quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Bayern - 5 lições de como simplificar um ataque




Confesso que não esperava um Bayern tão “gigante” em Alvalade, viu 1 ou 2 jogos dos Bávaros antes da pausa de inverno, e mais recentemente mais dois ou 3. Identificava uma equipa com muitos problemas quando jogava frente a equipas com bloco baixo, com centrais fortes no jogo aéreo para anularem quer Klose, quer principalmente Luca Toni. Vi sempre uma equipa muito dependente da capacidade de criação de espaços de Ribery e da qualidade de cruzar ou rematar de Schweinsteiger. Mas era uma equipa que tinha dificuldades de fazer chegar rapidamente e em condições a bola, aos homens da frente, pela pouca dinâmica incutida por Zé Roberto e Vam Bommel. Vi uma equipa com algumas dificuldades em ganhar a bola em zona subida. Um 4*4*2 puro (ao contrário do Benfica, que continuo a dizer que é mais um 4*2*3*1), que tal como já disse anteriormente denotava facilmente dificuldades contra equipas de bloco baixo. Essas dificuldades são muitas vezes ultrapassadas pela qualidade individual dos seus Jogadores.

O Bayern teve em Alvalade tudo aquilo que não tem habitualmente no campeonato Alemão. Espaço e tempo para pensar, principalmente na 2ª parte. Repetiram várias vezes o mesmo movimento, bola na esquerda em Ribery, subida do lateral Lahm no apoio, e aproximação normalmente de Zé Roberto procurando o espaço vazio entre as costas de Rochemback que saia em apoio ao lateral (Abel 1º e depois Pereirinha). Caso Zé Roberto não conseguisse ganhar esse espaço, sai dessa zona, arrastando o seu marcador directo, deixando-a livre para aparecer Klose, avançado que ocupa sempre o lado por onde a bola esta ser jogada. Ou seja ao receber a bola Ribery sabia que normalmente iria sempre 3 soluções de passe Lahm (lateral), Zé Roberto (médio) e Klose (avançado), para efectuar rápidas triangulações e assim ganhar facilmente a linha de fundo servindo Luca Toni ou mesmo Klose.
Quem disse que os processos simples não são os de mais sucesso.

Correr muito e correr bem.....Real Madrid e Bayern

Vejo (em diferido) os 1ºs minutos do Real Madrid vs Liverpool, vejo 20 jogadores, jogarem e correrem como loucos, disputam palmo a palmo de terreno, disputam cada bola, intensidade de jogo, lucidez táctica, dinâmica defensiva vs dinâmica ofensiva em constante confronto, obrigatório correr muito e bem.

Vejo em diferido os 1ºs minutos do Sporting Bayern, intensidade de jogo Portuguesa, frieza Alemã, calculismo e cinismo também ele Alemão. Já sei o resultado final (só vi a 2ª parte em directo), e logo percebo como e porque acabou 0-5. O Bayern ao contrário dos jogadores do Real – Liverpool, cedo perceberam que não tinham que pôr muita intensidade no jogo, tinham é que saber, quando correr e para onde correr. Se na 1ª parte poucas vezes o conseguiram fazer correctamente, depois do intervalo, acertaram o “timing” e em 6 oportunidades, fizeram 4 golos. Ainda assim, na primeira parte enquanto não entenderam o jogo, nunca deram a sensação de serem uma equipa desnorteada. Lahm, Zé Roberto e Ribery, fizeram 3 vezes a mesma jogada, duas delas deram golo (3 e o 4). Saber correr, quando correr e para onde correr, sem pôr grande intensidade no jogo. Não correndo muito, sabendo correr.

No Real Madrid – Liverpool, os Ingleses “obrigaram” os espanhóis, para além de correr muito, a correrem mal, sempre com uma grande intensidade de jogo. Isso desgastou-os, no final, já com o “Blancos” cansados, os “Reds” deram-lhes a estucada final por Benayoun. Muita intensidade de jogo por parte de Real, mas mesmo correndo muito, correram normalmente no momento errado, para o local errado.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Classico de peito aberto

Porto e Sporting jogam poucas semanas depois dos 4-1 que a formação leonina impôs á equipa Z do Porto, Porto e Sporting jogam 1 semana depois do Sporting 3 Benfica 2, Porto e Sporting jogam com uma diferença de 4 pontos.

