sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Estar lá, aparecer por lá!




No passado quase todas as equipas que queriam ser campeãs, tinham que ter um chamado homem de área, alguém que gostasse e se sentisse bem, dentro daquele espaço de relva onde, nem todos tem a capacidade de sobreviver anos a fio, ao mais alto nível
Essa espécie tende a desaparecer, sendo cada vez mais substituída, por uma outra espécie de update, desses Pontas de lança, aliás já não se chamam pontas de lanças são os avançados modernos. Porém, existem os que insistem em sobreviver e a essa extinção! Peter Crouch, Andrew Carroll, Emmanuel Adebayor, os eternos Filippo Inzaghi e Morientes ou o “Português” Óscar Cardozo, são alguns exemplos desses resistentes. Pontas de lança que “respiram” melhor dentro da área, fora dela, são jogadores que normalmente denotam dificuldades, técnicas, criativas, tácticas, são patinhos feios, por quem normalmente poucos ou nenhuns pagavam para ver jogar (ex: Jardel), (há e houve excepções Van Basten, Batistuta, Klinsmann, Romário são exemplos de pontas de lança que encheram estádios, para os ver jogar, mas esses são de outra elite).





São jogadores que dependem de toda uma equipa, para lhes fazer chegar a bola, mas que quando isso acontece, sabem que as hipóteses de eles a colocarem dentro da baliza, é muito grande. São jogadores de estar na área, e de um pequeno espaço de terreno, fazem o seu parque de diversões.
Mas esta sua dependência colectiva, fez surgir um novo estilo de “Pontas de lança”, os avançados, jogadores capazes de jogar fora do “habitat” natural dos pontas de lança, jogadores capazes de sair dela, para auxiliarem na construção de jogo no ultimo terço do campo, jogadores capazes de pensarem como um 10 antigo, e aparecerem a finalizar como um 9, jogadores não de estar na área mas de aparecerem na área (exemplo Raul).
Se no passado ainda se tentou combinar essas duas características, ponta de lança de área com um avançado mais móvel, nos dias que correm uma parte das equipas de top, procuram combinar dois avançados móveis na frente do seu ataque.





Os bons “pinheiros” como recentemente Paulo Sérgio lhes chamou, não abundam no mercado, por isso também são caros, apesar de como referi á pouco, poucos comprarem um bilhete para irem ver por exemplo Cardozo, mas a certeza da garantia de um mínimo de 15 golos por época, fazem com que apesar de não muito apreciados, a sua utilidade é inquestionável.
Dou como exemplo a selecção portuguesa! Ao longo da sua história, salvo algumas gerações, debateu-se quase sempre com problemas para encontrar goleadores, homens que marcassem golos sistematicamente e que garantissem vitórias, mesmo tendo poucas oportunidades para os fazer, Torres, José Aguas, Eusébio, Jordão, Gomes e mais recentemente Pauleta (todos pontas de lanças puros exceptuando o “Pantera Negra”)!
Se me perguntassem qual era para mim, o jogador que eu teria colocado nos últimos 10 anos na frente de ataque da selecção, a minha resposta só poderia ser uma….João Tomás, o melhor “pinheiro” Português da última década, no entanto olho para as suas internacionalizações e 4 dedos de uma mão chegam, para as contar!



Há e há-de existir sempre uma diferença entre os homens que estão na área e os que aparecem na área, os primeiros serão sempre incompreendidos no futebol actual. Mas há e haverá sempre espaço para quem dá o sal e a pimenta ao jogo de futebol.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Quem é este novo Fernando


Fernando, veio para o Porto referenciado como médio de cobertura, e foi assim que durante as 5 épocas que esta na equipa azul e branca (com meia época de empréstimo ao Estrela da Amadora, sempre jogou, fazendo as costas dos médios mais construtores / organizadores, ancora na circulação da bola, primeiro peão de guarda da fortaleza defensiva.

Ao olharmos hoje, para o nova matriz de jogo do Porto de Villas Boas, é essa a 1ª grande diferença que se constata quase de imediato.
Fernando ganhou outra dimensão (Villas Boas, logo na pré época alertou-o para essa necessidade), aparece agora em terrenos mais adiantados, participa activamente na dinâmica ofensiva da equipa, aparecendo como apoio directo dos alas em zonas mais interiores do campo, e chegando para ganhar as segundas bolas, próximas das zonas defensivas adversárias. Por vezes parece que joga até mais a frente no campo que João Moutinho por exemplo (a chegada de Moutinho com a sua cultura táctica, também ajudou o Brasileiro)!

O Certo é que hoje, vendo Fernando jogar com mais liberdade, pergunto-me porque escondeu tanto Jesualdo, estas características de Fernando?
Tinha duvidas que no seu jogo, conseguisse ter a dimensão do chamado 8, mas revelou-se uma agradável surpresa. E tudo isso mantendo-se o “6” que já era!

Assobiar para o lado!


Ontem recordei-me das palavras de Fernando Santos, poucos dias depois de terem sido dispensados, os seus serviços como Treinador do Benfica, ainda muito no inicio da época 2007/08, tendo sido o seu lugar ocupado por Camacho.
Nessa altura Fernando Santos chamada a responder sobre a qualidade dos recém chegados, quando questionado sobre o 7 encarnado e sobre o facto de ainda não ter justificado o porque da sua contratação. disse apenas Santos. Vai marcar e não 9 ou 10, quando começar a marcar, vai marcar e muito!

Ontem e após as assobiadelas de terça feira, com o qual respondeu com um golo, como dizia, no jogo de ontem, assobiou para o lado, como quem anda a ali a passear, e dando uso aos 17 segundos??’ que teve a bola nos seus pés, fez mais 2 golos!

Para ser sincero, acho que Cardozo, já definiu o seu objectivo para esta época, chegar aos 100 golos com a camisola do Benfica! Aceitam-se apostas!

