quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Manuel Fernandes e os jovens vitimas da falta de competividade.


Será quase inevitável que após este mau (péssimo) arranque para a possível qualificação para o Euro 2012, dizia eu, é quase inevitável que Carlos Queiroz, caia do posto de seleccionador, se a sua vida na federação já não era fácil, desde a eliminação no mundial, pelos motivos que se sabe, agora chegou ao ponto do provavelmente insustentável .
Mas não é sobre esse tema que me quero centrar, pretendo-me centrar, numa das possíveis vitimas do que se passou dentro do campo, no futebol propriamente dito. Manuel Fernandes.
Confesso, sou fã deste médio box to box, desde que apareceu no futebol Português, numa ascensão inesperada, mas que desde logo demonstrou forte personalidade, porem nem sempre bem aconselhado.
Manuel Fernandes é um médio com características únicas nos futebolistas de top Portugueses, médio, rápido a pensar e a executar, forte nos confrontos físicos pela agressividade com que disputa os lances, qualidade técnica (recepção de bola e qualidade de passe a curta e longa distancia) criatividade e forte e colocado remate de zonas fora da área. Os mais semelhantes seriam Meireles (num outro registo) e Maniche na altura que estava no auge das suas capacidade físicas e técnicas.

Manuel Fernandes foi aposta da equipa técnica para estes dois confrontos (Chipre e Noruega), e em minha opinião dos foi melhores nos dois jogos, tendo até marcado um golo, e tido mais uma ou outra oportunidade em remates de fora da área.
Adivinham-se mudança na “cabeça” que comandará as opções técnicas, e muito sinceramente tenho a sensação (espero estar enganado) que “Manelélé”, será uma das vitimas desta desorganização federativa, técnica, e destas guerras institucionais levantadas.
Pena para um jogador que volto a dizer, quando quer é dos melhores jogadores que Portugal tem actualmente.
A selecção nacional é apenas a face mais visível, daquilo que era á muito visível, o abandono federativo e clubistico de bem formar jovens jogadores. Pagamos agora o preço de Scolari não se ter importado nada com essa situação, pagavam-lhe para orientar a selecção principal, tudo o que estava abaixo disso, pouco importou. Obteve resultados no que lhe foi pedido é certo, mas foi dos que ajudou ao estado de coisas do actual futebol Português.
Campeonatos de Juniores, Juvenis e Iniciados, pouco competitivos, levam a estagnação dos melhores jovens Portugueses, por falta de competitividade, fazer 4/5 jogos com maior grau de dificuldade durante toda uma época desportiva, leva-os a ter dificuldades a acompanhar o ritmo dos jovens Espanhóis, Franceses, Ingleses entre outros, que regularmente (quase semanalmente) enfrentam adversário difíceis, trabalhado assim aspectos como intensidade de jogo, capacidade de concentração no mesmo, ritmo de jogo, chegando ao futebol profissional muito mais preparado.
O Comum do Adepto, não entende como temos dificuldades em nos qualificarmos, ou não nos qualificamos mesmo para as fases finais de Europeus, Mundiais dos escalões mais jovens, o mesmo acontecendo para jogos Olímpicos.

O texto principalmente centrava-se em Manuel Fernandes, é apenas um exemplo de um grande jogador, que podia ser ainda melhor, se a formação em Portugal não tivesse parado no tempo.

“Manelélé”, provavelmente tendo medo de não evoluir o seu futebol, quiz ir cedo para fora, onde nem sempre jogou, mas mesmo treinando mais do que jogando vejo nele, um jogador mais jogador, porque até o treino é feito a outro ritmo, um ritmo mais elevado, vai-se treinar, não se vai ao treino.

A resolução do problema estará sempre na base, enquanto assim não for, encontraremos o “cancro” já em fase adiantada no top da pirâmide.

Ps: Á alguns anos que afirmo que temos uma selecção banal, desde que os “ dinossauros “ (Rui Costa, Figo entre outros. A sucessão pouco ou nada foi preparada.

Falei de manuel Fernandes, poderia ter falado de tantos outros.....

Nenhum comentário: