segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Braga, nada se consegue num dia


O SC Braga, começou ainda com Manuel Cajuda á frente dos comandos da equipa, um projecto sólido de crescimento sustentado e gradual, para se consolidar como um grande entre os menos grandes, ou se preferirem para se consolidar entre aqueles que lutam pelo titulo de 4º grande do país (Belenenses, Boavista, Guimarães).
Depois de Cajuda, alguns anos passados e alguns treinadores depois, de onde se destacam Carlos Carvalhal, e mais recentemente Jorge Costa, esse projecto parece ter dado um passo atrás devido á instabilidade criada pela própria direcção liderada por António Salvador. Não estou com isto a dizer que António Salvador seja o principal responsável, mas é a figura máxima de uma organização clubista. A direcção Arsenalista terá querido acelerar o processo, mas acabou por apenas o beliscar, não sabendo muito bem até que ponto os danos são irreparáveis ou irreversíveis principalmente para esta época desportiva.
O Braga teve o exemplo muito recente e muito próximo de seu rival Vitória de Guimarães, que também ele teve um projecto muito ambicioso de renovação e ampliação do clube e que acabou com este na segunda divisão nacional.
O SC Braga terá mudado nos últimos anos, começou também ele a ter o seu fiel a apaixonado público (ainda não tão apaixonado como o seu rival, mas para lá caminha), mudou para um estádio novo e reforçou a sua equipa para atacar as frentes em que estava inserido, tudo isto de uma forma gradual, mas num curto espaço de tempo, se olharmos por exemplo para o caso do Boavista que demorou pelo menos uma década de um projecto, que o levou a ser campeão nacional, a estabilidade mantida depois desse feito, é que já são contas de outro rosário, porque o difícil hoje não será ganhar, difícil será lidar com a pressão de ter que ganhar sempre.
Penso que seja isso que está a ceifar muito ao inicio o projecto do SC Braga, ainda não ganharam nada, e já estão a colocar neles próprios a pressão de ter que ganhar sempre, o que tem retirado tranquilidade quer a técnicos, quer a jogadores.
Olhando por exemplo para o plantel do Braga 2007/2008, é claramente uma equipa com qualidade e condições para competir com os chamados 3 grandes, mas não para assumir quase cegamente uma candidatura ao título, como chegou a ser dito entre linhas pelos seus dirigentes.
Braga pelos dias de hoje, e á distância, parece-me uma casa de gente pseudo - fidalga, por ter convivido com os fidalgos, que rapidamente terá que perceber que ainda não ganhou estatuto para fidalgo. Ou dito de outra forma, o projecto aparentemente é bom, não o podem é querer realizar em tão pouco tempo, já diz o ditado “Roma e Pavia, não se fizeram num dia”.
O menos culpado da derrota neste fim de semana em Leixões, terá sido António Caldas, que ficou com a equipa de forma inesperada e sem saber se o futuro próximo passará por ele. Mas seja qual for o nome do escolhido, terá um plantel ao nível dos melhores da super liga., terá é apenas que exigir tempo, ou então o melhor será nem pegar na equipa.