Cardozo conhece como ninguém as suas limitações, e é esse factor que faz dele o ponta de lança goleador que é!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Silvestre Varela


Lembro-me bem de ver, um jovem que jogava em toda a frente de ataque nos escalões jovens do Sporting! Já na altura rápido, já na altura possante, já na altura quando o via em determinados jogos preso na frente do ataque, dizia que ali não era o seu lugar, numa equipa de ataque organizado, em posse e circulação! Que na faixa, aberto como extremo, ou surgindo de trás, como apoio de um ponta de lança, poderia ser muito mais aproveitado o seu potencial!
Chegado ao futebol sénior, esse jovem, primeiro teve que sofrer num campeonato de divisão secundária, onde certamente aprendeu a dureza do futebol sénior, depois voltou á casa mãe onde o treinador (Paulo Bento) não soube, não quis, ou não viu, como potenciar o seu futebol!
Talvez, tenha sido a sorte de Varela, rumou a Espanha, onde jogando numa equipa de meio / fundo de tabela, aprimorou todo o seu futebol, que agora apresenta, jogador de linha, que principalmente em transições rápidas, consegue dar largura e profundidade, a uma equipa que joga principalmente em posse e circulação. Em Espanha Varela melhorou o aspecto táctico do jogo, principalmente no aspecto defensivo, sendo agora o melhor amigo do lateral que jogue nas suas costas! Haja C Rodriguez, haja James Rodriguez, mantendo-se como se tem apresentado desde a época passada, Varela joga sempre!
Lembro de o ver menino, e me questionar, se ele entenderia o jogo, se ele algum dia iria perceber que o jogo não É feito só de forca e velocidade! Anos mais tarde, afirmo com toda a certeza que hoje Silvestre entende o jogo, sabe que terrenos pisar, quando e como os pisar!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Manuel Fernandes e os jovens vitimas da falta de competividade.


Será quase inevitável que após este mau (péssimo) arranque para a possível qualificação para o Euro 2012, dizia eu, é quase inevitável que Carlos Queiroz, caia do posto de seleccionador, se a sua vida na federação já não era fácil, desde a eliminação no mundial, pelos motivos que se sabe, agora chegou ao ponto do provavelmente insustentável .
Mas não é sobre esse tema que me quero centrar, pretendo-me centrar, numa das possíveis vitimas do que se passou dentro do campo, no futebol propriamente dito. Manuel Fernandes.
Confesso, sou fã deste médio box to box, desde que apareceu no futebol Português, numa ascensão inesperada, mas que desde logo demonstrou forte personalidade, porem nem sempre bem aconselhado.
Manuel Fernandes é um médio com características únicas nos futebolistas de top Portugueses, médio, rápido a pensar e a executar, forte nos confrontos físicos pela agressividade com que disputa os lances, qualidade técnica (recepção de bola e qualidade de passe a curta e longa distancia) criatividade e forte e colocado remate de zonas fora da área. Os mais semelhantes seriam Meireles (num outro registo) e Maniche na altura que estava no auge das suas capacidade físicas e técnicas.

Manuel Fernandes foi aposta da equipa técnica para estes dois confrontos (Chipre e Noruega), e em minha opinião dos foi melhores nos dois jogos, tendo até marcado um golo, e tido mais uma ou outra oportunidade em remates de fora da área.
Adivinham-se mudança na “cabeça” que comandará as opções técnicas, e muito sinceramente tenho a sensação (espero estar enganado) que “Manelélé”, será uma das vitimas desta desorganização federativa, técnica, e destas guerras institucionais levantadas.
Pena para um jogador que volto a dizer, quando quer é dos melhores jogadores que Portugal tem actualmente.
A selecção nacional é apenas a face mais visível, daquilo que era á muito visível, o abandono federativo e clubistico de bem formar jovens jogadores. Pagamos agora o preço de Scolari não se ter importado nada com essa situação, pagavam-lhe para orientar a selecção principal, tudo o que estava abaixo disso, pouco importou. Obteve resultados no que lhe foi pedido é certo, mas foi dos que ajudou ao estado de coisas do actual futebol Português.
Campeonatos de Juniores, Juvenis e Iniciados, pouco competitivos, levam a estagnação dos melhores jovens Portugueses, por falta de competitividade, fazer 4/5 jogos com maior grau de dificuldade durante toda uma época desportiva, leva-os a ter dificuldades a acompanhar o ritmo dos jovens Espanhóis, Franceses, Ingleses entre outros, que regularmente (quase semanalmente) enfrentam adversário difíceis, trabalhado assim aspectos como intensidade de jogo, capacidade de concentração no mesmo, ritmo de jogo, chegando ao futebol profissional muito mais preparado.
O Comum do Adepto, não entende como temos dificuldades em nos qualificarmos, ou não nos qualificamos mesmo para as fases finais de Europeus, Mundiais dos escalões mais jovens, o mesmo acontecendo para jogos Olímpicos.

O texto principalmente centrava-se em Manuel Fernandes, é apenas um exemplo de um grande jogador, que podia ser ainda melhor, se a formação em Portugal não tivesse parado no tempo.

“Manelélé”, provavelmente tendo medo de não evoluir o seu futebol, quiz ir cedo para fora, onde nem sempre jogou, mas mesmo treinando mais do que jogando vejo nele, um jogador mais jogador, porque até o treino é feito a outro ritmo, um ritmo mais elevado, vai-se treinar, não se vai ao treino.

A resolução do problema estará sempre na base, enquanto assim não for, encontraremos o “cancro” já em fase adiantada no top da pirâmide.

Ps: Á alguns anos que afirmo que temos uma selecção banal, desde que os “ dinossauros “ (Rui Costa, Figo entre outros. A sucessão pouco ou nada foi preparada.

Falei de manuel Fernandes, poderia ter falado de tantos outros.....

