sábado, 31 de março de 2007

Quem pode decidir


Na nossa infância, víamos os mágicos fazerem os seus truques e ficávamos boquiabertos como que perguntando, como é isto possível?
Domingo pelas 20h30 estarão 65 mil pessoas numa plateia, á espera desses momentos de magia.
Quem pode decidir o clássico?

Do lado do Benfica, Simão perfila-se como primeira figura, está com uma confiança extrema e vai na frente da lista de melhores marcadores da liga, pode com uma bola corrida ou parada decidir o jogo. Miccoli nos últimos 3/4 jogos divorciou-se um pouco da equipa, parece andar triste com os companheiros, por não entenderem o seu futebol de tabelas e finalização, de passa, desmarca e finaliza. Pela qualidade técnica que tem, pode ser ele também a resolver, apesar de não marcar á 4 jogos, pela facilidade e qualidade com que chuta pode decidir. Por ultimo, um possível herói a não esquecer, Katsouranis, as bolas paradas do Benfica, maior parte das vezes procuram a sua cabeça e não estando Luisão, mais ainda. Toda a gente sabe do canto ao 1º poste que o Benfica faz para o Grego desviar, mas até o próprio porto já bebeu desse veneno no dragão.

Quaresma o Harry Potter, senhor do drible e da trivela, é claro o 1º da lista do porto, numa super confiança, que o afirmar-se na selecção nacional, ajuda mais ainda. Adriano esteve nas últimas vitórias do Porto, com golos, não marcou contra o Sporting, mas pode ser um dos que resolve o jogo pela forma como finaliza, principalmente no jogo aéreo. Raul Meireles e Lucho, perigosas as suas meias distâncias principalmente se jogar Moretto.

Com uma plateia tão vasta, era engraçado ver os mágicos sacarem da cartola os seus truques, ficava bem ao jogo ter muitas JOGADAS DE SONHO.

sexta-feira, 30 de março de 2007

Quem Vencerá....?? Eles têm a resposta!


Certos jogos de futebol, são como bailados, coreografias inúmeras vezes repetidas, movimentos vastas vezes repetidos, coreografias, movimentos que podem ser o detalhe para resolver uma partida.

Como se apresentam as duas equipas no clássico de domingo?
O Benfica apresenta-se a jogar em casa, moralizado pela série de vitórias na liga e pela presença nos quartos de final da UEFA. A acrescentar a isso a recuperação de 8 pontos ao seu adversário de domingo, nas últimas 8 jornadas, no entanto as lesões de Quim e Luisão e alguma dependência de Simão podem condicionar.

O Porto vêm de um resultado negativo frente ao rival Sporting, num jogo em que não esteve bem, a equipa parece não ter frescura física e o seu futebol não sai com a mesma fluidez da 1ª volta. Para ainda estarem na frente surgiu um herói improvável, Adriano, que de quase dispensado em Janeiro, passou a fazedor de golos, aliado claro ao virtuosismo de Quaresma. Lisandro vêm de lesão e a duvida vai manter-se até á hora do jogo, Lucho decaiu com suspeitas de pubalgia.

No terreno:
Não é provável que Fernando Santos abdique do seu 4*4*2 losango, com Simão no vértice mais adiantado, apoiando Miccoli e Nuno Gomes. No entanto este sistema para funcionar em termos ofensivos, vai depender da capacidade que Nelson e Léo (os laterais) consigam dar nesse jogo. Petit e Katsouranis serão os homens dos equilíbrios e das transições (defesa – ataque, ataque – defesa), Karagounis e Simão tentarão jogar entre as linhas dos médios defensivos portistas.
Benfica para ganhar, vai ter que ter bola e conseguir jogar no meio campo do Porto, se optar por futebol directo, não vai tirar vantagem porque como é obvio, os centrais portistas são muito fortes no jogo aéreo e Paulo Assunção encarrega-se de ganhar as segundas bolas.
O facto de Luisão não jogar fará David Luiz, passar pelo seu primeiro grande teste, sabendo-se o peso que o brasileiro tem na defesa encarnada, juntando o facto de Quim também estar em dúvida, são preocupações para o treinador, que é certo jogará na defesa com Nelson, Anderson, David Luiz e Léo.
Jesualdo não abdicou do 4*3*3 de início contra o Sporting e ai perdeu a guerra do meio campo e apenas equilibrou o jogo quando mudou para 4*4*2. Sabendo-se que o Benfica joga exactamente com o mesmo esquema táctico do seu rival da 2ª circular, a questão de Jesualdo será, se encaixa a sua equipa na do Benfica ou não. Caso tenha todos disponíveis, não me parece que o treinador do porto mude o 4*3*3, até porque teve 15 dias para preparar melhor a sua equipa, para defender contra uma equipa que joga como o Benfica.
Penso que é importante recuperar aqui o jogo de 2ª eliminatória da liga dos campeões, uma coisa é ter que defender um 4*4*2 losango e ainda ter que assumir o domínio do jogo, como contra o Sporting, outra é ter que defender aquele esquema táctico e jogar em contra ataque como em Stamford Bridge, este sim um jogo mais parecido com o que o F.C. Porto vai encontrar na Luz.
Caso não tenha todos disponíveis (leia-se Lisandro), Jesualdo terá mais liberdade para mexer no desenho táctico da equipa. Bosingwa deverá voltar á lateral direita, Pepe, Bruno Alves e Marek Cech deverão compor a defesa. Assunção, Meireles e Lucho são certos no meio campo e poderão ter a companhia de mais alguém, mas será arriscado lançar Anderson de início, e Ibson está k.o., Quaresma e Adriano são certos.
Em suma muito do que o Porto irá apresentar depende de recuperação ou não de Lisandro Lopes.

Os coreógrafos tiveram quase 15 dias para pensar e afinar as coreografias, é certo que sem muitos dos seus bailarinos principais, mas este é daqueles jogos que todos gostam de jogar, este é daqueles jogos em que todos esperam fazer a sua JOGADA DE SONHO.

quinta-feira, 29 de março de 2007

4-4-2 (losango) vs 4-3-3

O Benfica – Porto do próximo Domingo, tal como foi o Porto – Sporting, são dois exemplos do que é um jogo de futebol, quando as duas equipas não jogam com esquemas tácticos iguais.
Vou aqui falar do que em minha opinião são as virtudes e defeitos destes dois esquemas tácticos que á partida serão os utilizados no clássico de domingo.

