quarta-feira, 2 de maio de 2007

A ambição de Paulo Bento


Muitas vezes queremos ser ambiciosos, mas não temos condições para sê-lo, outra vezes demasiada ambição leva-nos a perder o que conquistamos até ali, são assim as regras dos jogos, uma eterna pergunta, quando e até que ponto devemos arriscar.


Um dos temas muito falados no pós deby Lisboeta, foi a chamada falta de ambição de Paulo Bento, que dizem os críticos preferiu guarda o ponto que tinha, e assim ficar a apenas 3 pontos do F.C. Porto e mantendo-se á frente do seu rival de Lisboa.

Paulo Bento a determinada altura do jogo estava a ver a sua formação a perder poder de combate, e estava-se a ver na pequena linha que distancia a vitória da derrota. Perante este quadro Bento, apercebeu-se que devia fazer algo e questionou-se quem deveria lançar no jogo. Acontece que se a troca de Yannick por Alecsandro foi normal e não afectaria a estrutura da equipa, Bento não tinha mais ninguém de qualidade ofensiva no banco, sendo que a troca na mesma altura de Bruno Pereirinha por Abel, foi uma ilusória aposta de ataque, porque implicou que Miguel Veloso fosse para central e Caneira para Lateral. Não mexeu na habitual 4*4*2 losango da equipa, com que jogou toda a época.

Paulo Bento questionou-se se deveria mexer no habitual esquema táctico da equipa, já que a única forma de transmitir mais força atacante á equipa seria ter mantido Yannick no jogo e ter lançado Alecsandro, ou seja, não ter feito a troca por troca. Acabou por preferir não alterar as rotinas da equipa, e guarda o ponto que já tinha.

Com este quadro, a critica acusou o Sporting (Paulo Bento) de ter sido pouco ambicioso, de se ter contentado com o empate, o que na minha opinião foram criticas injustas. A grande verdade é que Bento, mesmo que quisesse ter sido mais audaz e ter arriscado mais, não podia, porque não tinha alternativas para isso, porque em minha opinião o plantel do Sporting continua a ser o mais limitado em termos de opções tácticas / qualidade dos 3 grandes. Essas limitações são bem visíveis por exemplo quando se procura encontrar jogadores com características de extremos, e o único nome que sai é o de Nani.

Bento até pode ter pensado em arriscar para ganhar o jogo, mas terá ficado pelas intenções porque percebeu que não tinha quem arriscar e para o fazer teria que mexer demasiado na estrutura da equipa, como se diz na gíria futebolística, teria que “inventar” muito, assim ficou pelo conservadorismo e guardou a viola no saco, e foi a conferencia de impressa cantar meia vitoria, porque se mantêm na corrida para o titulo.
Ps: Não entendo como é que um treinador experiente como Jaime Pacheco deixa, a sua equipa estando a ganhar 2-0, deixa que a sua equipa jogue uma 2ª parte a um ritmo de loucos, e completamente aberta.
O Porto esteve quase a conseguir não perder no Bessa, e o culpado seria Jaime Pacheco, que não soube ou não consegui passar serenidade á sua equipa
Ps2: Inter Campeão ainda não tinha começado o campeonato.