terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Machades, só entendido em continente “Nacional”.

Começo este texto admitindo, com todas as letras que não sou fã de Manuel machado como treinador de futebol, pela linguagem usada com a comunicação social, pela postura nas derrotas, e por mais um ou outro pequeno factor.
Manuel Machado depois de rápida e frustrante passagem por Braga, onde teve que lidar com o nunca fácil António Salvador (presidente do Braga), chegou á Madeira onde encontrou em Rui Alves (presidente do Nacional) um aliado na sua forma de ver e pensar, uma estrutura para um clube de futebol. Assim as saídas foram muitas e as entradas mais que muitas, e maioritariamente vindas do outro lado do atlântico. O que como se sabe, em equipas do continente é um risco (veja-se o caso do Belenenses). Mas sendo o Nacional um clube da pequena ilha da Madeira, o controlo sobre a “família” de Vera Cruz, será sempre muito maior, ficando Rui Alves com a supervisão desse controlo, e Manuel Machado, de tirar rendimento desse carregamento que chegou á Choupana.

Vi o Nacional ao vivo na luz, e atentamente segui pela televisão o jogo contra o Porto, entre outras pequenas observações em outros jogos com equipas teoricamente mais pequenas.

Manuel machado assenta por agora o seu nacional num 3*5*2, táctica pouco ou nada utilizada por equipas nacionais, mas que, quando bem dinamizada, pode dar logo á partida vantagem á equipa que assim joga, vantagem na luta pelo domínio do meio campo, onde normalmente estarão quase sempre 5 homens.

Assim Bracalli é o titular da Baliza, Cleber o patrão da defesa, se bem que também pode alinhar a trinco. Maicon (bom central), Filipe Lopes ou Halliche, completam o trio de centrais.
No lado direito e a fazer o corredor todo, o capitão e experiente Patacas, encontrou no Nacional o clube da sua vida, sobe menos que o homem do lado contrário, mas dificilmente se deixa bater. O que patacas faz na direita faz, com maior pendor atacante Alonso, se não é o melhor defesa esquerdo da super liga, anda muito próximo. Vai para a 5 época no nacional e já com 28 anos, poderá passar ao lado de uma maior projecção em Portugal.

No centro do campo 3 homens, Ruben Micael (madeirense), ou Cleber, Luís Alberto e Edson estes dois mais criativos, tendo como principal missão fazer fluir o jogo da equipa, jogando quase sempre a 2/3 toques na bola.

Na frente uma dupla que muito tem dado que fazer ás defesas da liga, o Angolano Mateus, rápido, forte e lutador, e ao seu lado Nene, o homem golo deste Nacional, Matador, pelo ar ou pelo chão, vai deixando a sua marca, com golos. Fabiano é a opção para quando estes dois não estão aptos.

Em suma uma equipa bem arrumada, que procura jogar rápido e com constantes mudanças de flanco, tentado ganhar a linha para servir os seus avançados, que se complementam, nas características. Nene é um dos jogadores revelação do campeonato. Muito se tem falado dos bebés de Matosinhos, mas na sombra tem andado o Alvi negro Madeirense, guiado pelo "Machades"....

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