quarta-feira, 24 de março de 2010

Feridas para sarar


Por vezes o jogador mais importante de uma equipa, não é aquele que finta mais, marca mais ou corre mais. Normalmente o mais importante de uma equipa, apenas pensa mais.
Engraçado, que quando se pensa no Sporting e no seu jogador mais fundamental, salta logo á vista o nome de Liedson pelos golos que marca. Numa segunda linha, Miguel Veloso, João Moutinho e mais recentemente Daniel Carriço!
No entanto todos eles em campo, sentem a falta de Izmailov, porque é o jogador do plantel que mais e melhor sabe ler o jogo.
Serve esta longa introdução para falar sobre a ferida aberta, na relação do Russo com o Sporting ou com a pessoa de Costinha, aquando da situação á volta do seu quadro clínico, para o jogo frente ao Atlético de Madrid.
Costinha até a poucos dias atrás vestia ainda a pele de jogador, e nessa condição sabe e entende, que o maior medo que assola todo e qualquer jogador, são as lesões de longa duração. Izmailov nos anos que esta em Alvalade teve longos períodos de inactividade devido a esse tipo de lesões, tendo atingindo esta época o maior período de ausência dos relvados. E normal e compreensíveis os possíveis receios do jogador.
O Sporting jogava naquele jogo a continuidade na única provam onde ainda emergia o sonho da conquista. Jogava e desfalcado, quase remendado, tendo caído horas antes nas mãos de equipa técnica (Costinha incluído), a possibilidade de o russo não jogar. Perder o jogo ou o jogador? O que seria mais importante?
O importante seria não ter perdido, nem o jogo, nem o jogador. A equipa entrou em campo emocionalmente afectada pelo caso e logo aquele que volto a repetir, melhor pensa e entende o jogo, e o jogador, após ter recusado uma boa proposta, viu posto em causa o seu profissionalismo. Tripla derrota, no campo, no jogador e na sua imagem, na gestão de equipa, por parte de quem tem essa responsabilidade.
Por mais que agora, se tente transfigurar ou “apagar” o caso, parece-me que pelo menos uma das partes sairá com a imagem debilitada. Costinha disse depois meio que desdisse, e agora não disse, em que ficamos? Infelizmente para ele já não se livra de um mau inicio na sua relação com o balneário de equipa. Isso não pesará em futuros casos?
Izmailov terá condições psicológicas para continuar, sabendo que muitos puseram o seu carácter profissional, após ter escolhido permanecer na academia?


PS: Final até que ponto não estará aberta uma guerra, Paulo Barbosa (empresário de Izmailov), Jorge Mendes (empresário de Costinha), pelo controlo não só do balneário Leonino, mas como pela captação dos jovens talentos dos escalões de formação.

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