrava”. O jogo tinha terminado 2-0 a favor dos Búlgaros. Maradona e Redondo tinham jogado os dois primeiros jogos, e na véspera do 3º Maradona tinha sido apanhado nas malhas do doping. Redondo era a âncora de apoio de toda a estrutura Argentina, Maradona o farol da equipa, aquele que iluminava todo o campo ofensivo. Era o princípio do fim da selecção das “Pampas” naquele mundial.

Lembrei-me disso, ontem ao assistir á final da Taça UEFA, e ao ver jogar o Werder Bremen, sem o seu farol, Diego. Equipa razoavelmente posicionada defensivamente, sendo Frings a âncora da equipa, mas depois quando em ataque, todos procuravam Diego que estava, na bancada por castigo. Caso se confirme a inevitável partida do Brasileiro para outras paragens mais aliciantes, será o 1º grande problema a resolver no Bremem de Thomas Schaaf, retirar á equipa a Diego-dependência.

Num Shakhtar recheado com 5 Brasileiros de muita qualidade e tendo ainda um médio Mexicano (Nery Castillo) muito bom que raramente é opção, foi o Croata Srna capitão que joga a médio ou lateral direito que mais me impressionou, não é rápido, mas esconde a bola, cruza e ganha faltas com uma facilidade natural, de quem conhece os segredos de jogar junto á linha lateral.


quinta-feira, 7 de maio de 2009

Resumo de uma eliminatória

1ª Mão



Muito se falará do jogo de ontem, entre Chelsea e Barcelona, muito se falará da justiça ou não da passagem dos Catalães á final, e da muito infeliz noite do arbitro Norueguês da partida.
Comecemos por falar do jogo da primeira mão, porque não nos podemos esquecer do jogo da primeira mão. Apesar do Chelsea apenas ter pensado apenas e só em defender, a 1ª oportunidade do jogo é sua por Drogba, apartir dai só deu Barcelona, o Chelsea limitou-se a defender e viu uma grande penalidade (Bosinwga) perdoada pelo árbitro.
Ou seja o Barcelona criou oportunidades suficientes para ter “vacinado” uma ou duas vezes no Nou Camp, não o fez e sujeitou-a a ter que jogar com uma equipa remendada o jogo decisivo da segunda mão.

O jogo de ontem começa com um super golo de Essien no primeiro remate a qualquer das balizas, o que colocava o jogo ainda mais de feição ao Chelsea, defender bem, com bloco baixo, (que faz muito bem) e contra atacar melhor com a velocidade de Anelka e Drogba, lançados pelos seus médios, Malouda deveria ser também um dos homens desse contra ataque, mas estava ocupado em jogar como segundo lateral esquerdo, para que Ashley Cole desse apoio em zonas interiores aos centrais.
O Barcelona enfrentava as mesmas dificuldades que enfrentou em Nou Camp, com as agravantes de não poder contar com Puyol, Marquez e Henry. Principalmente este ultimo, elemento importante no tridente ofensivo pelas suas arrancadas e diagonais.
Árbitro á parte, Hiddink, a quando da lesão de Drogba, e já a jogar contra 10 elementos, opta mal quando decide colocar em campo Belletti e não Kalou, mais um para defender e não mais um para atacar, foi optar por defender o resultado sem bola, e não defender o resultado com bola, ponha-se a jeito de um qualquer lance de sorte ou inspiração. Guardiola perante esta opção do Holandês, ficou a jogar um para um na defesa, mandou Piqué para o ataque e arriscou quase tudo. Valeu-lhe a inspiração de Iniesta que já quase não conseguia correr de cansado que estava, aliás ontem notou-se a diferença na intensidade de jogo, de ambos os campeonatos, os jogadores do Chelsea habituados a batalhas difíceis todas as semanas, estavam frescos a meio da segunda parte, os do Barcelona que na pratica descansam de nos seus jogos em casa, estavam fisicamente mortos, a mente pensava, o corpo não reagia.

