A época que terminou como habitualmente com a final da taça no já velhinho Jamor, mostrou-nos 3 formas diferentes de gestão de plantel, de equipa, por parte dos chamados 3 grandes, Benfica, Porto e Sporting. Essas diferentes formas de conduzir, de gerir, levaram a diferentes resultados, que como nós sabemos é o que fica das épocas desportivas dos clubes.
Fernando Santos e o espremer da laranja.
Fernando Santos disse posteriormente numa alargada entrevista a um canal de televisão, que para poder gerir o plantel, teria que trocar jogadores iguais por jogadores iguais. Todos sabemos que todos os treinadores sonham ter no seu plantel 23 /24 jogadores de nível mundial, o que por questões óbvias não é possível ao Benfica, então Santos deveria ter descoberto uma forma de motivar, e potencializar as qualidades dos digamos, jogadores de segunda linha. Santos nunca consegui isso, e pelo contrário sempre deu sinais de clara desconfiança nos seus jogadores de banco, e das poucas vezes que recorreu a eles, encontrou jogadores a jogarem desmotivados e principalmente desenquadrados da restante equipa. A justificação que Santos apresentou para essa “desconfiança” foi a de serem jogadores que nunca teriam jogado ao mais alto nível. Aqui terá que se levantar a seguinte questão, não terá um jogador com a qualidade de Miguelito capacidade para jogar contra um Nacional, Belenenses, Paços de Ferreira?
Santos decidiu espremer a sua laranja ao máximo, e ainda por cima em Dezembro perde Nuno Assis, que sem estar a ser brilhante, estava a ser um dos melhores da época desportiva do Benfica até aquele momento.
Fernando Santos já deveria ter aprendido que por vezes melhor que ter um bom banco, é ter um banco motivado, e se poder juntar a as duas coisas melhor. Pessoalmente penso que o problema não passava por não ter um bom banco, terá passado mais por ter um banco pouco motivado. Isso custou-lhe apenas e só, não ter ganho qualquer titulo este ano.
Paulo Bento, a arte de fazer de Gatos, Leões…
Paulo bento, saiu á muito pouco tempo dos balneários, saiu á muito pouco tempo dos relvados, ao saber empírico que os anos de prática com jogador lhe deram, juntou o saber dos livros. È claro que esta não é receita certa para o sucesso.
Para mim o primeiro passo para se ser um bom jogador é ser-se inteligente e descobrir qual a nossa maior limitação, dificuldade, deficiência, posteriormente limita-la e por fim trabalha-la para se evoluir, chegado ao fim desse processo é não deixar que durante os jogos nos deixemos bater por essa limitação, isto é ou por exemplo, não se pode pedir a um avançado que defenda como um defesa, mas deve-se trabalhar com ele os aspectos defensivos da equipa, para que ele possa neles participar.
Foi basicamente isso que Bento têm feito desde que chegou ao Sporting, limitado pela falta de dinheiro para investir em jogadores, Bento decidiu ir apostar naqueles com o qual já vinha trabalhando, e que sabia terem uma certa qualidade (Nani, Miguel Veloso, Pereirinha), preenchendo assim lugares onde existiam estrangeiros de qualidade duvidosa. Ou seja, observou as deficiências, limitou-as e posteriormente trabalhou-as levando á evolução. Fez entender aos consagrados, que até podia ir ao fundo, mas que se fosse iria com aqueles em que acreditava e que acreditavam nele, mostrou que (e provou) que todos jogariam e teriam oportunidades, e que quando as tivessem teriam que as agarrar, ou seja manteve sempre o plantel desperto e a trabalhar nos limites. O certo é que quando chamados quase todos corresponderam, quem não se lembra dos pontos dados por Rony, Alecsandro e Bueno, e todos concordamos que não têm a qualidade de Tello, Liedson, Polga.
È certo que Bento deixou de fazer gestão em Dezembro, altura em que o Sporting saiu das Competições Europeias, o que de certa forma lhe facilitou as opções a tomar quanto aos 11 a apresentar em cada jogo, justificando-se sempre que escolhia aqueles que se encontravam melhor e que melhor se encaixavam com as características do jogo que iam ter.