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

ADN Futebolistico

Muito se fala agora de ADN ou de códigos genéticos. De uma forma simplificada ADN, É a base do ser humano enquanto ser semelhante a outro ser da sua espécie, e enquanto ser único dentro da sua espécie (não é uma definição cientifica, mas sim pessoal).

Toda a equipa tem o seu ADN colectivo, mas É o ADN individual de cada jogador, que faz esse colectivo mais ou menos forte, mais ou menos capaz de vencer

Eto'o ao longo da sua carreira sempre foi ponta de lança, homem mais avançado, que partindo da zona central, procura movimentos de rotura, nos espaços para ser servido, utilizando a sua forca a sua capacidade de explosão e velocidade. É este o seu ADN, são estas as suas características individuais, mas no seu ADN está também escrito que tem (deve) ser em movimentos a partir da zona central. Retirar-lhe desse espaço e pedir-lhe para jogar com extremo É adulterar-lhe o seu código genético.



Todos sabem qual é o código genético do Barcelona,” tik taka”, 40, 50 toques para chegar á baliza, dentro dessa filosofia de recepção, passe e desmarcação no espaço vazio, seria impossível pedir por exemplo a Iniesta para ser extremo puro, encostado a linha esperando ser servido!


O ADN de Iniesta cresceu como médio centro, como pensador de jogo, não como jogador explosivo de linha. Assim Guardiola, retirando-o do seu espaço natural, o centro do jogo, não lhe retira o seu código genético, permitindo-lhe pensar o jogo a partir da esquerda, sempre perto de Xavi, como médio interior, não como extremo!



São dois exemplos, apenas e só dois exemplos, muitos mais poderia aqui apontar. É claro que há jogadores que as suas características, ou a forma como aprenderam a entender o jogo, lhes permitem, ser felizes adaptações, chegando mesmo a ser jogadores de top, a pergunta que aqui deixo, é que jogadores seriam, se os deixassem ter continuado a sua evolução no lugar onde o seu “ADN”, é mais favorável no jogo. São aquilo que nós actualmente chamamos os polivalentes, jogadores que podem fazer com a mesma regularidade mais do que um lugar no campo, mas no seu código esta vincada, as suas melhores características para actuar em determinada posição. O máximo exemplo que posso dar é João Moutinho, jogador que pode jogar em qualquer posição do meio campo com a mesma regularidade, mas que jogador seria hoje João Moutinho, se por exemplo se tivesse especializado a jogar no vértice mais recuado do meio campo? Outro exemplo David Luiz! Teria feito a época que fez no ano passado, se andasse ainda a navegar entre central e lateral esquerdo? Fixou-se finalmente no lugar onde o seu ADN futebolístico, lhe permite expressar todas as suas potencialidades (central), e a partir dai cresceu.


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Posições contra natura

Nem sempre acontece, mas normalmente, uma equipa é o reflexo do seu treinador, daquele que pensa o seu modelo e a sua filosofia de jogo. Treinadores emotivos, equipas aguerridas, treinadores mais serenos, equipas mais pausadas, com um futebol mais pensado. O ideal é encontrar um treinador com estas características, entre outras é claro.
Vejo com atenção a final da super taça Europeia, entre o Inter de Milão, agora de Rafa Benitez e o Atlético de Madrid de Quique Flores. Jogo feio, com equipas mais a pensar em estar bem posicionada nos momentos em que perdiam a bola, a arriscarem pouco. O jogo realmente começou quando, o nosso conhecido Reyes, inventou aos 62 minutos o primeiro golo “Colchonero”.



Pouco tempo depois, Quique tirou Reyes e lançou Fran Merida, médio centro de 20 anos, iniciado na formação no Barcelona, mas cedo levado para o Arsenal. Pensei que Quique o colocaria a médio centro, para ter alguém que guarda-se mais a bola e gerir-se mais o jogo, procurando não perder a bola e assim fazer a gestão do jogo com bola. Enganei-me Merida entrou para médio / extremo direito, para um lugar contra natura tendo em conta a forma como o Atlético jogo e as suas características pessoais.
Rafa Bentiez, depois de ter dado um tiro nos pés logo na forma como pensou o jogo, aniquilou a sua própria equipa até ao 68 minutos, altura em que tirou (finalmente) Dejan Stanković, e colocou Goran Pandev, mas é aos 78minutos que entra Philippe Coutinho.



Coutinho, médio centro Brasileiro, criado nas escolas do Vasco da Gama. Jogador criativo, muito forte nos espaços curtos, com muita qualidade técnica com uma enorme visão de jogo, pena que Benitez tenha retirado do campo Wesley Sneijder. Benitez não percebeu que precisava dos 3 (Sneijder, Coutinho e Pandev) em campo simultaneamente para poder abrir a forma de defender do Atletico. Para além de ter retirado Sneijder, colocou o Brasileiro encostado á esquerda, como extremo, lugar contra natura para este menino. Na única vez que apareceu no seu lugar natural, fez um passe de rotura para Maicon deixar Milito de frente para a baliza, resultado, penalty para o Inter.

Serve esta breve discrição , do jogo e das substituições efectuadas, para me questionar, do porquê dos treinadores colocarem jogadores como Merida e Coutinho (como exemplos) em lugares que não são os seus. Estes dois meninos pela qualidade técnica e criatividade que têm, pela visão de jogo e a forma como o lêem, tem que jogar na zona onde ele se decide, zona central. Para o pensar (Merida) para o desiquilibrarem (Coutinho). O Atlético defendeu bem, mas com bola, faltou sempre quem o pensa-se, lhe marca-se o ritmo, lhe dê-se critério. No Inter a marcação zonal a Wesley Sneijder, deixou-o sem espaço para conseguir desiquilibrar, faltou-lhe quem divide-se consigo essa responsabilidade, quem o ajuda-se a criar desiquilibrios para servir os avançados.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Braga na dinamica de Matheus