O Porto joga com a segurança que seja qual for o resultado do clássico, ficará sempre na liderança, mesmo que o Benfica ganhe ao Leixões na véspera.
Jesualdo não deverá ter agora muitas duvidas, apenas e só Fucile recupera da sua lesão, de resto as normais opções, Helton (não deverá ser o erro de ontem que lhe tirará o lugar) Rolando, Bruno Alves, Cissokho, Fernando, Meireles, Lucho, Cristian, Lizandro e Hulk.
Nada de novo e certamente muita vontade de deixar um concorrente directo a 7 pontos e meia mão no titulo de campeão.

O Sporting sabe que joga no Dragão não é igual ao da taça da liga, o Sporting sabe que jogar no Dragão é estar sujeito a uma serie de factores que podem condicionar o desenrolar da partida. O Sporting sabe que terá que ser muito mais forte do que frente ao Benfica, para poder ganhar no Dragão.
Volta-se a colocar muitas incógnitas no 11 leonino, Tiago ou Patrício, Abel ou Pedro Silva, Grimi ou Veloso. Escrevo este post antes do Sporting Bayern Munique, jogo que terá que ser tido em conta, para a escolha do 11 titular.

Em minha opinião, em caso de vitória Portista, a questão do titulo ficará quase em definitivo em arrumado, com Sporting a 7 pontos e Benfica a 4, sabendo-se da instabilidade exposicional dos encarnados, não acredito que os Portistas desaproveitem, a vantagem acumulada.
Cabe ao Sporting manter-se e também ao seu rival da 2ª circular na luta pelo titulo máximo nacional, para isso basta ganhar. Não é esse o objectivo primário de qualquer jogo.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Sporting Benfica rescaldo

David Luiz foi a imagem do Benfica em Alvalade. Esta é a melhor forma de abrir o rescaldo deste derby lisboeta.
Maxi Pereira lateral direito encarnado tinha afirmado antes do jogo, que ganharia quem comete-se menos erros ou os menos graves. O Sporting cometeu alguns, pouco ou nada visíveis, o Benfica muitos e muito visíveis, principalmente por David Luiz. O jogo ia com 10 minutos e uma bola bombeada pela defesa leonina sobra para o duelo entre o lateral esquerdo encarnado e Liedson, David Luiz mais rápido ganha na velocidade e podia e deveria atrasar a bola para Moreira, ou colocar a bola pela lateral, nem uma coisa nem outra, quis tentar sair a jogar, perdeu a bola, contra-ataque sportinguista que resultou num canto. David tentou lutra contra o destino nesse canto, volta a curtar a bola, mas a bola sobra para Liedosn que faz o 1º golo num grande remate de fora da área. A partir dai o defesa brasileiro nunca mais foi o mesmo jogador, falta de entrada na bola, falta de tempo de salto, erros na abordagem aos lances, acabando por estar nos 3 golos sportinguistas.
O Sporting entrou melhor, mais unida no campo, mais solidária, mais corajosa, mais guerreira, tudo o que o Benfica não foi até aos 30 minutos da 1º parte, equipa com os sectores longe, lenta, nada aguerrida e com muita falta de intensidade de jogo. Reyes tentava esticar o jogo, Aimar tentava aparecer mas só depois dos primeiros 30 minutos conseguiram “sacar” mais qualquer coisa. Antes do lance do penalty o Benfica constrói uma oportunidade de bola parada e uma de jogada corrida, ambas concluídas por Yebda. 1-1 ao intervalo justificava-se

O Sporting voltou como se esperaria, em busca da vitória, e o Benfica, como não se esperaria, com os sectores ainda mais longe uns dos outros, com Katsouranis a denotar falta de frescura física, com Yebda, perdido entre os médios leoninos, com Reyes preocupado em discutir com o arbitro, com Aimar sem bola e com David Luiz…Bem David simplesmente não estava em Alvalade, nova falha aos 3 minutos da segunda parte, segundo golo do Sporting. Os leões jogavam a seu belo prazer, sempre pela direita (esquerda do Benfica), o Benfica limitava-se a bombear bolas de LUisão para Suazo que facilmente eram recuperadas pelo meio campo Leonino, devido ao facto de o meio campo encarnada não ter forças para subir no campo.
Curiosamente quando Aimar já jogava no meio campo e Di Maria na Ala direita, e na frente estava Cardoso e Nuno Gomes, curiosamente quando o Benfica começava a conseguir articular 5 / 6 passes seguidos, novo erro de David Luiz na abordagem de um lance, Sidnei tentou apagar o fogo, e erradamente foi no chão, sendo também ele sido ultrapassado, 2 golo de Liedson, 3-1 no marcador.

