A 11 de Abril de 2007, escrevi um texto a que intitulei de “Reis Midas”, e que basicamente falava de Ole Gunnar Solskjaer e Pedro Mantorras, e da capacidade que ambos tinham para marcar golos nos poucos minutos que jogavam nos seus clubes, devido a prolongadas, complicadas e crónicas lesões.
O Norueguês já terminou a carreira, Pedro continua a “teimar”, fazer esporádicas aparições miraculosas, pelos relvados nacionais. Nas vésperas de clássico no Dragão, Mantorras fez com que “Quique” não tivesse que ir jogar tudo por tudo no terreno do seu adversário.
Há textos assim…sempre actuais, para quem não o leu na altura aqui fica novamente.
Reis Midas
O Rei Midas foi um lendário rei grego, filho adoptado de Gordias e Cíbele. Um dia, em pedido de Dionísio, o rei Midas encontrou o Ipotane Silenus. Como recompensa, Dionísio deu a Midas o dom de transformar em ouro tudo aquilo em que tocasse.É assim que começa a história de um rei que em tudo que tocasse virava ouro.
Ole Gunnar Solskjaer chegou a Manchester e ao maior e mais conhecido clube desta cidade em 1996, vindo do Molde, e cedo ganhou a alcunha de “Baby face killer”, pela sua carinha de bebe e pela facilidade com que marcava golos. Porém todo o seu percurso em Old Trafford, é marcado por longas e sucessivas lesões.È no entanto um jogador que quando disponível, habitou o seus adeptos a entrar nos últimos minutos dos encontros e marcar o seu golo da ordem, um desses acontecimentos mais famosos, será o seu golo na celebre final da Liga dos Campeões em Barcelona contra o Bayer de Munique.
Pedro Mantorras chega ao S.l. Benfica no final da época de 2000/2001, e rapidamente se torna referência da equipa da luz, mas sucessivas lesões num dos seus joelhos atiram-no internamente para o banco de suplentes do Benfica, é dito e sabido que não existe permissão médica para grandes cargas em cima dos seus joelhos.Quando Mantorras é chamado do aquecimento, para entrar nos jogos, nos estádios onde o Benfica joga sente-se logo uma vibração nas bancadas, como se um ritual se tratasse, como se o público adivinhe o que vai acontecer em seguida.No último campeonato ganhou pelos homens da luz Mantorras terá dado cerca de 10 pontos, com golos decisivos nos últimos minutos.
O que une um nórdico Norueguês e um africano de Angola? O Facto de jogarem muitos poucos minutos e terem o dom de aproveitarem como poucos esse tempo para “vacinarem” os adversários com golos, para deixarem a sua marca, para se manterem nos corações das massas associativas dos seus clubes.Ambos tem o toque de Midas, ambos fazem Jogadas de Sonho.
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