segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Derby de controlo não de dominio

Pessoalmente o derby não fugiu muito ao que eu esperava dele.

O Sporting disposto tacticamente para fechar ao máximo as armas do Benfica, e do lado contrário na impossibilidade de conseguir dominar o jogo, tentar as transições rápidas.

Melhor inicio de Sporting, pressionante, disposto em 4*2*3*1 com as surpresas Caneira (lateral esquerdo), Adrian á frente da defesas com Moutinho e a maior surpresa de todas Miguel Veloso a médio esquerdo. Liedson assustou num erro de transição ofensiva do Benfica (falha de David Luiz, que Sidnei compensou muito bem), mas a 1ª oportunidade real foi Cardozo, ao qual respondeu o Sporting por Polga num lance de bola parada. Até ao intervalo mais nada, o Benfica equilibrou o jogo, principalmente pela troca posicional entre Aimar e Ramirez (o melhor em campo das duas equipas em minha opinião, corre por 2, luta por 2, defende por 2 e ataca por 2), com o “Queniano” no miolo do campo, o Benfica passou a ocupar melhor essa zona, e permitiu a Aimar poder fugir á apertada marcação que sofria, apesar de na direita do meio campo, ter menos bola para poder organizar o jogo ofensivo.

Segunda parte ligeiramente melhor em termos de qualidade de jogo que a primeira., mais situações juntos das balizas, mais espaços. Com o tempo todo o estádio, percebeu que Di Maria já estava completamente esgotado e já não dava o devido apoio a César Peixoto, facto que o Sporting tentava aproveitar carrilhando grande parte dos seus ataques pelo seu lado direito, a entrada de Pereirinha vincou mais ainda essa intenção, toda a gente menos Jorge Jesus que ou não se apercebeu ou não se quis aperceber por outros interesses financeiros (valorização do passe de Argentino), arriscou a derrota por essa teimosia, e quando decidiu mexer, colocou Amorim por Aimar, reforçando o meio campo e fechando assim mais ainda um lado por onde o Sporting pouco ou nada atacava, porque Caneira não passa do meio campo. Saviola a par de Ramirez continuavam a ser os únicos a desequilibrar estruturalmente o Sporting, é certo que o coelho já estava também ele bastante cansado, mas quando a 5 minutos do fim Jesus lá se decidiu por colocar o á muito solicitado Coentrão, foi o argentino 30 que tocou em sorte abandonar o campo. Percebia-se aqui que Jesus estava satisfeito com o empate, que sejamos realista servia melhor a águias que a leões, todos sabemos porquê.

Carvalhal arriscou um pouco mais, mas pouco mais, a já falada colocação de Pereirinha no flanco direito para tentar aproveitar a debilidade física de Di Maria e Matias Fernandez por Postiga a 5 minutos para o final, passando a jogar com 2 pontas de lança, mas nessa altura, já o Benfica tinha o jogo bem controlado e corrigido a protecção a César Peixoto.

Resultado justo, num derby de muita luta e onde existiu quase sempre a preocupação do 1ª pensamento ser o de não deixar jogar o adversário, ou anular o adversário, não critico este pensamento até porque ele é fundamental no futebol, faltou foi ás duas equipas o segundo momento, o pensamento de ambição de chegar ao golo. Ou Seja ambas entraram para controlar o jogo, não para o dominar.


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