Muito mérito, muitíssimo mérito mesmo! Não importa aqui se o plantel do Sevilha é o mais fraco dos últimos anos, É o Sevilha Navas (encanta-me vê-lo jogar) , Fabiano Kamouté, Zokora, É o Sevilha vencedor da taça UEFA, é o Sevilha habituado a estas andanças, é o Sevilha de um pais campeão da Europa e do Mundo!
Mas voltemos ao Braga! Na base parece que o sistema e o modelo de jogo é o mesmo, mas há um homem que lhe confere dinâmicas diferentes das da última época! Matheus! Se na época passada, os lugares de ponta de lança foram ocupados na maioria das vezes por Meyong, Renteria ou Adriano, entrando muitas vezes Matheus para essa posição ou para as alas. Nesta época Domingos parece ter encontrado finalmente o espaço natural do Brasileiro! Na frente entre os centrais, mas jogando de frente para a baliza, sempre pronto para movimentos de rotura do meio para as costas dos laterais, sempre pronto a fazer diagonais venenosas, sempre pronto a receber passes de rotura. É essa dinâmica que Matheus confere, ao contrario dos avançados da época passada, que eram mais fixos, menos moveis, mais Pontas de Lança e menos avançados. Meyong de outros tempos tinha características semelhantes ás de matheus, mas a idade tornou-o mais "preso" na frente de ataque. Em jogos como o de ontem, em que a equipa adversaria tem que correr atrás do resultado, Lima é o complemento ideia a Matheus, rápido finalizador. Salino (parece querer confirmar em Braga a grande época no Nacional) e Vandinho seguram a zona central do meio campo e lançam perigosas transições nos pés de Alan, Paulo César e os já referidos Lima e Matheus, Não esquecer o papel de Luís Aguiar, que será Hugo Viana de época passada, faltando ainda Mossoró, para completar quatro boas opções para o meio campo.
Mas voltou a referir, que é na dinâmica de Matheus que muito se vai mover o Braga 2010/11, numa dinâmica de velocidade explosiva nos últimos 30 Metros do campo.
Uma nota final, para aquele que já é para mim o segundo melhor lateral direito a jogar em Portugal, Sílvio, Domingos ainda duvidou da sua capacidade para estes jogos, ontem o "miúdo" provou que não vai ficar em Braga muito tempo! Em relação a este miúdo, algum arrependimento deve existir pelas bandas da Luz.

António Alvarez, passou 9 anos como adjunto de vários treinadores que passaram pelos Sánchez Pizjuán, na epoca passada assumiu o cargo de treinador principal, parece-me ter estudado mal o Braga, só assim se justifica, não ter percebido que era preciso algo mais que os cruzamentos de Navas para Fabiano e Kanouté, para bater o Braga, é certo que fizeram no jogo de ontem dois golos de cabeça, mas já numa fase em que a desconcentração e a euforia do momento retiravam concentração a defensiva Bracarense, em Braga Navas deve ter tirado 20 ou 30 cruzamento, ontem mais ou menos o mesmo número Moisés, Rodriguez e o guarda redes Filipe ganharam 95% desses cruzamentos.
Percebeu tarde que teria que disposicional mais a defensiva Arsenalista, dando mais mobilidade aos seus homens da frente, deixando Navas e Perotti fazer mais movimentos interiores, de apoio aos avançados, obrigado Kanouté e Fabiano a procurarem mais espaços vazios entre as linhas defensivas Bracarenses, que provavelmente não poderia deixar Vandinho jogar tão á vontade para fazer coberturas defensivas quer no meio campo, quer nas laterias.
Nem todos os treinadores tem perfil para serem principais, e ao longo deste eliminatória António Alvarez demonstrou que tem mais perfil para ser provavelmente um bom adjunto.


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A culpa será só de Roberto?


Numa prova de longa duração, como é um campeonato nacional, com o formato do campeonato Português, normalmente é importante começar bem! Falsas partidas iniciais normalmente colocam as equipas que as fazem em maus lençóis!

Segunda jornada, segunda derrota do ex- super candidato Benfica, não deixou de o ser, mas certamente deixou de ser Super candidato. Após uma pré época com muitos sinais de insegurança defensiva, e de insegurança no posto de baliza, causada pelas más prestações de Roberto, contratação mais cara do defeso encarnado. Esses sinais mantiveram-se até ao inicio do campeonato, mas em minha opinião, o Guarda Redes Espanhol não tem responsabilidades nos golos sofridos na 1º jornada frente á Académica. Porém na Choupana, Roberto comprometeu e muito a equipa, dividindo culpas no 1º golo com toda a equipa, e tendo que assumir 100% a responsabilidade do 2º golo Nacionalista. Mas a culpa será só de Roberto?

Na época passada a equipa encarnada, sofreu muito poucos golos de bola parada 6, no total, tendo um posicionamento defensivo onde Luisão, David Luiz, Cardozo, Javi Garcia, pela forma como faziam o posicionamento defensivo zonal, tinham grande importância. O 1º poste normalmente era ocupado por um jogador de estatura média alta, matando muitas das vezes os pontapés de canto no 1º poste.
Outra virtude, era a forma activa com que a equipa atacava a bola, após esta ter sido batida pelo adversário.

Este ano, a equipa já sofreu 4 golos em competições oficiais por mau posicionamento defensivo em bola parada ou por adoptar comportamento passivo de não ataque á bola (1 golo do Porto final da Supertaça, 1 golo da Académica e 2 golos na Madeira).

Se é verdade que se podem e devem amputar culpas a Roberto, pelas suas falhas individuais, não é menos verdade que toda a equipa tem responsabilidades nos lances de bola parada.

Phill Jackson, treinador de basquetebol, na competiva NBA, qual já ganhou 11 títulos da campeão, sendo o treinador na história da competição com mais títulos, disse um dia
“o que une uma equipa, é quando um cobre as fraquezas do outro”
Portanto a culpa não será só de Roberto!