O Sporting relaxou no jogo, e Cardoso voltou a justificar o porque de ser o melhor marcador do Benfica, mesmo nem sempre jogando a titular. 3-2 e jogo a acabar.

Vitória justa e merecida do Sporting, foi mais equipa, aliás foi a única equipa no campo, o Benfica limitou-se a ser na maioria do tempo um conjunto de 11 jogadores que andaram no relvado, e quando assim é não se pode ganhar, seja em Alvalade seja na Trofa. Só um aspecto para Paulo Bento pensar e se preocupar, Mesmo sem jogar bem o Benfica marcou 2 golos em Alvalade, a defesa do Sporting não me pareceu também quanto poderia ter estado. Mas isso sou eu apenas a interrogar-me.

Ps: David Luiz é um jovem com muito valor, e maus dias todos têm, os erros ajudam a crescer, e certamente sairá um melhor jogador depois de ele próprio analisar os seus erros individuais de Sábado. Erros que quanto a mim não tem nada haver com o facto se ser central e de estar actualmente a jogar nas laterais, foram erros de leitura dos lances, e de abordagem dos mesmos, não erros de posicionamento nem de colocação táctica no terreno.


Raul Gonzalez !




O melhor avançado que vi jogar em toda a minha vida.

Não vi nada melhor , vi apenas algumas semelhanças em Davor Suker , mas nenhum chegará á classe deste !

Raul tem um trajecto curioso , começou nas escolas do Atletico e acabou por ser a figura maior destes ultimos 15 anos com a camisola do real madrid ao peito.
Avançado claro , faro para o golo , e concretizações fantasticas. Raul deve mto a quem muitas vezes construiu golos para ele , casos de seedorf , redondo , Zidane , figo ( meu deus que classe estes 2 ) roberto carlos ( onde partilhou mtas vezes o lado esquerdo ) beckham etcetc....
Este jogador consegue transformar o futebol numa coisa tão simples , tão unica e tão bonita de se ver.... é um jogador que vai certamente ficar na historia do futebol. Dentro e fora do campo . Transporta consigo carisma , coragem atitude , paixão e muita garra.

a sua estreia a marcar foi curiosamente frente ao seu clube formador .



Teve muitos golos , mas para mim o mais bonito ( para alem do que marcou com a espanha pela 1ª vez que nao consigo encontrar ) foi frente ao milan



Simplesmente fantastico

ficam aqui alguns bons momentos deste grande jogador.





E já agora .... os ultimos frente A ricardo e ao betis . Simplesmente maravilhoso reparar na facilidade de Marcar

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

o meu 1º GR e “Il Codino Divino”


È a primeira vez que aqui recordo 1 guarda redes, por isso faz sentido que recorde aquele que 1º me impressionou.
No inicio da década de 80, existiam alguns bons guarda redes que dominavam o top europeu, Joel Bats, Toni Schumacher, Rinat Dasaev (que guarda redes), Dino Zoff, Luís Arconada. Em Portugal os falecidos Manuel Bento, Damas e Zé Beto defendiam as balizas dos 3 grandes.
Não foi nenhum dos guarda redes que referi anteriormente, que primeiramente me prendeu a atenção, naquela posição especifica.
Jean Marie Pfaff, foi guarda redes da Selecção Belga nos mundiais de 82 (2º lugar) e 86 (3ºlugar) e nos europeus de 80 e 84, defendeu a baliza do Beveren da época de 1970/71 até 1981/1982 seguindo-se o Bayern de Munique 1982/83 até 1987/1988, passou pelo Lierse e terminou a carreira na Turquia no Trabzonspor. Em 1987 foi considerado o melhor guarda redes do mundo pela FIFA, ganhou títulos nacionais na Bélgica e na Alemanha.