(4*4*2 losango) É um esquema de jogo que privilegia a posse e circulação de bola, com o oscilar constante dos médios que jogam nos vértices laterais, conforme têm ou não bola em ataque, este sistema quando utilizado com futebol directo perde muita eficácia, se os médios não forem rápidos a subir em auxilio aos avançados.
Tal como em todos os esquemas tácticos é importante que todos os blocos da equipa joguem juntos, quer a atacar, quer a defender. Criar desequilíbrios nas defesas adversárias, é um dos meios mais desejados para chegar ao objectivo golo, assim neste esquema há duas formas de tentar faze-lo, pelos flancos, com as subidas dos laterais á vez, que aproveitam o espaço concedido pelos médios interiores do losango, e com um ligeiro descair de 1 dos avançados, para tentar aproveitar o espaço dado pelo lateral contrario nas suas costas, arrastando assim consigo a marcação do defesa central, desprotegendo o eixo central defensivo.
Contudo com laterais pouco móveis ou pouco rotinados a atacar, é usual optar por tabelas pela zona central, ou seja, como os laterais dão pouco profundidade, e os médios interiores muitas vezes não conseguem ter características de alas, tenta-se através de tabelas rápidas entre os médios e os pontas de lança, desequilibrar a defesa. Esta segunda vertente tem a desvantagem de exigir que 3 dos 4 médios do losango (vértice avançado e os 2 interiores) sejam muito evoluídos tecnicamente .
Seja num ataque mais pelas alas, seja em trocas rápidas pelo meio, a acção dos avançados é muito importante, pelos seus deslocamentos.
É um sistema que exige muitas rotinas, por isso tem que ser muito e antecipadamente trabalhado, para a equipa não falhar as transições defensivas e ofensivas.

O Benfica preferencialmente joga com este sistema, optando por dar profundidade com a subida dos laterais ou com o descair de um dos avançados nas alas, partindo dai em busca de posições de finalização, em termos defensivos, quando em vantagem ou jogando fora da luz, opta por uma defesa em zona média baixa, para que sempre que possivel possa lançar os rápidos Miccoli e Simão. Fernando Santos teve muitos problemas até a equipa conseguir adquire as rotinas e entrosamento para jogar neste sistema, terá sido a principal causa da perda de alguns pontos no inicio do campeonato.






(4*3*3) É um sistema que depende basicamente de 2 factores. O 1º é o desenho do 3 de meio campo, se o triangulo é composto com duplo pivot defensivo (ex makelele / Viera na selecção Francesa), ou por duplo pivot ofensivo (ex Deco / Iniesta no Barcelona). O outro factor é comum a todos e quaisquer sistemas que se escolha, as características individuais de cada jogador.
Este sistema deve conter extremos rápidos e / ou tecnicistas que sozinhos ou com o apoio dos laterais, consigam desequilibrar uma defesa para depois cruzar para alimentar o ponta de lança que normalmente joga na área. É muito importante que os homens das alas cruzem bem.
É um sistema muito mais flexível e desdobrável que o 4*4*2 losango, rapidamente se modifica em 4*2*3*1 ou 4*1*4*1e é facilmente aplicável l a ataque continuo ou contra – ataque.
Quando a opção recai sobre um duplo pivot defensivo é importante que um desses médios consiga ser um médio que jogue de área a área, para a equipa não ficar curta a atacar, e não perder capacidade de recuperação das segundas bolas..
Normalmente as equipas que preferem ou tentam jogar em ataque continuado com este sistema tentam fazer uma pressão alta, tentando recuperar a bola o mais a frente possível, as equipas cuja opção é pelo contra – ataque, tentam defender numa zona média baixa, partido dai para os contra – ataques.

O F.C.Porto é por excelência uma equipa de ataque continuado, por isso, tenta recuperar a bola o mais a frente possível, assentando o seu 4*3*3 num duplo pivot defensivo, mas em que Raul Meireles solta-se claramente quando a equipa tem bola, jogando ao lado de Lucho (o vértice ofensivo do triangulo de meio campo), sendo o tal médio que consegue jogar de área a área, aparecendo para aplicar a meia distancia, com o qual o Porto tem “vacinado” alguns dos seus adversários. Na direita Bosingwa é o lateral mais ofensivo, até por que Lisandro descai para outros terrenos em auxilio do ponta de lança, já do lado contrario devido á presença de Ricardo Quaresma, o lateral que jogue não têm tanta liberdade para subir.







Os sistemas acabam por ser apenas pontos de partida para não reinar a anarquia dentro de uma equipa, para manter uma determinada ordem de movimentação, para uma distribuição dos jogadores. Porque depois quando o árbitro apita, por mais perfeito ou estudado que esteja um sistema táctico, são os jogadores que se encarregam de os interpretar e dar-lhe as suas caracteristicas

"...pressa de chegar, para não chegar tarde..."



Quando Tiago Mendes, quis sair do Chelsea, clube para onde se transferira quando saiu de Portugal, mais propriamente do Benfica, o capitão e quase extensão do treinador José Mourinho dentro do campo, John Terry, fechou-se com Tiago numa sala de Stamford Bridge e tentou demover o Português da ideia de abandonar o clube Londrino.

Tiago, estava num clube onde sabia que podia ganhar títulos, mas não jogava com a regularidade que desejava, não tinha os minutos que desejava nas pernas, ia jogando, mas faltava-lhe a regularidade a que estava habituado dos tempos de Braga, clube de formação, e Benfica clube de projecção.

Tiago mudou-se para Lyon, clube dominador do campeonato Françês e com presença constante em fases avançadas da liga dos campeões, e levou consigo a experiência e os ritmos de uma competição como a Primeira Liga Inglesa. Juntou-se a Juninho e formam o duplo pivot ofensivo de uma equipa que joga um futebol sempre á busca do golo.

Tiago era segunda ou terceira opção para o meio campo da sua selecção, normalmente a escolha era Maniche, e algumas vezes Petit, o que fazia com que Tiago, nunca tivesse feito dois jogos a titular seguidos na selecção, e provavelmente não adquirisse o níveis de confiança necessários quando em jogos da selecção. Seria um caso em que ninguém ou quase ninguém duvida do valor e qualidade, mas que em terrenos de selecção não aparecia, como nos clubes. Mesmo assim Tiago esteve presente no Euro 2004 e no Mundial 2006.

Com o renovar da selecção pós Mundial 2006, terá ganho o seu espaço e passou a ser olhado de uma outra forma, é certamente hoje um jogador mais maduro, e lidará melhor com o contexto selecção, porque consegui fazer uma série de jogos seguidos.
Nestes dois jogos para o apuramento para o Euro 2008, terá sido o jogador mais regular em termos exibicionais. Realizou uma muito boa partida em Alvalade contra a Bélgica, e contra a Sérvia terá sido o melhor Português, marcando um grande golo e pondo á prova por diversas vezes o guarda - redes Sérvio.