Não entendi a opção por parte de Guardiola de colocar Iniesta na esquerda do ataque, amputou quer Xavi quer Iniesta das suas combinações inatas, e com isto tirou á equipa os seus dois faróis centrais. Não percebi como é que Keita acaba o jogo, simplesmente não pertence aquele filme, não tem mobilidade, esconde-se do jogo, nunca pode substituir Iniesta. No corredor central, na única vez que vi o 8 Espanhol na sua zona natural do campo, atirou para o golo do empate. Entendo menos a continuação de Keita em campo, visto o Barcelona só conseguir ganhar a linha de fundo, através de cruzamentos (pouco precisos é certo) de Daniel Alves, á procura de Xavi, Messi e Eto´o, Gudjohnsen poderia ter sido útil nessa luta de conquista de espaço aéreo na área do Chelsea.

Foi uma eliminatória rica em todos os aspectos, erros de arbitragens com prejuízo das duas equipas, expulsões, opções tácticas, lição de bem defender (Chelsea).
Acabou por ser mais feliz a equipa que mais procurou atacar, não será então justa a sua ida á final?
2ª mão



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Dois Golos de sonho

Link: Chelsea 1-0 Barcelona



Link: Chelsea 1-1 Barcelona

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Proibida a qualidade


O Atlético de Madri anunciou no seu site oficial que Reyes voltaria a casa no final da época, ora isso significa que pelo segundo ano consecutivo o Benfica não consegue segurar o seu único jogador capaz de dar esticões, criar desequilíbrios, ter intensidade de jogo, tudo aquilo que C. Rodriguez também tinha, e que após longo processo negocial com o Benfica, em 5 minutos (palavras do próprio assinou pelo Porto), é certo que a vontade do Uruguaio não era a de ficar, mas a do Espanhol é.
Caso se confirme a não continuidade do Espanhol Reyes, este será (é) para mim o primeiro grande erro de planificação da próxima época encarnada. Parece que existe no Benfica, o estranho hábito de não ficar com os jogadores realmente bons, Miccoli, Rodriguez e Reyes.
Para quem gosta de bom futebol, e de jogadores finos, inteligentes, ambiciosos, para quem consegue ver o futebol para além das suas cores, Reyes individualmente foi das grandes jogadores deste campeonato. Os poucos bons momentos encarnados têm o seu nome marcado. Olé Reyes...

terça-feira, 5 de maio de 2009

Onde Guardiola ganhou o Real Barça

Guardiola,era em campo um jogador cerebral, não entrava em confrontos físicos desnecessários, para roubar a bola aos adversários, e depois de a ganhar sabia quase sempre que melhor caminho lhe dar. Jogava de cabeça levantada e um ou dois lances á frente dos restantes jogadores.
Guardiola montou uma armadilha a Ruande Ramos no passado sábado, todos esperavam o Barcelona no seu habitual, com Henry aberto á esquerda, Eto´o ao centro, e Messi aberto á direita, é assim que normalmente o Barcelona se apresenta, era assim que todos o esperavam. Guardiola, decidiu retirar Messi da direita, talvez lembrando-se do jogo contra o Chelsea, onde o Argentino sofreu uma marcação homem por parte de Bosingwa, e colocou o astro Argentino como falso avançado, jogando nas costas de Lass Diara e Gago, que tinham que se preocupar com Xavi e Iniesta. Os dois centrais Metzelder e Cannavaro sem a referência de maracção que seria Eto´o, passaram 90 minutos a marcarem-se um ou outro. Messi jogando no corredor central, sai da marcação e servia as diagonais de Henry (grande jogo do Francês) e de Eto´o que partia ele sim do corredor direito, abrindo com essa movimentação, espaço para as subidas de Daniel Alves. Acredito que tentem repetir a dose em Londres, onde também acredito que vão marcar, só tenho dúvidas se a sua defesa improvisada, segurará os avançados e médios Londrinos.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Rolo compressor...F.C.Barcelona

Todo o mundo esperava para ver este clássico Espanhol, o sonhador Real Madrid recebia o seu maior rival, com a expectativa de reduzir para 1 ponto a desvantagem que trazia.
O Dream team catalão, não deixou os seus créditos por mãos alheias, e como um rolo compressor, arrasou os blancos.