Ps: De qualquer das formas penso que é inevitável, é hora de Jesus proteger o seu atleta, dar-lhe inclusive férias, dizer-lhe para descansar, relaxar, uns dias fora do Benfica, de Portugal, da Europa, sem jornais. Podia ser que isso trouxesse o Roberto que levou o Benfica a gastar a verba que gastou na sua contratação.
Continuo a dizer que o Espanhol tem boas características técnicas para a posição que ocupa, não creio que seja tão mau como tem demonstrado, mas há algo que o está a impedir de se soltar, e é esse algo que esta a fazer a diferença, infelizmente para o Benfica com custo de pontos.

sábado, 21 de agosto de 2010

Banco de Luxo???!!!

20:18, o Sr Teixeira Vitienes, acaba de apitar para o intervalo da 2ª mão da final da supertaça de Espanha. Vou só escrever a equipa titular do Barça e depois os suplentes. Titulares Valdes, Daniel Alves, Piqué e Maxweel; Sergio Busquets, Xavi , Keita, Pedro, Bojan e Messi. Mas não é o 11 titular que mete inveja! Vou agora escrever-vos os suplentes . Pinto, Puyol, Villa, Iniesta, Millito, Adriano e Ibrahimovic. Com este banco, qualquer treinador vive descansado, neste caso é só aquele senhor que mais parece um jogador do plantel Barcelonista, que esta lesionado, Guardiola. AH só um pormenor, o resultado está 3-0 ao intervalo para o Barcelona!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Bem Vindo Ed U ardo

Como notaram no Post seguinte, temos um novo colaborador, neste blog.
Provavelmente para post mais humoristicos e menos serios que os meus, mas sempre bem vindos, e como já diz o povo, "rir é o melhor remédio".
Sendo assim, bem vindo Eduardo e continuação de muitos e humoristicos posts!

Deste vosso humilde Escriba

Ora boas começa aqui e agora algo que nem sei bem o que será....mas será!!!
Deixo-vos com alguns pensamentos que me têm povoado a mente nesta primeira jornadas de campeonato e não só. Não sigo nenhuma ordem de importância nem cronológica ou de qualquer outro cariz...ordem é que não:

- Segundo André Villas Boas o FCP não contratou Salvio porque não quis e passo a Citar:
Quando definimos um objectivo, quando o FC Porto entra em disputa com outro clube lisboeta, com o Benfica, o historial diz que o FC Porto leva a melhor. Por isso, se o FC Porto tivesse entrado na corrida pelo Salvio, o Salvio estava no plantel do FC Porto. É este o historial ao longo dos anos.


Posto isto, a pergunta que se exigia seria: Nesse caso não seria Jorge Jesus a treinar O FCP?

- É impressão minha ou o SLB anda com o sindrome do "não consigo ganhar um campeonato sem me desorientar"? Este defeso parece vir reforçar esta teoria

-Ainda em termos de Benfica...Prevejo uma claque angelical no Estádio da Luz, porque agora além de gritarem recorrentemente Jesus, vão alternar com Salvio, Salvio, Aléluia!!!!!

- Sporting..........Nem sei o que dizer, não por falta de, mas por indecisão.... começo por onde???

1. Ok, pela inevitável "Maçã Podre" parece-me bem... será que esteve lá tanto tempo que arruinou o restante cesto?

2. O maniche á 20 Quilos atrás jogava que se fartava.

3.O yannick...o Yannick tem uns cortes de cabelo giros e.... tem uns cortes de cabelo giros.

4.O Polga já acabou só que ainda ninguém o avisou

5. Serei só eu ou o Costinha é neste momento o único elemento com raça naquela estrutura? E será isto bom? direi até que se aproxima de um comando que veste Armani. Pena é só atacar para dentro.... tipo: Eu tenho o meu Armani borrifado em nitroglicerina (misturado com um qualquer perfume Hugo Boss) e vou explodir com este balneário todo... e não é que parece estar a correr bem?!?!?!?!

6. Grimi, Tonel, Abel, Torsiglieri, Djaló, Polga, Maniche....Sete razões para o Sporting não ser candidato ao titulo...ou a coisa alguma!!! But i have been wrong.... em futebol nunca se sabe e a bola é redonda e esses clichés todos todos todos!!!! mas lá que não acredito isso é um facto.


epá e eu que vinha só dizer que ia começar a contribuir no jogada de sonho!!!

ahhh e prometo que um dia falo das outras equipas da liga...por exemplo o Braguinha do Augusto Duarte...e outros que eu não me lembro agora mas vou procurar no google de certeza.


Desde já um grande bem haja e o regresso será assim que se julgue pertinente...ou assim que começe a escrever coisas com jeito o que deverá acontecer lá para meados de.....nunca!!!

deste vosso humilde escriba

Ed U ardo

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Fabiano e Kanouté na pedreira


Alguém me explica, como é que o Sevilha joga com dois avançados como Luis Fabiano e Kanoute, que passaram 90 minutos quase como pinos, sem saírem da marcação, para darem apoios e linhas de passe aos seus médios e principalmente aos seus extremos. Na primeira parte ainda disfarçaram, mas na segunda.
Diego Capel e Jesus Navas são obrigados a constantes 1 contra 1 ou 2 (defesas) com 1! Para Navas isso não é problemático, porque o 7 sevilhista, com a facilidade que tem em sair com a bola dominada de autenticas caixas defensivas que os seus marcadores lhe montam, já Capel demonstrou imensas dificuldades, acabando por ser substituído por Perotti, mais atrevido tecnicamente! Se o Sevilha repetir a mesma formula que apresentou ontem na Pedreira, o Braga tem o caminho muito facilitado, se Fabiano e Kanouté continuarem a jogar numa ilha, sem de lá querem sair, Domingos pode encomendar o lugar na champions.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A Águia que de asas precisa


Tenho que começar este texto de forma coerente para mim mesmo! Não sou grande apreciador do futebol de Di Maria, ou melhor sou apreciador da forma como o Argentino agora no real, estica em velocidade o jogo, dando-lhe profundidade, um dos fundamentos elementares para o jogar bem de uma equipa, do Argentino, não sou apreciador, da falta de inteligência e entendimento de jogo, em grande parte dos momentos de decisão das jogadas, que denotou em 3 anos na Europa, não sendo a muito boa época passada, suficiente para apagar essa minha imagem.