Camacho transformou um miúdo que era apenas e só médio defensivo, num médio quase completo, num médio capaz de jogar de área a área, e que a isso junta uma facilidade incrível de finalizar em golo as jogadas.


Dizia António Variações numa das suas músicas “…tenho pressa de chegar para não chegar tarde…” Tiago sabia que se queria que a sua hora chegasse em termos de afirmação na selecção, não podia estagnar a sua carreira no irregular período de utilização em Londres, não podia esperar para não chegar tarde, ou nunca chegar, talvez por isso Terry não o convenceu a ficar.

segunda-feira, 26 de março de 2007

A tradição ainda é o que era....??

Pela primeira vez desde que chegou a seleccionador brasileiro, Dunga pode contar na mesma convocatória com Ronaldinho, Kaka e Robinho.
Havia umas certas dúvidas se ele os iria por aos 3 a jogar de inicio, e se sim, como iria por a equipa tacticamente. Dunga tinha que ganhar este jogo, vinha de um particular contra Portugal em que tinha sido derrotado e a não vitoria contra um modesto Chile, ia-lhe levantar problemas de credibilidade.

Com a corda a ser-lhe enrolada no pescoço, Dunga pôs aquele que provavelmente será o melhor onze brasileiro do momento, ou andará muito próximo disso.
Júlio César (guarda – redes), Daniel Alves, Ruan, Lúcio, Gilberto (defesas) Gilberto Silva, Elano, Kaka, Ronaldinho e Robinho (médios) Fred (ponta de lança). De fora estão Cicinho, lateral do Real Madrid que está lesionado e Helton, guarda – redes do Porto, talvez os dois que terão entrada neste onze.

Desde 82 que vejo a “Canarinha” jogar, mundiais, copa América e particulares, não me lembro de não os ver jogar com dois avançados, dois homens próximos da área, dois finalizadores. E se o Brasil os teve, assim de repente vêm á cabeça Careca, Muller, Romário, Bebeto, Rivaldo e Ronaldo, talvez os expoentes máximos dos últimos 25 anos e que formaram duplas terríveis.
Foi estranho no passado Sábado, ver o Brasil só com um ponta de lança, com um chamado matador, e mais estranho ainda foi ter ganho 4-0, e nenhum dos golos ter sido marcado por esse jogador (Fred).





Basta olhar para a equipa apresentada e perceber que nas costas de Fred, jogaram 3 Jogadores como Ronaldinho, Kaka e Robinho, 3 jogadores de qualidade mundial, que criam jogo, que inventam espaços, que desequilibram qualquer defesa. Para caberem os 3 na mesma equipa e dada as características dos 3, é mesmo melhor jogar com 1 ponta de lança, já que alguém tem que defender. É para isso que jogam Gilberto Silva e Elano, para garantirem os equilíbrios da equipa, e garantirem a circulação da bola de um flanco para o outro, sendo as referencias de passe em caso de necessidade, a isto tudo junta-se o facto de o Brasil ter jogado com 2 laterais que mais parecem extremos Daniel Alves e Gilberto. Mais Daniel Alves, também porque Kaka não tem características de linha, como Robinho têm, Kaka não se sente tão confortável como Robinho se sente quando joga junto á linha. Assim sendo Kaka dá a linha ao lateral para subir, procurando ele zonas mais centrais para aparecer a finalizar e Robinho joga mais com o apoio do lateral, sendo esse mesmo lateral que aparece mais vezes junto á linha de fundo para cruzar, enquanto o próprio Robinho também aparece nas zonas de finalização.
Ou seja, criando a ilusão de atacar com menos e só tendo um ponta de lança, quando em zona de finalização e em altura de finalização, surgem quatro atiradres furtivos, prontos a atirar ao golo (Fred, Ronaldinho, Kaka e Robinho).

O Portugal – Brasil, poderá ter deixado marcas irreversíveis no futebol da selecção brasileira, não é todos os dias que se vê uma selecção como o Brasil, abdicar de 1 modelo de jogo implementado á décadas.
Dunga dará a resposta nos próximos jogos, ou rompe com a tradição e soltas os génios em campo, ou mantém os dois pontas de lança e a história do futebol brasileiro.

domingo, 25 de março de 2007

3 Diabinhos soltos na Sérvia


Como era previsível Portugal, bateu com relativa facilidade a Bélgica, num jogo em que bastou acelerar a velocidade das trocas de bola. A equipa vestiu as dores do Ronaldo, e quase todos do meio campo para a frente decidiram “trocar” os olhos aos Belgas, que devem ter respirado de alívio quando o jogo terminou.
Quarta-feira na Sérvia, Scolari tem um saudável problema para resolver, quem acompanhará Ronaldo no ataque Luso? Vamos por partes!

É notório que Nuno Gomes não está num bom momento, e apesar de ter feito um golo no sábado, foi talvez o elemento do ataque que menos bem actuou, Postiga, encontra-se na mesma situação que “Gomes” e Hugo Almeida, é um avançado que necessita de ser muito bem alimentado pela equipa, e na quarta feira não me parece que seja um jogo em que vamos actuar em ataque continuo.

Simão e Quaresma, são dois extremos que começam agora a afirmar-se dentro da selecção, começam agora a pôr o seu futebol como o fazem nos clubes, e estão numa super forma, Simão por castigo não podia jogar, mas Quaresma fez um bom jogo, fabricando um golo e marcando outro.

Com que ataque jogar quarta-feira? Esta deve ser a saudável pergunta que corre na cabeça de Scolari, por agora. Manter Nuno Gomes, visto este ter marcado contra a Bélgica e apesar da menos boa actuação, ou substitui-lo por outro jogador? Em caso de substituição, quem entraria para o lugar dele? Postiga, Almeida ou Simão?

Portugal deve apresentar-se em Belgrado, numa perspectiva de tentar aproveitar os espaços que irão ser concedidos, por uma selecção que vem de um mau resultado fora (derrota no Cazaquistão por 2-1), que precisa de vencer, para não se atrasar mais ainda.
Scolari deve fazer alguma alterações na equipa, para a refrescar e aproveitar ao máximo o plantel que dispões, assim não surpreendia se entrasse Caneira para a lateral esquerda da defesa por troca com Paulo Ferreira, e Hugo Viana para o lugar de João Moutinho.