Elástico, ágil, bom fora e entre os postes, de um fair Play impressionante, para com os adversários, mesmo na derrota, mesmo quando sofria golos como por exemplo, o que Maradona lhe marcou na meia final do mundial 86 depois de ter fintado 4 adversários.
Jean Marie Pfaff o meu 1ºguarda redes.


"Il Codino Divino".

Hoje, 18 de Fevereiro faz anos um dos melhores jogadores do futebol mundial da 80 e 90 Robero Baggio "Il Codino Divino".
Baggio foi só Bola de Ouro France Football 1993, Jogador FIFA 1993, Bola de prata Camp. Mundo 1994 (2º), World Soccer 1993 (1º), Campeão nacional Itália, pela Juventus e pelo Milan, taça UEFA pela Juventus (93), vice campeão do mundo.
Baggio era um 10, com a qualidade de finalização de um 9. organizava, marcava os ritmos de jogo da sua equipa, caso fosse necessário e depois ainda aparecia para finalizar junto dos pontas de lança. Em suma visão de jogo, técnica individual muito acima da média, rápida leitura do jogo, foi dos melhores jogadores da década de 90, o seu rabo de cavalo correu mundo. Começou no Vincenza e apo´s passagem pela Fiorentina, teve a sorte de jogar em 3 dos maiores clubes Italianos Juventus. Inter e Milan. Acabou a sua carreira tranquilamente no Brescia onde ainda e mesmo em fim de carreira resolvia jogos. Mais de 300 golos na serie A Italiana.
Roberto Baggio “Il Codino Divino”




terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Derby de 180 minutos


Sporting e Benfica, sempre foram como cães e gatos, e claro está, ainda hoje é assim.
Nunca, nada tiveram em comum, provavelmente nunca, nada terão em comum, para além do branco que acompanha o verde e o encarnado dos seus equipamentos.

Tempos diferentes, em Alvalade aposta-se na formação e na contenção de despesas, a mesma contenção que “obrigou” o clube a ir buscar á 3 anos atrás, o treinador que na altura estava nos juniores e ainda não tinha, dados muitas provas a nível nacional, a mesma contenção que obriga esse mesmo treinador a por vezes fazer exercícios mentais por falta de soluções no plantel.

Na luz apostou-se na reabilitação de credibilidade da marca Benfica e com isso, fazer esforços financeiros para ter equipas com alguns nomes sonantes, treinadores mais ou menos conceituados e jogadores que deixem esses mesmos treinadores mais ou menos descansados em termos de opções técnico tácticas.

Este derby começa a jogar-se na véspera, mais propriamente durante os 90 minutos de duração do Paços de Ferreira vs Porto, e na importância do resultado dessa partida para a atitude dos dois grandes Lisboetas no derby que se jogará no dia seguinte.

Paulo Bento sabe que estas duas jornadas, são muito importantes em termos de titulo nacional para o Sporting, só a vitória lhe permitirá não ter que ir ao Dragão jogar tudo por tudo, ir ao Dragão com 6 ou 7 pontos de atraso, e ter a obrigatoriedade assumir as despesas do jogo, é um risco muito grande e poderá condicionar a estratégia para esse jogo, sabendo Bento que na casa Portista, ocorrem quase sempre acontecimentos estranhos em termos de arbitragem.

Quique é quase certo deverá apresentar a mesma equipa do Dragão e com o mesmo objectivo, transições rápidas nas costas dos defesas Sportinguistas. Pessoalmente só tenho uma duvida, se o espanhol não deixará Suazo no banco, apostando para a frente do ataque em…Di Maria a titular. O Benfica sabe que não ganhar em Alvalade é ver a vantagem do Porto aumentar para 3 ou 4 pontos (caso estes ganhem na véspera ao Paços de Ferreira), no pólo oposto, ganhar na casa do rival Lisboeta significa colocar pressão não só no rival verde e branco, mas também a norte.
Quique perde neste jogo em relação ao Dragão o factor surpresa, ou seja, no jogo de á duas semanas, eram maiores as duvidas sobre que 11 iria o Espanhol escalonar, Paulo Bento tem em relação a Jesualdo, a vanategm de ter 90% do 11 inicial do Benfica definido. Assim será Moreira, Maxi Pereira, Sidnei, Luisão, Yebda, Katsouranis, Reyes, Amorim, Aimar e Suazo (continuo a afirmar que Quique vai lançar Di Maria de inicio no lugar do Hondurenho).