Di Maria foi vendido em finais de Junho, antes do inicio do mundial da África do sul.
Quando li, pouco tempo depois da venda de Di Maria que Urretaviscaya, iria ser emprestado ao Deportivo da Corunha, logo me questionei, o porque dessa decisão de Jorge Jesus em 1º lugar e da SAD encarnada em 2ª instancia. O Benfica acabava de alienar os únicos 2 jogadores do plantel (se bem que desde Janeiro de 2010 que o Uruguaio já não mora na Luz) capazes de a partir da posição de extremos dar profundidade ao seu jogo atacante. Jesus e a Sad tiveram 1 mês e meio para escolher um ou dois jogadores com características semelhantes ás do Argentino e do Uruguaio, não o fizeram iniciando o campeonato, sem jogadores com características essenciais no modelo e filosofia de jogo dos encarnados. Pelo meio viu fugir-lhe James Rodriguez para o Porto, e não teve condições financeiras para Leto (Panathinaikos).

Muito se fala da substituição de Ramires (entretanto saído para o Chelsea) mas em minha opinião a prioridade encarnada deveria ser dar as suas alas velocidade. Quer com a contratação de um extremo, quer com a contratação de dois laterais mais semelhantes com Maxi e com Coentrão, para colmatar possíveis ausências de ambos, em minha opinião nem Peixoto nem Amorim jogam naquela posição na mesma rotação que Fábio e Pereira.

Escrevi antes do primeiro jogo oficial da época que os extremos eram a principal lacuna do plantel encarnado, dois jogos oficiais chegaram para reforçar essa ideia. Basta contar o numero de vezes que nesses dois jogos, os encarnados conseguiram ganhar a linha de fundo para cruzar, como tantas vezes o fizeram na época transacta, assim de cabeça nenhuma contra o Porto e duas, no jogo de ontem (golo de Jara e oportunidade de Coentrão), pouco para uma equipa que conseguia criar constantes desequilíbrios nas laterais adversárias na época anterior.

Faltam duas semanas para fechar o mercado, Jesus abdicou da solução interna para a jogar a extremo (Urreta), agora corre desesperado, por alguém capaz de em velocidade, lhe dê assas para voar. Coentrão e Maxi, dois laterais é pouco, muito pouco.
PS: Na Pré- epoca o Benfica jogou contra o Feyenoord, e sobresaiu o Jogador de nome Georginio Wijnaldum, extremo de 19 anos, provavelmente a SAD encarnada não terá “argumentos” para este jogador, mas não custa sugerir.
Vejam os videos




quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Porque não Jesus

Diz-se que o Benfica anda á procura de um jogador com as caracteristicas de Ramires, para suprimir a ausencia, do internacional Brasileiro, transferido para o Chelsea.
Decidi dar uma ajuda ao Staff tecnico encarnado e apresento-lhe Wellington, internacional sub 19 Brasileiro (capitão), que este ano faz parte do plantel principal do São Paulo. Este menino só tem 19 anos, e 1m 73 cm, mas não se nota. Fastástico a recuperar jogo, excelente na transição com a bola nos pés, a queimar metros na construção, alia a critividade á tecnica individual. Não aparece muito a finalizar, mas sabe fazer o ultimo passe. Deverá melhorar tacticamente, mas está pronto para jogar na europa pela sua intensidade de jogo. Jesus ainda é barato!


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Supertaça - rescaldo

Vitoria justa, e inequívoca do FC Porto! Foi a melhor equipa, ao longo dos 90 minutos. Melhor tecnicamente, melhor tacticamente, melhor mentalmente.
Poderá Jesus dizer que o golo aos 3 minutos, condicionou logo de inicio a sua equipa, pouco habituada a estar a perder, mas numa equipa como a do Benfica com jogadores tão experientes, isso não pode servir de desculpa.
Jesus no final acabou por não abdicar do 4*1*3*2, mas que não teve nada a haver em termos de movimentações ofensivas, com o que o Benfica na época transacta estava habituado a fazer, tudo por causa de 3 posições chaves. A posição 2, a 6 e a 5, por outras palavras e falando em nomes, faltou Maxi, (2), Airton é bom jogador, mas falta-lhe a ocupação de espaços e o 1 passe de Javi (posição 6) e até prova em contrario e caso não venha nenhum jogador para aquela posição, Fábio Coentrao é o melhor lateral esquerdo da equipa. Assim sendo o que falhou no sábado em Aveiro e que durante a pré época, foi sendo evidente. O jogo do Benfica, precisa de 2 laterais como Maxi e Fábio, rápidos, agressivos, acutilantes, sempre disponíveis a dar linha de passe a todos os jogadores, desde a linha defensiva, até a linha atacante. Na pré época foram visíveis as dificuldades de Javi, devido a esse facto, pois o Espanhol, habituou-se, a jogar a 2 toques, parar a bola e quase automaticamente jogar a bola num dos laterais, que com as suas características rapidamente colocavam o jogo no meio campo adversário. Ruben Amorim é bom jogador, é polivalente mas naquela posição não é maxi, César Peixoto, é experiente mas não tem as rotações de Fábio. Jogando contra equipas de nível inferior, disfarçam e cumprem, mas num jogo onde tudo tem de funcionar na perfeição, como o de sábado, sentem mais dificuldades. Voltando a Airton e Javi, sistematicamente o Brasileiro procurou forçar passes frontais entre as linhas, de defesas e médios portistas, sistematicamente o porto aproveitava para meter transições rápidas. Outra diferença entre o Brasileiro e o Espanhol, revejam o lance que do cartão amarelo a Luisao, normalmente Javi estaria ali, para estancar o contra ataque portista cerca de 10 / 20 metros mais atrás.
Se o Benfica anda no mercado, em minha opinião deverá acrescentar aos dois extremos que pretende, dois laterais, porque na falta dos dois laterais habitualmente titulares, todo o futebol da equipa se recente, principalmente o jogador da posição 6, tão essencial para as saídas de bola desde trás.