Voltando á questão base que é que ataque apresentar, em Belgrado, julgo que pelas características do jogo Scolari vai surpreender, e apostar na velocidade de Cristiano Ronaldo, manter Ricardo Quaresma no onze e lançar Simão na partida desde início. São os 3 jogadores em melhor forma, os 3 são bons finalizadores, e actuando os 3 a toda largura do terreno de jogo, poderão causar danos á defesa da Servia.
No caso das coisas não estarem a correr bem, Scolari não ficaria descalço e ainda teria Nani, e claro os restantes 3 avançados para lançar no jogo.

Fica a ideia, porque não soltar 3 diabinhos por Belgrado, e deixa-los transformar com jogadas de sonho, o apaixonado público Sérvio em aliado da nossa selecção. Todo o público por mais apaixonado que seja, sabe render-se aos bons jogadores.

França e o reviver de um pesadelo recente


No futebol actual, são cada vez menos a equipas ou selecções que jogam com o típico nº 10, aqueles jogadores que jogam normalmente nas costas dos avançados, e á frente dos médios defensivos. Existe cada vez mais, um transformar do 10 em 8 e meio.
Desde que me lembro de ver a selecção Francesa jogar, sempre ou quase sempre, a vi jogar com esse típico dez, primeiro Platini e alguns anos depois surgiu Zinedine Zidane.
Ontem assisti ao jogo da França na Lituânia, e vejo a França jogar desfalcada é certo, sem nomes com Henry, Viera e Ribery, mas essencialmente sem um jogador típico dez, já que era das poucas selecções que ainda jogavam com um jogador típico dessas características, a par da Argentina, o próprio Brasil, no ultimo mundial, fazia Ronaldinho e Kaka jogar por outras posições.
A França actualmente volta a reviver o que viveu no período que Zidane fez folga da selecção, ou seja anda á procura de uma nova identidade, anda á procura do caminho a seguir agora que se vê privada do seu carismático jogador. Ver a França no sábado passado foi ver uma equipa, muito musculada, sem ideias, previsível.
O seu controverso seleccionador Raymond Domenech, mantêm a equipa a jogar em 4*3*3 mas não tendo um jogador com o virtuosismo do retirado Zizou, opta por jogar com um meio campo onde habitualmente alinham Viera (não jogou sábado) Makelele, e Diarra, na falta do capitão jogou com Toulalan, médio do Lyon. Este meio campo dá um poder de recuperação de bola á equipa muito grande, pois são todos grandes recuperadores e transportadores de jogo, mas quando chega a hora de atacar torna a equipa lenta, musculada e muito dependente do que em termos individuais os seus avançados possam fazer, e como os seus laterais Abidal e Sagnol dão pouca profundidade as faixas laterais, a equipa fica muito dependente da capacidade de explosão dos seus extremos e avançados, Malouda, Ribery, Govou, Anelka e o lesionado Henry, não esquecendo que Domenech pôs David Trezeguet na prateleira apenas e só porque joga na série b italiana na Juventus.
O futebol da selecção Francesa está numa fase de se questionar que caminho seguir pós Zidane, que estratégia é a melhor, que esquema táctico, que mudar, que manter.
O tempo urge, e 2008 está quase ai, se querem pensar em ser candidatos a recuperar o titulo de melhores da Europa, terão que atravessar esta fase muito rapidamente, e se em jogos com selecções como a Lituânia, com maior ou menor esforço as coisas compõem-se, no Europeu vão ter que mostrar mais do que tem mostrado.
Todos sabemos que Zidane foi um jogador de sonho, jogador de JOGADAS DE SONHO, e a sua retirada mergulhou a sua selecção num enorme pesadelo.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Do ring para o campo ou do campo para o ring…..??


A Bélgica foi em tempos uma das selecções respeitáveis da Europa, na década de 80 tiveram uma selecção onde constavam nomes como Jean-Marie Pfaff , Eric GERETS, VAN DER ELST, Vincenzo SCIFO, Stephane DEMOL entre outros, esse equipa poderá se dizer que era o Portugal da altura, boa equipa, potenciais candidatos as vitórias finais, e acabam em 3º ou 4º, um pouco alicerçada por uma equipa como o Anderlecht, vencedor da taça UEFA no ano de 82, contra o ……Benfica.
A equipa de hoje é bem diferente, e o seu nome já não carrega o peso de outros tempos, e tem mostrado dificuldades para se qualificarem para Europeus e Mundiais.
O jogo de amanha no estádio de Alvalade seria mais um jogo entre duas selecções velhas conhecidas, se não tivesse existido uma conferencia de empresa de um tal Stijn Stijnen, que por acaso é o guarda redes da equipa dando a entender que iriam (os Belgas) usar todas as armas para parar Ronaldo e companhia, nem que fossem fazendo entradas duras as canelas dos “tugas”. Foi o necessário para os jornalistas fazerem uma tempestade num copo de água e terem incendiado o jogo, chegando ao ponto de socos e pontapés a jornalistas á chegada dos Belgas a Lisboa.
Tirando isso tudo,o que esperar deste jogo???

Portugal a jogar em casa, num Alvalade xxl quase cheio, deverá controlar o jogo, mesmo não tendo o Deco que habitualmente marca o ritmo de jogo da equipa, e Simão que começa agora também a afirmar-se em termos de selecção. Estes serão os dilemas de Scolari, principalmente o de Deco, já que para o lugar de Simão existe Quaresma, para o lugar do luso brasileiro, apresentam-se João Moutinho e Hugo Viana, como candidatos.
A Bélgica vêm para complicar, e muito a vida á selecção, mas a precisarem de pontos, deverão apostar no contra ataque para surpreender. Daniel Van Buyten (defesa do FC Bayern München) será o nome mais sonante, e os avançados Emile Mpenza (Manchester City FC), Mbo Mpenza (RSC Anderlecht), deverão ser as setas á baliza de Ricardo. Para ser sincero, não espero que usem da anunciada violência, para parar os nossos avançados, até porque existe um senhor no meio dos 22 jogadores, e que usa uma coisa chamada cartões, e não tenho a Bélgica como uma equipa violenta.
Se a Bélgica precisa de pontos, Portugal depois do desaire na Polónia também ficou com um espaço de manobra reduzido, e tendo um muito menor espaço para erros, até porque a seguir jogar-se-á um escaldante jogo Servia vs Portugal. Mas esse é só na quarta feira, para amanha a questão é apenas e só uma, vamos assistir a um jogo de futebol, com jogadas de sonho, ou teremos que transformar o campo num ring, de um qualquer desporto de luta, que não o futebol….?