Bento tem certamente 1 duvida que lhe esta a condicionar a escolha do 11 inicial, quem ocupará a posição mais recuada do losango? Rochemback, Miguel Veloso ou Adrien? Dessa escolha, dependerá não só o restante 11, mas também a própria dinâmica do losango Sportinguista. Com Rochemback a equipa perde velocidade de transição quer ofensiva quer defensiva, e com Aimar a jogar perto de si pode ser um problema quando o Sporting não tiver bola. Com o Brasileiro ganha em termos de experiencia. Adrien está mais desinibido e motivado, poderia ser o jogo de definitiva afirmação do jovem médio, mas Será que Bento já esqueceu a 1ª parte do jovem no ano passado, no célebre jogo da taça dos 5-3? Di Maria arruinou com Adrien, tendo que Bento o retirar do jogo ainda antes do intervalo.
Miguel Veloso á alguns jogos que não tem sido opção para o lugar, mas é mais forte na marcação e igualmente forte nas transições defensiva e ofensiva. È dos 3, actualmente, o mais equilibrado para jogar naquela posição. Bento terá as suas razões para o colocar na lateral esquerda.
Os actuais motores leoninos serão certamente titulares Izmailov, Vukcevic e João Moutinho. Na Frente Postiga e o inevitável Liedson.
Patrício ou Tiago, Abel, Polga, Carriço (bom este miúdo), Caneira (Miguel Veloso). Rochemback (Adrien) Izmailov, Vukcevic, João Moutinho, Postiga e Liedson. Como vêm mais dúvidas para Bento.

O derby dos Derby´s Português, joga-se com um travo de decisão, o que é sempre bom, o factor casa dá mais 1% de vantagem, e se costuma dizer que normalmente quem esta pior ganha, desta vez isso não acontece, pois as equipas estão equiparadas na classificação e na qualidade futebolística.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Auto- golo de Messi



Impressionante aqui não é o golo…impressionante neste vídeo é os comentadores Franceses a comentarem o golo. Os grandes jogadores são assim, fazem nos esquecer o nacionalismo. Até parece que Messi tinha feito um auto-golo!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Remontada historica barça

Há jogos que nunca nos saem da cabeça....
este teve como figuras Baia, Figo, Fernando Couto, Bobby Robson, Ronaldo "o Fenomeno", Pantic e.....Pizzi, alguém se lembra dele no Porto.
Revejam o resumo deste "partidaço"

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Scolari, Chelsea e o vicio perdido de ganhar....




Ganhar deve ser um bom vicio! Um vicio que deve ser alimentado até á exaustão, um vicio que se deve tornar guloso. Porém é necessário tempo para se começar a ganhar.

Alex Morris Ferguson está no Manchester United á 23 anos, entrou no inicio da época de 1986 /1987 e demorou 3 anos para ganhar o seu primeiro troféu a FA CUP o seu 1º campeonato foi em 1992/93. Arsène Wenger chegou ao arsenal de Londres, em 1996/1997 e “só” no ano seguinte ganhou a Premier League.
O Escocês do United é todos sabemos um caso anormal de paciência num clube de futebol, Wenger segue o seu caminho, mas garante o seu lugar com esporádicos títulos ingleses e finais europeias.