Villas Boas, apresentou o 4*3*3 já esperado, com os jogadores já esperados, só Sapuranu foi meia surpresa. Entrou melhor no jogo, criou vantagem, depois soube sempre estrangular o futebol encarnado sempre longe da sua área, o que lhe deu um maior á vontade. Não destaco ninguém individualmente, o colectivo sobressaiu, mas Falcão e Varela, em minha opinião estiveram soberbos.


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Perdas...


É quase inevitável, em todos os defesos, as equipas Portuguesas perdem normalmente jogadores que são para ti importantes. Este defeso não foi diferente, Na Luz, em Alvalade e no Dragão saíram homens importantes, não só na relação desportiva, como em alguns casos, na relação entre clube e adeptos.

É isso que este post aborda.

João Moutinho passou 12 anos no clube de Alvalade, 6 deles na equipa principal do Sporting, talvez 3 deles envergando a braçadeira de capitão. Moutinho em minha opinião estagnou a sua evolução futebolística por não ter optado por sair para o estrangeiro, numa fase mais inicial da sua carreira, em minha opinião, não passará de um jogador regular, quando poderia ter sido, um jogador de qualidade média alta. È no entanto para consumo interno um jogador que faz e ajuda a fazer a diferença. Moutinho

era para além de Liedson a grande bandeira de todo o Sporting, todos os adeptos leoninos se identificavam com Moutinho, e não punham em causa o seu profissionalismo e dedicação á causa.

No inicio de época leonina, todos foram surpreendidos com a venda de Moutinho ás FC Porto, e mais chocados ficaram com a novela que depois se desenrolou e que certamente ainda terá mais capítulos. Moutinho ia vestir de azul e branco.

O que perde o Sporting com a perde do seu ex capitão! Futebolisticamente falando, perde um jogador de equipa, de uma enorme regularidade, não sendo um desequilibrador de jogos, é alguém que pensa o seu jogo para o colectivo, usando a sua qualidade técnica de recepção e passe, aliada á leitura e visão de jogo. A tudo isto a já referida ligação aos adeptos, muito em parte pelo percurso de Moutinho dentro do Sporting da formação até á equipa principal, tornando-se capitão da mesma, apesar da juventude.

Perde mais o Sporting que Moutinho, para um jogador por vezes são necessário outros estímulos para a evoluir como jogador e manter a ambição e motivação nos níveis máximos.

Di Maria e Ramires, foram dois dos pilares da época desportiva do Benfica de Jorge Jesus! Di Maria, após duas épocas a baixo das expectativas, tornou as suas exibições mais regulares e colocou o seu futebol um pouco mais acima em termos colectivos. Ramires chegou, com rotulo de craque, em dois ou três jogos confirmou isso mesmo, foi fundamental na época, e parte tendo deixado muita agua na boca. Médio de transição, com uma grandíssima cultura táctica, capaz de esticar o jogo de área a área e ainda ajudar e muito a fechar os caminhos da sua baliza. Ramires é daqueles jogadores difíceis de descrever, porque ele faz tudo bem, e raramente erra.

Com a saída de Di Maria, o Benfica perdeu alguém capaz de jogar junto ás alas (de preferência, pela esquerda), onde procuravam constantes 1*1 e 2*1, onde em dribles em velocidade acelerava para as áreas adversárias, com a saída do Argentino para Madrid, abre-se uma lacuna, pois nenhum dos jogadores que chegou até ao momento ao clube da luz como reforço, tem características semelhantes ás do ex extremo encarnado. Se a perde de Di Maria poderá ser facilmente compensada, com um jogador com características semelhantes, drible em velocidade, já a de Ramires não será facilmente colmatada. Não há no mercado muitos médios a como Ramires a preços acessíveis ao Benfica, assim de repente só vejo Essien (que vai ser colega do Brasileiro em Londres, e imaginem um meio campo composto pelos 2 mais Lampard) e talvez o Português … Tiago, menos robusto, mas igualmente box to box.

Ramires é sem duvida a perda dos encarnados, Amorim e Carlos Martins fazem o lugar do “Queniano”, mas não é a mesma coisa. Veremos quem chega para colmatar a sua saída.

Bruno Alves assumiu á alguma épocas a braçadeira de capitão, assumiu a responsabilidade de dar a cara e enfrentar os adeptos (principalmente as claques) quando as coisas não corriam bem, era o líder da equipa dentro do campo e a imagem do que é um jogador “á Porto”, combativo e competitivo.

A sua saída abre um problema central, na formação portista. 1º porque nenhum dos outros centrais do plantel, tem a mesma qualidade de Bruno, e a sua substituição será certamente muito difícil, por tudo aquilo que também representava dentro do campo. Acredito que o Porto vá ao mercado, mas os primeiros tempos serão certamente muito difíceis, como tem mostrado os jogos de pré época, onde a defesa azul e branca tem sido batida em algumas situações menos próprias.

Três clubes, 4 perdas significativas, por razões diferentes. Mas é assim mesmo o futebol, uns entram, outros saem….

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sporting, com ou sem maçãs podres?