quinta-feira, 22 de março de 2007

Golo mil….do homem das 1001 noites

Brasil é terra de craques, de jogadores de nível mundial, de avançados que fabricam golos, de maestros de orquestras, de defesas sólidos, Brasil também é claro a terra de calor, samba, Carnaval, e respira futebol.
Existem jogadores que pelos quais não damos pela sua presença dentro do campo, jogadores que parecem zangados com os companheiros, com o mundo, que parece que os 30 ou 40 mil que estão ali no estádio, simplesmente não estão.
Existem esses jogadores e existe Romário de Sousa Farias, apenas Romário para o futebol mundial. Como bom carioca gosta de tudo o que falei em cima, Samba, Carnaval, praia, agua de coco, em suma boa vida, e dentro do campo, maior parte das vezes simplesmente andava por aquele rectângulo mágico durante 87/88 minutos, como se não fosse nada com ele, correndo apenas e só o indispensável e pela certa. Mas quando aparecia no jogo, quando tocava na única coisa que lhe despertava a atenção para o jogo (a bola) Romário deixava de estar alheado de tudo, deixava de estar zangado com todos, e ele próprio fazia a alegria de todos.
Falo no passado porque recordo o Romário que jogou no futebol europeu durante anos, no PSV e Barcelona, o Romário que foi campeão do mundo, não o de hoje, já com 41 anos e que persegue apenas e só um objectivo pessoal, uma meta que ele próprio deve ter imposto para deixar o futebol em paz, um objectivo que o levou aos países mais estranhos para se jogar futebol.
O Brasil todo mergulhou nesse objectivo, e nestes dias, não se fala em outra coisa, que o “Baixinho”, fazer o golo 1000 da sua carreira, e não se fala de outra coisa que é saber se os números são ou não verdade e se de facto ele têm quase mil, (por esta altura, e pelas contas dele faltam-lhe 2).
De Romário vimos fazer coisas lindas, JOGADAS DE SONHO, conseguia fazer com meio metro de terreno o que os outros não faziem com mais espaço, fazia da grande área a sua casa, e quando a bola chegava a si, tomava quase sempre o caminho da felicidade, leia-se golo.
Apesar de ser um jogador desligado do jogo, talvez pelas noitadas antes dos jogos, que ele afirmava serem indispensáveis para o seu bom rendimento, porque não gostava de dormir muito antes dos jogos, era um jogador fino, tinha classe até no andar, forte no um para um, e antecipava-se aos defesas para marcar de cabeça, actualmente penso que não há nenhum avançado, como ele no futebol mundial, quem o viu jogar, nunca o vai esquecer.
No Barcelona, o do Dream Team de Cruyff, era o homem que assinava os quadros que a equipa pintava, e deu-se o luxo de fazer um acordo com o treinador, para poder sair á noite nas vésperas dos jogos, se ele marcasse e a equipa ganhasse, Romário tinha mais um dia de folga, esta é apenas uma das 1001 histórias, das 1001 noites que existem sobre ele.
Certamente vai chegar ao golo 1000, mas vai ser mais recordado pelas maldades que fez aos defesas e guarda redes pelo mundo inteiro, vai ser muito mais recordado pelas muitas JOGADAS DE SONHO que fez.

terça-feira, 20 de março de 2007

Liga Portuguesa

Como se previa o Benfica venceu o Amadora e obriga-o a depender de si próprio para vencer o campeonato. Nesta recta final as emoções vão estar ao rubro com os três grandes poderem vir a ser campeões (o Sporting com menos hipóteses). Estas duas semanas de interregno do campeonato vão parecer meses para os adeptos benfiquistas que com certeza já anseiam esse jogo da próxima jornada com o Porto. A partir de agora falhar significa um atrasar em relação aos mais directos perseguidores e que poderá não ser recuperável. Na luta pela Europa destaca-se o Belenenses que com pezinhos mansos lá vai subindo na classificação e se encontra bem posicionado para atingir esse objectivo. No fundo da tabela o Aves, Beira-mar e Setúbal têm a situação complicadíssima mas enquanto for matematicamente possível a permanência não podem baixar os braços.

Estádio do Dragão, o despertar do senhor golo...??


Nunca Andriy Shevchenko, pensaria na sua já longa carreira internacional, que o estádio do Dragão poderia ser um estádio importante para si.
Este Ucraniano, que despertou para o futebol no Dínamo de Kiev, ficou conhecido pela facilidade com que fazia golos numa equipa, de uma sub-liga europeia, e logo se questionou a quando da sua ida para o AC Milan, se este avançado iria continuar a fazer golos. O certo é que nas temporadas passadas na equipa italiana, Shevchenko foi sempre o melhor marcador da equipa, varias vezes melhor marcador italiano, conquistou a Europa e o mundo com os Rossoneri e foi eleito futebolista europeu do ano.
Este ano mudou-se para Stamford Bridge, e simplesmente divorciou-se dos golos, corria lutava, mas era um toque a mais, era o defesa que aparecia, era a recepção da bola que falhava, nada corria bem ao Ucraniano, estava (esta) a viver aquele momento que todos os avançados, que todos os homens golos desejam que não aconteça, o de simplesmente a bola não entrar o de nada lhe sair bem. Para mais ao seu lado aparece um super Drogba, que transforma toda a bola que toca em golo.
E porque razão é referido aqui o estádio do Dragão? Foi nesse joga que Shevchenko, recebeu uma bola de Robben, a atirou para o na altura 1-1, com que terminou o jogo da primeira mão dessa eliminatória.
Ver Andriy fazer dois golos em pouco mais de dois dias, (e que golo o de ontem contra o Tottenham) já começava a ser raro, e desde o Dragão já contabiliza 4.
Que o Dragão assistiu naquela noite a uma jogada de sonho não restam duvidas, mas terá o Dragão assistido ao renascer do avançado, que durante tantos anos na alta roda do futebol mundial, não tinha tido uma única crise de golos….?
Terá o Dragão assistido ao despertar do senhor golo Andriy Shevchenko.
Resposta encontra-se nos próximos jogos do Chelsea.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Da rua para o profissional