Toda esta introdução serve para chegar á incontornável demissão de Luiz Felipe
Scolari do cargo de treinador do Chelsea. Quando foi nomeado no verão passado, logo se apostou quanto tempo estaria o brasileiro nesse posto, e se seria ou não a aposta adequada para o lugar. Sete meses depois Scolari caiu.
Por um lado terá pago pelo seu conservadorismo, numa liga como a Inglesa onde o publico paga para ver espectáculo e golos, por outro lado terá pago o preço do atípico sucesso desportivo de José Mourinho, quantos treinadores poderão se gabar de ganhar a liga logo no 1º ano? E de serem bi-campeões! Poucos certamente, Mourinho criou o vicio ganhador aos adeptos e gestores dos “Blues”, ganhar quase sempre e andar no 1º lugar. Foi o seu próprio sucesso que o fez cair no seu 3º ano. Voltar a “normalidade” dos últimos 50 anos, de ganhar ás vezes e andar atrás dos outros é “vergonhoso” para quem até á pouco tempo cantou tantas vezes vitória. Era impossível terem a mesma paciência para esperarem como tiveram á 20 anos atrás os dirigentes do Manchester com Ferguson. Se não a tiveram com quem lhes incutiu o “vicio” ganhador, porque haveriam de ter com Scolari. Em minha opinião, o Chelsea vai voltar a cair, vai voltar a ser um cemitério de treinadores, Avram Grant e Luiz Felipe Scolari foram só as primeiras vitimas. Fala-se por exemplo de Guss Hiddink (sou apreciador do futebol jogado pelas suas equipas e selecções) para o cargo (é oficial que há negociações), terá o conceituado treinador, tempo para tentar recuperar o Chelsea enquanto clube rotineiramente ganhador?

Ps: Tal como Cristiano Ronaldo aprendeu recentemente, não basta ter um Ferrari, é preciso ter mãos para o conduzir, Scolari habituado a Audi e BMW, não teve mãos para o Ferrari Chelsea, até porque treinar um clube não é o mesmo que treinar uma selecção.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Porto vs Benfica rescaldo...

Razoável jogo, disputado, intenso, e decidido com um grave erro de arbitragem.

Entrou melhor o Porto, mas não muito melhor, com ligeiro domínio no meio campo, mas pouco consegui desequilibrar a defesa encarnada sem ser em 3 bolas pelo ar, sendo que uma dela, Lucho não se apercebeu que estava sozinho dentro da área e podia dominar a bola e em outra Lizandro estava fora de jogo. Esteve assim quase 30 minutos o clássico. O Benfica depois de ter aguentado o inicio do jogo sem grandes sobressaltos, começou a controlar mais ainda a bola e o jogo, Aimar marcava o ritmo, fazendo uma excelente ligação entre o meio campo e o ataque, mas também o Benfica nesse período não conseguia criar grandes situações de golo, com excepção de um remate de Reyes para defesa de Helton. Já quando toda a gente estava á espera do intervalo, surge o golo de Yebda, num canto muito bem trabalhado pelos encarnados. Habitualmente o espaço a onde o Francês é o espaço onde costuma aparecer Katsouranis, certamente toda a defesa do Porto pensou que o canto seria ao 2 poste, pois o Grego não estava no seu habitual espaço, e no segundo postes estavam todas as restantes torres encarnada, Luisão, Sidnei, David Luiz. Bola no 1º poste e toda a defesa surpreendida.

A segunda parte trouxe mais do mesmo dos últimos 15 da primeira, Benfica com a sensação de ter o jogo controlado, e procurando as costas da defesa portista através das arrancadas de Suazo, normalmente lançado por….Aimar.
O Poro parecia não ter muitos argumentos para se desatar das amarras, até que surge o erro de Proença….Não é penalty, e Lizandro enganou bem o arbitro.

Nas substituições Quique apostou em Di Maria para fazer de Suazo, cansado e não estava bem no jogo, e para o fim tirou 1º Reyes entrando Nuno Gomes, e nos descontos Carlos Martins, para o lugar do 10 encarnado. Di Maria voltou a mostrar que normalmente erra no momento de tomar a melhor decisão para a jogada, exemplo disso um remate quase sem ângulo quando tem Aimar em frente á baliza para finalizar.

Jesualdo foi aparentemente mais audaz, tirou Raul Meireles e pôs Mariano, passando a jogar com dois avançados, e no ultimo minuto tirou Lizandro para pôr Farias. Aparentemente mais audaz, na prática pouco ganhou o Porto com isso.

Destaques portistas para Lucho Fucile, e pala negativa para Hulk, esperava-se mais do avançado brasileiro.
Nos encarnado todo o colectivo, mas essencialmente Luisão, Sidnei e claro está Aimar, Suazo terá sido o jogador encarnado com o jogo menos conseguido

No fim, ambos os treinadores ficaram contentes com o empate, Quique porque sabia que era importante pontuar, Jesulado porque apesar de não o dizer, no seu consciente sabia que o Porto não tinha sido tão forte e dominador como pretendia.
No Staff encarnado reinava um pouco o sabor a injustiça pela forma como sofreram a grande penalidade.