De gatos Bento fez Leões, e consegui o seu primeiro grande título com treinador.
Jesualdo Ferreira e obrigatoriedade da gestão
Um técnico quando programa época da sua equipa, pensa ou tenta desenhar a época sem muitos azares / lesões que o façam não poder contar com jogadores importantes ao longo da época, com jogadores que vulgarmente se apelida de núcleo duro ou espinha dorsal.
A época do Porto foi marcada por alguma lesões que obrigaram alguns jogadores a irem “visitar” a mesa de operações do departamento médico Portista, Pedro Emanuel e Anderson foram certamente os dois jogadores mais chorados, mas a esta lista teremos que juntar João Paulo e Bruno Morais, depois teremos que juntar as lesões muscular e traumáticas normais em todas as equipas.
Qual a importância das lesões na época do Porto? (tema também muito falado na época do Benfica, mas com outros contornos.)
Lesões é sempre um factor importante não só pelas opções a tomar para os jogos, como em termos de programação e gestão do treino. Jesualdo viu-se obrigado a ter que gerir, cedo perdeu Pedro Emanuel para o resto da época e a meio do campeonato viu-se privado de Anderson, geriu o seu sector defensivo em termos de laterais apesar das suas preferências, geriu o seu meio campo ora jogando com duplo pivot defensivo ora apenas com um (Meireles, Assunção), Quaresma e Lisandro foram as primeiras escolhas para as alas ofensivas, mas por lá passaram, Jorginho, Alan, Vieirinha, na frente Postiga começou, Adriano acabou. Devido ás lesões que afectaram determinados sectores da equipa, Jesualdo foi gerindo, os únicos jogadores de campo fora dessa gestão foram Quaresma e Lucho e Pepe, pela importância que têm na equipa, foi alternando o sistema táctico da equipa, e apesar de não ter a equipa fisicamente bem, consegui manter a diferença pontual que lhe permitiu ser campeão. Em suma Jesualdo foi "obrigado" a gerir e isso terá sido uma grande ajuda no seu 1º titulo de campeão como treinador principal.
Gestão e rotatividade são palavras que cada vez mais fazem parte do léxico do futebol, e muito delas se falou ao longo desta nossa superliga
Fernando Santos e o espremer da laranja.
Fernando Santos disse posteriormente numa alargada entrevista a um canal de televisão, que para poder gerir o plantel, teria que trocar jogadores iguais por jogadores iguais. Todos sabemos que todos os treinadores sonham ter no seu plantel 23 /24 jogadores de nível mundial, o que por questões óbvias não é possível ao Benfica, então Santos deveria ter descoberto uma forma de motivar, e potencializar as qualidades dos digamos, jogadores de segunda linha. Santos nunca consegui isso, e pelo contrário sempre deu sinais de clara desconfiança nos seus jogadores de banco, e das poucas vezes que recorreu a eles, encontrou jogadores a jogarem desmotivados e principalmente desenquadrados da restante equipa. A justificação que Santos apresentou para essa “desconfiança” foi a de serem jogadores que nunca teriam jogado ao mais alto nível. Aqui terá que se levantar a seguinte questão, não terá um jogador com a qualidade de Miguelito capacidade para jogar contra um Nacional, Belenenses, Paços de Ferreira?
Santos decidiu espremer a sua laranja ao máximo, e ainda por cima em Dezembro perde Nuno Assis, que sem estar a ser brilhante, estava a ser um dos melhores da época desportiva do Benfica até aquele momento.
Fernando Santos já deveria ter aprendido que por vezes melhor que ter um bom banco, é ter um banco motivado, e se poder juntar a as duas coisas melhor. Pessoalmente penso que o problema não passava por não ter um bom banco, terá passado mais por ter um banco pouco motivado. Isso custou-lhe apenas e só, não ter ganho qualquer titulo este ano.
Paulo Bento, a arte de fazer de Gatos, Leões…
Paulo bento, saiu á muito pouco tempo dos balneários, saiu á muito pouco tempo dos relvados, ao saber empírico que os anos de prática com jogador lhe deram, juntou o saber dos livros. È claro que esta não é receita certa para o sucesso.