Ver o Real Madrid jogar hoje, é ver um conjunto de Jogadores, todos ou quase todos de nível mundial, mas que simplesmente ficam á espera que algo caía do céu, ou que alguém resolva os problemas que o colectivo não consegue resolver. Estas dificuldades são ainda mais visíveis quando a equipa joga em casa, no mítico Santiago Barnabéu, onde a equipa fica exposta aos assobios de uma "afficion" habituada a grandes equipas e bom futebol.
Entre os equívocos de Fábio Capelo, o inseguro Cannavaro, o decadente Raúl, o intermitente Guti, emergem dois jogadores que continuam a ser iguais a si próprios Rudd Van Nistelrooy, que continua a fazer golos com a mesma facilidade que fazia em Manchester, e Robinho que no outro dia declarou não entender porque razão não joga mais tempo.
Ver este brasileiro de 23 anos jogar actualmente, é ver o mesmo que apareceu no Santos, uma qualidade técnica que não engana ao que acrescentou um pouco de cultura táctica europeia.
Este fim de semana estava quase a desistir de ver mais um jogo enfadonho, sem sal nem pimenta do Real contra o Gimnástic, que jogava desde os 5 minutos com 10, quando ao intervalo Capelo decidiu colocar em campo Robinho. Este mais uma vez decidiu mostrar ao italiano que merece jogar e fez em 45 minutos o que o colectivo não consegui fazer nos anteriores 45. Uma série de fintas, passes, golo e assistência para golo, ou seja o que habitualmente tem feito no tempo que Capelo o põe a jogar.
Robinho não é uma equipa, mas que faz Jogadas de sonho, que ajudam a resolver jogos, disso não restam dúvidas, leva o seu futebol traquina, joga como se ainda estivesse a jogar uma pelada na rua, será por isso que não joga? Se é, então nunca será titular porque este é daqueles que nunca mudará, a sua forma de estar no campo.

domingo, 18 de março de 2007

LEÕES INDOMÁVEIS

O Sporting obteve uma importante vitória no estádio do dragão e mantém a luta pelo título como objectivo no horizonte. Notou-se nos jogadores leoninos uma atitude guerreira e "agressiva" que criou muitas dificuldades aos portistas que não conseguiam desenvolver o seu jogo. Nas hostes leoninas destacam-se as exibições de Polga mostrando toda a sua qualidade e Miguel Veloso que apesar de ser jovem mostrou uma grande maturidade. No lado contrário os adeptos esperavam muito de Quaresma, mas o "calé" não esteve ao nível a que já habituou, fruto duma boa marcação de Tello e posteriormente de Abel (menos bem). O golo surgiu num livre directo superiormente batido por Tello que não deu hipóteses a Helton. Foi um jogo aberto, bem disputado e com a incerteza no marcador porque dos dois lados há jogadores capazes de fazer as jogadas de sonho, mas no cômputo geral o sporting foi a equipa que mais fez para ganhar e merecidamente vai para Lisboa com os três pontos na bagagem. A arbitragem esteve bem graças aos jogadores que apenas se preocuparam em jogar à bola.

Leão amarra Dragão e sonha ser campeão


Tal como Ciso Boy tinha escrito, neste jogo para o Sporting não poderia haver mas nem meio mas, era o jogo que tinham obrigatoriamente de vencer para poderem ainda alimentar esperanças de ganhar o título.
É quase consensual que o Sporting é uma equipa com menos soluções que o Porto, e ter entrado no jogo sem Liedson e Tonel, assustou e muito os adeptos verde e brancos. Paulo Bento, tinha um dilema, quem por a jogar ao lado de Polga, ou baixava Miguel Veloso ou deslocava Caneira. Optou por deslocar Caneira para central, rezou para que Abel não compromete-se e manteve Veloso a trinco e ai começou a ganhar o jogo, porque Miguel Veloso foi só a par de Polga, dos melhores do Sporting. Veloso fez uma marcação zona a Lucho, quando em situação defensiva, quase nunca perdendo a sua posição na zona central e quando em posse de bola, soltava-se para ser a referencia de passe dos seus companheiros, quando estes não podiam solicitar os avançados.
Jesualdo Ferreira, não pode contar á ultima da hora com Lizandro Lopes, que para além de ser um batalhador quando não há bola, estava num bom momento a fazer golos e é sem duvida uma mais valia na equipa portista. Assim optou por pôr Alan pela esquerda, mudando o Cigano para a direita, deixando assim Fucile muito desamparado, porque por opção táctica Quaresma não participava nas funções defensivas da equipa, na esperança que Tello não subisse com medo do que Quaresma poderia fazer com o espaço concedido nas suas costa. Acontece é que para além de Tello ter subido porque sabia que Miguel Veloso lhe tapava as costas, Fucile ainda lhe via surgir pela frente Nani e Romagnoli e por vezes (muito raramente Yannick), isto porque ao contrario do que acontece quando Liedson joga, os avançados do Sporting jogaram mais fixos, Alecsandro não tem a mobilidade do “levezinho”, portanto joga mais fixo e Yannick, como Nani e Romagnoli estavam a fazer a cabeça em água a Fucile, não era necessário ele cair para aquela ala. Do outro lado Moutinho tinha pouca bola, mas não deixava Cehc apoiar Alan.
Jesualdo Ferreira, viu o seu meio campo em inferioridade numérica, quatro sportinguista (Veloso, Moutinho, Nani e Romagnoli) para três dos seus, (Assunção, Meireles e Lucho) e num dilema que era como voltar a equilibrar a zona onde se ganha os jogos, e como tirar Adriano da ilha onde se encontrava entre Caneira e Polga. O leão amarrou o dragão e ao intervalo já poderia estar a ganhar.
Jesualdo resolveu o seu dilema, tirano o elo mais fraco Alan, e colocou Postiga com uma dupla função, apoiar Adriano e quando sem bola evitar que Veloso fosse a referencia de passe dos companheiros, Quaresma ia escolhendo porque ala queria jogar, tentando os seus números, mas não era a noite do ciganito.
Estava o jogo encaixado, menos interessante até, não por culpa do arbitro Paulo Henriques que ia deixando jogar o mais possível, quando Rodrigo Tello, faz a JOGADA DE SONHO, que decidiu o clássico, de livre directo ainda a uma certa distancia da baliza, com força e colocação, rematou não dando hipóteses a Helton. De imediato sentiu-se que os próprios jogadores portistas não acreditavam muito que conseguiriam inverter o resultado, mas num estilo nada organizado, criaram duas oportunidades para empatar no cair do pano, a que Ricardo se opôs, acabando o jogo com um lance mais ou menos polémico com Pepe a falhar o remate e Polga a fazer uma entrada arriscada e a tocar na bola e no central Portista.
Vitória justa do Sporting que soube interpretar melhor tacticamente o jogo, e que soube lidar muito bem com a pressão de ter que ganhar, jogando muito desinibidos e personalizados, excepção feita aos últimos 5 minutos, que lhes podiam ter custado a vitoria, mas ai penso que já quase ninguém ouvia Paulo Bento.
Leão amarrou Dragão e volta a sonhar ser campeão.

