segunda-feira, 19 de março de 2007

Da rua para o profissional


Ver o Real Madrid jogar hoje, é ver um conjunto de Jogadores, todos ou quase todos de nível mundial, mas que simplesmente ficam á espera que algo caía do céu, ou que alguém resolva os problemas que o colectivo não consegue resolver. Estas dificuldades são ainda mais visíveis quando a equipa joga em casa, no mítico Santiago Barnabéu, onde a equipa fica exposta aos assobios de uma "afficion" habituada a grandes equipas e bom futebol.
Entre os equívocos de Fábio Capelo, o inseguro Cannavaro, o decadente Raúl, o intermitente Guti, emergem dois jogadores que continuam a ser iguais a si próprios Rudd Van Nistelrooy, que continua a fazer golos com a mesma facilidade que fazia em Manchester, e Robinho que no outro dia declarou não entender porque razão não joga mais tempo.
Ver este brasileiro de 23 anos jogar actualmente, é ver o mesmo que apareceu no Santos, uma qualidade técnica que não engana ao que acrescentou um pouco de cultura táctica europeia.
Este fim de semana estava quase a desistir de ver mais um jogo enfadonho, sem sal nem pimenta do Real contra o Gimnástic, que jogava desde os 5 minutos com 10, quando ao intervalo Capelo decidiu colocar em campo Robinho. Este mais uma vez decidiu mostrar ao italiano que merece jogar e fez em 45 minutos o que o colectivo não consegui fazer nos anteriores 45. Uma série de fintas, passes, golo e assistência para golo, ou seja o que habitualmente tem feito no tempo que Capelo o põe a jogar.
Robinho não é uma equipa, mas que faz Jogadas de sonho, que ajudam a resolver jogos, disso não restam dúvidas, leva o seu futebol traquina, joga como se ainda estivesse a jogar uma pelada na rua, será por isso que não joga? Se é, então nunca será titular porque este é daqueles que nunca mudará, a sua forma de estar no campo.