Para mim o primeiro passo para se ser um bom jogador é ser-se inteligente e descobrir qual a nossa maior limitação, dificuldade, deficiência, posteriormente limita-la e por fim trabalha-la para se evoluir, chegado ao fim desse processo é não deixar que durante os jogos nos deixemos bater por essa limitação, isto é ou por exemplo, não se pode pedir a um avançado que defenda como um defesa, mas deve-se trabalhar com ele os aspectos defensivos da equipa, para que ele possa neles participar.
Foi basicamente isso que Bento têm feito desde que chegou ao Sporting, limitado pela falta de dinheiro para investir em jogadores, Bento decidiu ir apostar naqueles com o qual já vinha trabalhando, e que sabia terem uma certa qualidade (Nani, Miguel Veloso, Pereirinha), preenchendo assim lugares onde existiam estrangeiros de qualidade duvidosa. Ou seja, observou as deficiências, limitou-as e posteriormente trabalhou-as levando á evolução. Fez entender aos consagrados, que até podia ir ao fundo, mas que se fosse iria com aqueles em que acreditava e que acreditavam nele, mostrou que (e provou) que todos jogariam e teriam oportunidades, e que quando as tivessem teriam que as agarrar, ou seja manteve sempre o plantel desperto e a trabalhar nos limites. O certo é que quando chamados quase todos corresponderam, quem não se lembra dos pontos dados por Rony, Alecsandro e Bueno, e todos concordamos que não têm a qualidade de Tello, Liedson, Polga.
È certo que Bento deixou de fazer gestão em Dezembro, altura em que o Sporting saiu das Competições Europeias, o que de certa forma lhe facilitou as opções a tomar quanto aos 11 a apresentar em cada jogo, justificando-se sempre que escolhia aqueles que se encontravam melhor e que melhor se encaixavam com as características do jogo que iam ter.
De gatos Bento fez Leões, e consegui o seu primeiro grande título com treinador.
Jesualdo Ferreira e obrigatoriedade da gestão
Um técnico quando programa época da sua equipa, pensa ou tenta desenhar a época sem muitos azares / lesões que o façam não poder contar com jogadores importantes ao longo da época, com jogadores que vulgarmente se apelida de núcleo duro ou espinha dorsal.
A época do Porto foi marcada por alguma lesões que obrigaram alguns jogadores a irem “visitar” a mesa de operações do departamento médico Portista, Pedro Emanuel e Anderson foram certamente os dois jogadores mais chorados, mas a esta lista teremos que juntar João Paulo e Bruno Morais, depois teremos que juntar as lesões muscular e traumáticas normais em todas as equipas.
Qual a importância das lesões na época do Porto? (tema também muito falado na época do Benfica, mas com outros contornos.)
Lesões é sempre um factor importante não só pelas opções a tomar para os jogos, como em termos de programação e gestão do treino. Jesualdo viu-se obrigado a ter que gerir, cedo perdeu Pedro Emanuel para o resto da época e a meio do campeonato viu-se privado de Anderson, geriu o seu sector defensivo em termos de laterais apesar das suas preferências, geriu o seu meio campo ora jogando com duplo pivot defensivo ora apenas com um (Meireles, Assunção), Quaresma e Lisandro foram as primeiras escolhas para as alas ofensivas, mas por lá passaram, Jorginho, Alan, Vieirinha, na frente Postiga começou, Adriano acabou. Devido ás lesões que afectaram determinados sectores da equipa, Jesualdo foi gerindo, os únicos jogadores de campo fora dessa gestão foram Quaresma e Lucho e Pepe, pela importância que têm na equipa, foi alternando o sistema táctico da equipa, e apesar de não ter a equipa fisicamente bem, consegui manter a diferença pontual que lhe permitiu ser campeão. Em suma Jesualdo foi "obrigado" a gerir e isso terá sido uma grande ajuda no seu 1º titulo de campeão como treinador principal.
Gestão e rotatividade são palavras que cada vez mais fazem parte do léxico do futebol, e muito delas se falou ao longo desta nossa superliga