sábado, 17 de março de 2007

Zé Castro – O esquecido de Scolari


Foi anunciado no passado dia 15, mais uma convocatória da nossa selecção A, para o duplo confronto Bélgica e Servia rumo ao Euro 2008.
22 nomes, mais ou menos previsíveis, sendo que o actual núcleo duro está lá todo, excepção feita ao lesionado Quim.
Todos nós somos um pouco treinador de bancada ou sofá, todos temos jogadores que gostamos mais, simpatizamos, desgostamos ou simplesmente detestamos. É nesse sentido que escrevo este “post”, para vos falar de um jogador que nos últimos tempos, tem sido esquecido quer por Scolari, quer pela comunicação social.
Todos sabemos que por norma, os melhores jogadores, concentram-se nos mais ricos, melhores e mais competitivos campeonatos, penso que é unânime que actualmente esse círculo fecha-se em torno de Espanha, Inglaterra e Itália. Sendo assim normalmente, existe quase todas as semanas confrontos entre jogadores acima da média.
Serve toda esta introdução (conversa), para lhes falar de Zé Castro, defesa central criado na Briosa, que este ano rumou para jogar nos “Colchoneros” do Atlético de Madrid, e se chegou como terceira ou quarta opção, de uma equipa com claros objectivos Europeus (Liga dos Campeões), pouco tempo depois, certamente por mérito próprio, já era titular e quase todas as semanas, tem que se de gladiar com avançados como Van Nistelrooy, Raul, Robinho, Ronaldinho, Messi, Eto, Morinetes. Villa, Kanuté, e outros que não tendo a qualidade destes, tem a sua qualidade para poderem actuar num campeonato como o espanhol, Zigic e Luís Fabiano serão os melhores exemplos.
Não entendo o esquecimento de Scolari em relação a Zé Castro, o da critica, jornais e Tv, esse entendo perfeitamente, há que encontrar motivos para vender jornais, para encontrar declarações polémicas, que façam aumentar audiências. Tudo isso foi encontrado na possibilidade de Pepe vir a jogar por Portugal, tal como acontece com Deco.
Acontece é que Deco é um fora de série, uma mais valia, e desaproveitar a possibilidade de termos a jogar na nossa selecção um jogador como Deco seria um erro, Pepe não é essa mais valia, e nunca será. Zé Castro tem mostrado que é acima de média e para além disso tem todo um percurso feito nas selecções jovens das “Quinas”.
É unânime que actualmente a melhor dupla de centrais nacional é Ricardo Carvalho e Jorge Andrade, Fernando Meira cumpriu quando chamado, e não tenho duvidas que o jogador do Atlético não nos deixaria ficar mal.
Zé Castro, o esquecido de Scolari, na minha opinião um jogador capaz de fazer
jogadas de sonho

sexta-feira, 16 de março de 2007

Porto vs Sporting antevisão 2

Este fim de semana vai ser muito importante para os lados de Alvalade, que se quiserem continuar o sonho de lutarem pelo título, não vão poder falhar nesta deslocação ao estádio do Dragão. É que não vai poder haver nem mas nem meio mas. Acho que os leões só estão nesta situação por culpa própria, principalmente pelos jogos que realizou no Alvalade xxl, onde empatar com o Aves não é um passo atrás, são uns 10. Mas é por isso que o futebol é lindo, as surpresas vão acontecendo. Ir ao Dragão sem o Liedson (foi bem expulso em leiria) que estava a engatar na matéria de fazer golos, e sem o Tonel (foste-te meter com o Moses e levaste) que com o entendimento que já tem adquirido com o Polga, principalmente, vai obrigar a alterações, que num jogo desta envergadura poderá não resultar. Pôr o Caneira a defesa central poderá ser uma das soluções para suprimir a falta de Tonel, é um jogador com uma certa experiência e habituado a estas guerras, para o lugar do "levezinho" a irreverência do Yannick D`jalo poderá ser muito útil, mas falta-lhe aquele traquejo para se bater com o Pepe que está numa forma espectacular e quase inultrapassável (também tem os seus pontos fracos). Esperamos um grande espectáculo com fair play, que ninguém se magoa com gravidade (lembram-se do Anderson), que o arbitro Pedro Henriques não se deixe influenciar pelo ambiente e que faça um bom trabalho. Dos artistas esperamos jogadas de sonho.

Porto - Sporting antevisão

Um jogo a Norte que muito pode decidir...

Um Porto - Sporting é sempre um jogo de tripla. Contudo há que ter em conta a força e a eficácia, em termos de vitórias, do Porto nos jogos que realizou no Dragão esta época.
Ambas as equipas se encontram desfalcadas, o Sporting (aparentemente) mais que o Porto.

O que podemos esperar do Sporting sem Liedson?
O Sporting conseguiu ganhar algum fôlego, numa eventual luta pelo título, com a vitória ante o Estrela da Amadora... encheram os pulmões, mas depressa ficaram vazios com as vitórias do Porto e do Benfica, mantendo a distância pontual. O levezinho não jogou e o Sporting ganhou com toda a justiça, o adversário foi o ideal para uma equipa a necessitar de vencer a todo o custo. No Dragão será diferente, as "lutas" serão outras, o adversário NÃO É o ideal para um Sporting a querer intrometer-se na luta pelo título... a expulsão do baiano contra a União de Leiria causou um grande 31 nas hostes leoninas, e agora?!

Como se entenderá a dupla Caneira-Polga frente a um super motivado Adriano?
Caneira tem jogado essencialmente nas laterais da defesa e o central que costuma acompanhar Polga, Tonel... Sinceramente, e permitam-me uma opinião pessoal, Tonel não é "aquele" central... A entrada de Caneira para o centro da defesa pode causar alguma instabilidade estrutural a nível táctico e de entendimento defensivo, esperar para ver.

E o Porto sem Lisandro?
Baixa de última hora... É aquele jogador típico do futebol praticado pelo Porto, se é que há um jogador típico de equipa. A sua presença na frente de ataque é bastante relevante, como se desenvencilhará Jesulado desta?!

Adriano, Quaresma, Lucho e Raúl Meireles...
Podia dizer que são "os quatro magníficos" do momento.
Adriano desatou a marcar e vai jogar contra uma dupla de centrais "nova" da qual não se sabe qual o resultado.
Quaresma... pois!
Lucho... o Capitão.
Raúl Meireles tem estado muito bem e promete dar luta aos adversários de meio-campo!