Este é sem duvida, o defeso mais agitado para as bandas de Alvalade dos últimos 10 anos. Depois de 4 épocas de calma com Paulo Bento, a decisão de não manter Carvalhal e a contratação de Paulo Sérgio, ainda não tinha findado o campeonato, anunciou logo ventos fortes daquele lado da 2ª circular.
A noticia caiu que nem uma bomba, e de certeza que os adeptos Sportinguista teram pensado ser uma brincadeira de mau gosto, o Sad leonina tinha vendido o seu capitão, um dos jogadores mais utilizados e com melhor afinidade com a massa de adeptos, João Moutinho tinha rumado a Norte por 10 milhões de euros mais um jogador que poucos Sportinguista certamente conheciam.
Esta aberta a ferida, e anunciava-se mais vento para as bandas de Alvalade.
O presidente e o responsável pelo futebol saíram em defesa dos seus interesses e apelidaram Moutinho, de maça podre, como que dizendo que o ex 28 era o responsável pelos 9 anos que o Sporting leva sem ganhar o maior titulo nacional.

Seguisse Miguel Veloso, que era óbvio pelo discurso, também não estava muito interessado em continuar, e para finalizar com toda a “geração Moutinho”, Djaló estará também ele de saída.
Notou-se e entendeu-se que a aposta na Academia de formação, já não seria feita da mesma forma. Resta esperar para ver que caminho seguirá a Academia de Alcochete.
No meio desta confusão, poucos foram aqueles que se aperceberam que Adrien Silva e Bruno Pereirinha e outros já não moram no plantel.

As chegadas de Maniche, Valdês, Zapater, Torsigliei, Nuno André Coelho e Evaldo foram anunciadas sempre numa óptica de melhoria da qualidade do plantel.
Vamos ver até que ponto Paulo Sérgio conseguirá esconder as lacunas enormes que esta equipa Sporting versão 2010/11 tem.

Pedro Mendes, Tonel, Carriço, Liedson, Ponglle, Rui Patrício, Grimi, João Pereira, Tiago, Saleiro, Izmailov (o motor do Sporting dos últimos anos) Matias Fernandez, Abel e ainda Djaló, como jogadores que transitam da época passada tem maiores responsabilidades no seio do grupo.

Engraçada é porem as histórias de dois jogadores do plantel leonino, Stojkvic e Vukcevic, inúmeras vezes emprestados, inúmeras vezes postos de lado, possíveis empréstimos e ou vendas, mas como dois bonecos teimosos, lá continuam por Alvalade, Stojkvic possivelmente o melhor guarda redes leonino continua encostado, Vuk, lá vai jogando a espaços e até fazendo golos. Casos atípicos, num clube que infelizmente para os seus ferverosos adeptos, navega por mares muito pouco calmos.

Porto, Porto, Porto


André Villas Boas, foi a opção da SAD azul e branca para a sua nau, a partir do momento que em que foi oficialmente confirmada a contratação, deixou de ser importante se foi a primeira ou segunda escolha da mesma SAD.
De qualquer das formas, aconteça o que acontecer o FC Porto fez a contratação mais polémica e cara do defeso, João Moutinho contratado ao Sporting por 10 milhões mais o defesa Nuno André Coelho, para além de ter enfraquecido um rival directo, preveniu a muito provável saída de Raul Meireles. Veremos o que trará Moutinho ao Porto, que o Porto já não tivesse.
Para além de Meireles, também Bruno Alves deverá rumar para outras paragens, abrindo assim a mais grave ferida deste defeso / pré época Portista.
A questão já foi levantada e corre a mente dos adeptos do Dragão, quem substituirá Bruno Alves na posição e na liderança.
As saídas (para além destas duas) não foram muito sonantes, só Farias pelo seu potencial goleador , muito apreciado por outras paragens, mas pouco apreciado no dragão. Já as entradas voltaram a envolver novo desvio de um possível reforço da Luz, desta vez foi James Rodriguez , extremo de 19 anos, que pelo que consta seria a aposta de Jorge Jesus para a asa esquerda da Luz. Certamente por influencia deos seus compatriotas colombianos James foi para ao Dragão, onde terá que se bater com Cristian Rodriguez e Varela por um lugar. Chegou também Souza, médio Brasileiro, e provavelmente voltaram a casa Castro e Ukra. Mas a grande contratação Portista (a par de Moutinho) será o ponta de lança Walter, ponta de lança puro, dando a Villas Boas mais uma boa opção para a frente, porque tem características diferentes da Falcão, podendo inclusive jogar os 2 em conjunto. Falta só falar de Hulk, a sua ausência grande parte do campeonato foi apontada como factor principal da não conquista do campeonato pelo Porto. Para seu bem, espero que o novo treinador, lhe consiga fazer perceber que o futebol é um jogo colectivo.

Braga. E depois do sonho


O Braga arranca para esta temporada com o saboroso peso de uma época transacta fantástica. A grande questão que se coloca é se esta será a época de consolidação dos “Guerreiros do Minho”, na intromissão na luta pelo desejado titulo

Antes de falar das entradas, é importante falar de quem saiu Eduardo, guarda redes que deu pontos em muitos jogos, João Pereira este a meio da época transacta, e Evaldo, dois laterais muito importantes na filosofia de jogo de equipa. Por fim Domingos viu também sair Hugo Viana, médio que foi fundamental na boa época dos antigos Arsenalistas, agora “Guerreiros do Minho”.

Domingos deve ter ficado aliviado por não ter visto sair o núcleo central da equipa, quando falo em núcleo central refiro-me aos centrais, e principalmente aos médios centros e alas. Rodriguez, Moisés, Vandinho, Mossoró, Andrés Madrid, Luís Aguiar, Alan, Meyong e Matheus permanecem em Braga, e ainda recrutando Leandro Salino ao Nacional (médio), Helder Barbosa (extremo) e para mim aquele que pode ser uma das confirmações deste campeonato o lateral Sílvio (ex Rio Ave).
Domingos tem a base do ano passado, perdeu alguns jogadores importantes, portanto a sua maior preocupação neste momento será perceber rapidamente dos que chegaram novos quem melhor e mais rapidamente assimila a sua (e da equipa) filosofia de jogo.
No 1º grande teste, frente ao Celtic para a pré eliminatória, a equipa passou com nota bem positiva, veremos ao longo da época.