Deste jogo sai um Benfica aparentemente mais forte em termos de personalidade e mentalidade, e um porto que mais uma vez percebeu que actualmente, não é assim tão forte quanto pensaria.




Original Video- More videos at TinyPic

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Porto vs Benfica, Iluminar duas vezes.

Jogo de “Puta Madre” como dizem os Espanhóis. O dragão receberá o primeiro dos Derbys / Clássicos que ajudarão a dar uma melhor ideia de quem será o campeão nacional época 2008/09.

Porto e Benfica jogam com um ponto a separa-los, (34-33), e com uma atmosfera de desconfiança em relação ás arbitragens. Joga mais o Benfica que o Porto, os encarnados jogam para não ficarem a 4 pontos e jogam para a única competição que lhes interessa ganhar. Porto joga mais tranquilo, porque mesmo com um resultado menos positivo, ainda fica na corrida, e tem também a taça de Portugal.

Porto de Jesualdo. Tal como escrevi neste nosso espaço em finais de Outubro, quando os azuis e brancos atravessavam uma crise de resultados, Jesualdo teria que fazer a reminiscência da sua equipa, para poder voltar ao nível da época anterior. Teria que deixar de flutuar entre o 4*4*2 e o 4*3*3, e apostar claramente neste ultimo esquema, relembrando aos elementos que transitaram da época anterior dinâmicas da equipa.

Jesualdo consegui isso e ainda teve o condão de fazer com que certos jogadores que até ai não estavam a render o desejado, talvez por algum narcisismo, deixassem de olhar apenas e só para o seu umbigo, e olhassem para o que era importante para a equipa. Hulk é o caso mais flagrante disso mesmo. A recuperação futebolística de Cristian Rodriguez e Fucile foram também muito importante na nova dinâmica Portista, tal como a devolução da baliza a Helton.

Assim não são de esperar as habituais surpresas que Jesualdo tanto gosta para os jogos mais “importantes”, equipa com Helton, Fucile Rolando, Bruno Alves e o reforço Cissokho. Fernando a trinco e Raul Meireles como médio box to box e Lucho marcando o ritmo da equipa atrás do trio Rodriguez, Hulk, e Lizandro.

Quique sabe que não perder no Dragão poderá ser um resultado muito positivo, e mais que o habitual 4*4*2 clássico, a equipa, andará certamente mais próxima do 4*2*3*1. Mas muita da estratégia para este jogo passará pela recuperação ou não de Suazo para o jogo. Duvidas para o 11 encarnado são muitas, até porque o leque de opções é maior. Começará logo na defesa, Miguel Vítor (mais ágil, para travar Hulk, mas menos forte fisicamente) ou Sidnei (mais forte fisicamente, menos ágil), se no meio campo o regresso Katsouranis é certo, a duvida está em quem lhe fará companhia, Yebda ou Carlos Martins, Amorim é carta certa na direita do meio campo, mas na esquerda Di Maria deverá dar o lugar a Reyes, mais experiente e melhor a guardar e esconder a bola que o Argentino. Aimar deverá fazer a ligação com o homem da frente Cardozo, Nuno Gomes ou Suazo.

O primeiro factor importante para este jogo, prende-se de como se irá sentir defesa do Benfica, jogando (pelo menos inicialmente), próxima da sua área. Sabe-se que Luisão tem dificuldades perante homens móveis e rápidos, casos de Hulk e Lizandro, mas que também se sente mais confortável não tendo que jogar com muitos metros para defender nas suas costas.
O segundo factos importante, será o desenhos geométricos dos dois meios campos, o Porto com um vértice defensivo (Fernando), e dois homens á sua frente (Meireles e Lucho), o Benfica com um duplo pivot (Katsouranis, Yebda ou Carlos Martins), Aliás entre a inclusão do Francês ou do Português estará o que pretenderá Quique para o jogo, mais robustez e capacidade de recuperação de bola da parte do Francês, melhor capacidade de passe e gestão da bola por parte do Português. Pessoalmente acredito que se jogar Suazo, a aposta passará por Carlos Martins, para dar continuidade a estratégia do Quique para este tipo de jogos, procurar as costas das defesas adversárias com lançamentos no espaço para o Hondurenho. Reyes será o mais indicado para jogar á esquerda do meio campo, defende melhor que Di Maria, ataca com mais inteligência de Di Maria, tem melhor capacidade de passe e de finalização, logo só por “birra”, o Espanhol, não jogará de início.