Como disse no início, este jogo é de tripla e pode decidir muito.
O Sporting está a 5 pontos do Benfica e a 9 do 1º lugar e caso perca fica, unicamente, na luta pela conquista da Taça de Portugal.
O Porto joga na Luz no fim-de-semana do dia das mentiras e caso perca com o Sporting e o Benfica ganhe na Amadora ficará com apenas um ponto de vantagem. Mantendo-se o Sporting numa luta difícil, "ajudando" os rivais de sempre.
Em caso de empate... só o Benfica tem a ganhar!

Havendo apenas um resultado como objectivo traçado de ambas as equipas e atendendo ao campeonato que têm feito arrisco-me a dizer que os 300 Km de regresso a Lisboa podem vir a ser muito penosos para a equipa do Campo Grande.



Do jogo...

...esperamos muitas jogadas de sonho!

Contrariar o destino


Como escrevi aqui horas antes do Benfica – PSG, o Benfica segui em frente na UEFA, onde encontrará agora o Espanhol de Barcelona (será o destino dos encarnados da luz, cair dois anos seguidos na Cidade de Gaudi e da Sagrada Família, nos quartos de final, contra as duas equipas desta cidade??). Mas voltando ao jogo contra o PSG, apesar da vitoria o Benfica desiludiu um pouco, ficou a sensação, que não era necessário ter sofrido tanto, para passar esta eliminatória, que não era preciso esperar pelo minuto 87 do jogo da segunda mão para sentenciar a duelo.
O PSG, ou melhor Paul Le Guen, percebeu que não podia deixar o Benfica jogar e trocar a bola no seu meio campo defensivo, sabendo que o seu sector mais recuado, não deveria ter andamento, para a possível velocidade imposta pelos avançados do Benfica, quando com a bola dominada em terrenos mais avançados. Assim, percebeu que tinha que tentar impedir a saída de bola do Benfica desde o sector recuado, obrigando o guarda redes (Moretto) a bater constantemente a bola para os avançados do Benfica que como se sabe, não são muito fortes no jogo aéreo e relativamente baixos, e dando ordens para povoar o meio campo, para assim ganhar a chamada segunda bola cortada pelos seus altos jogadores defensivos. Em seguida, quando em posse de bola entregavam invariavelmente a bola a Rothen ou Gallardo, que tentavam inventar qualquer coisa, por serem mesmo os únicos dois que poderiam inventar alguma coisa, principalmente Rothen, esquerdino que foi em tempos promessa do futebol mundial, mas nunca passou disso mesmo, promessa. Gallardo vinha de lesão, e jogou sempre muito devagar.
Benfica apenas entre os 5 minutos da 1ª parte e a meia hora de jogo, consegui fazer o que deveria fazer, circular rapidamente a bola, no meio campo defensivo Gaulês , pressionou e criou oportunidades suficientes para depois conseguir gerir o jogo de uma outra forma. Após esse período e com o golo na altura caído do céu do PSG, a equipa enervou-se, e nunca mais se encontrou, até ao fim do jogo.
Claramente, os encarnados terão que fazer mais e melhor, para chegarem ao já anunciado objectivo de chegar a final desta competição, porque o Espanhol não está a lutar para não descer em Espanha e o provável Werder Bremen, está na corrida para o titulo Alemão. Mas uma coisa de cada vez, primeiro terá que ser o Benfica a mudar o destino de cair dois anos seguidos, na mesma cidade, a cidade Condal de Barcelona…..

quinta-feira, 15 de março de 2007

Benfica – PSG antevisão


Na passada 5f, vi o jogo que o Benfica realizou no Parque do Príncipes, frente ao PSG, e perante esse mesmo jogo, afirmo que muito dificilmente o Benfica não passará á próxima eliminatória desta competição.
Apesar das baixas por lesão de jogadores como Luisão, Quim, ou o eterno lesionado da época Rui Costa, o Benfica pelo que apresentou, no jogo de dia 8, tem uma ocasião de chegar a um patamar maior nesta competição.
Porem surpresas acontecem, mas se o PSG, conseguir sobreviver e ganhar mais um balão de oxigénio para o resto da época que falta jogar em França, podemos mesmo dizer, que o Benfica falhou, porque mesmo estando em desvantagem á partida para a segunda parte de eliminatória, porque joga em casa, o Benfica tem a obrigação de não só ganhar, mas apagar a imagem menos boa em termos de resultado, que deixou no jogo da primeira mão.

quarta-feira, 14 de março de 2007

Rápido olhar pela UEFA


Cabe-me a mim escrever o primeiro texto deste blog!
Hoje, como é normal diariamente em qualquer ponto do nosso planeta, a bola saltitou, rolou, meninos imitaram os seus ídolos, nas fintas, nos tiques, na maneira de festejar os golos, tal como eu (nós) em tempos já o fiz (fizemos)! hoje em qualquer parte do mundo, os meninos, os amadores, os profissionais, sonharam que iriam fazer a sua jogada de sonho, não é isso que todo o jogador sonha, fazer a sua jogada de sonho, fazer o jogo de sonho.
Hoje vi um Braga, bater-se muito bem com o Tottenham, uma equipa inglesa que nos últimos tempos muito me tem surpreendido, pela velocidade de execução, que os seus jogadores mais avançados têm.
Uma equipa que conta com Berbatov, Robbie Keane, Mido e Defoe como avançados, suportado por um meio campo que conta com um jovem com a velocidade de Aaron Lennon, ou a mesma velocidade de Steed Malbranque, ambos jogando pelas alas, com Jermaine Jenas e o Didier Zokora na zona central do terreno, pensando o jogo, e não jogando á antiga britânica, desta dupla de meio campo destaco Zokora, nascido na Costa do Marfim, este suposto médio defensivo, tem uma facilidade impressionante de queimar linhas, e de transportar sempre ou quase sempre em velocidade jogo para o ataque.
O Braga bateu-se bem é certo nos dois jogo, mas na primeira mão, ao intervalo podia estar a perder três ou quatro a zero, aliás em ambos os jogos ficou-se com a nítida ideia de que sempre que acelerassem marcariam golo.
O seu sector defensivo não é muito forte, mas vale-se da luta e do contacto fisico para tentar impor a sua lei.
Este Tottenham, tornou-se um candidato claro a par do Werder Bremen, Sevilha e porque não Benfica, a vencer esta edição da prova, menos importante da UEFA.