Terceiro factor importante, prende-se com o homem que jogar mais adiantado, na frente do ataque encarnada. Suazo, velocidade, força, sente-se como peixe na agua neste tipo de jogos, desde que bem servido no espaço pelos seus colegas. Cardozo, mais, fixo, necessitando de muito mais apoio do seus colegas de meio campo para poder desequilibrar, mais lutador que o Hondurenho. Nuno Gomes, tem a desvantagem de á muito tempo não jogar como ponta de lança, móvel, segura bem a bola, mas sozinho no meio de Bruno Alves e Rolando poderá ser presa fácil.

Em suma mais duvidas por parte de Quique, mais certezas de Jesualdo, mais a perder o Benfica, ambos muito a ganhar.
O primeiro duelo de titãs do louco mês de Fevereiro, veremos quem o acaba em primeiro lugar, até porque como diz o povo "Candeia que vai a frente Ilumina duas vezes".....

Abril de 2007 - Fevereiro de 2008. sempre actual

A 11 de Abril de 2007, escrevi um texto a que intitulei de “Reis Midas”, e que basicamente falava de Ole Gunnar Solskjaer e Pedro Mantorras, e da capacidade que ambos tinham para marcar golos nos poucos minutos que jogavam nos seus clubes, devido a prolongadas, complicadas e crónicas lesões.
O Norueguês já terminou a carreira, Pedro continua a “teimar”, fazer esporádicas aparições miraculosas, pelos relvados nacionais. Nas vésperas de clássico no Dragão, Mantorras fez com que “Quique” não tivesse que ir jogar tudo por tudo no terreno do seu adversário.
Há textos assim…sempre actuais, para quem não o leu na altura aqui fica novamente.




Reis Midas

O Rei Midas foi um lendário rei grego, filho adoptado de Gordias e Cíbele. Um dia, em pedido de Dionísio, o rei Midas encontrou o Ipotane Silenus. Como recompensa, Dionísio deu a Midas o dom de transformar em ouro tudo aquilo em que tocasse.É assim que começa a história de um rei que em tudo que tocasse virava ouro.

Ole Gunnar Solskjaer chegou a Manchester e ao maior e mais conhecido clube desta cidade em 1996, vindo do Molde, e cedo ganhou a alcunha de “Baby face killer”, pela sua carinha de bebe e pela facilidade com que marcava golos. Porém todo o seu percurso em Old Trafford, é marcado por longas e sucessivas lesões.È no entanto um jogador que quando disponível, habitou o seus adeptos a entrar nos últimos minutos dos encontros e marcar o seu golo da ordem, um desses acontecimentos mais famosos, será o seu golo na celebre final da Liga dos Campeões em Barcelona contra o Bayer de Munique.

Pedro Mantorras chega ao S.l. Benfica no final da época de 2000/2001, e rapidamente se torna referência da equipa da luz, mas sucessivas lesões num dos seus joelhos atiram-no internamente para o banco de suplentes do Benfica, é dito e sabido que não existe permissão médica para grandes cargas em cima dos seus joelhos.Quando Mantorras é chamado do aquecimento, para entrar nos jogos, nos estádios onde o Benfica joga sente-se logo uma vibração nas bancadas, como se um ritual se tratasse, como se o público adivinhe o que vai acontecer em seguida.No último campeonato ganhou pelos homens da luz Mantorras terá dado cerca de 10 pontos, com golos decisivos nos últimos minutos.

O que une um nórdico Norueguês e um africano de Angola? O Facto de jogarem muitos poucos minutos e terem o dom de aproveitarem como poucos esse tempo para “vacinarem” os adversários com golos, para deixarem a sua marca, para se manterem nos corações das massas associativas dos seus clubes.Ambos tem o toque de Midas, ambos fazem Jogadas de Sonho.