sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Boxing day - Everton


É uma jornada diferente de todas as outras. Enquanto em quase todos os outros países, os jogadores vão para mini ferias, em Inglaterra no dia 26 de Dezembro os estádios abrem as portas e as caixas neste caso para receber e não para dar, e recebem os seus apoiantes para uma jornada especial da liga Inglesa. A tradição diz que é também um dia em que a população faz jogos tradicionais, e a tradição ainda é o que era.

Poderia falar do jogo fantástico entre Chelsea e Aston Villa, que acabou 4-4, dos 4-0 com que o Manchester United brindou o Sunderland, ainda dos 5-1 do Tottenham ao Fulham, do empate do Arsenal em Portsmouth, da vitória do Liverpool ao cair do pano em Derby County, todos jogos com equipas ao ataque á procura dos golos. Mas a minha escolha recaiu sobre uma equipa que está a jogar um futebol acima de média e que nos últimos 2 meses apenas caiu em Old Trafford com um penalty no último minuto.

O Everton é apenas mais um exemplo que é necessário dar tempo aos projectos para crescerem, se estabelecerem e terem resultados.
David Moyes foi o homem escolhido em 2002 para liderar um projecto para trazer o Everton á Europa do futebol e porque não, voltar a conquistar o título de terras de sua majestade.

Assenta normalmente o seu futebol no clássico 4*4*2, num misto de força, técnica e velocidade. Na baliza Tim Howard recuperou a forma que o levou até Manchester onde não foi bem sucedido, e é titular indiscutível, para as laterais existem diferentes nomes com diferentes características, Joleon Lescott e Philip Neville (outro vindo da Manchester), são dois exemplos, mas por lá, também anda Nuno Valente, nem sempre titular, mas regularmente utilizado.
No centro da defesa está um dos núcleos duros desta equipa, a dupla de centrais Phil Jagielka e Joseph Yobo, principalmente o Nigeriano Muito forte fisicamente, muito rápido, e também muito desejado pela Europa do futebol.

No meio campo, há Lee Carsley Thomas Gravesen que quando jogam juntos parecem uma dupla de irmão Buda, ambos altos, muito brancos e muito calvos. Mas por lá também jogam Andy Van der Meyde, Leon Osman, Steven Pienaar, e aqueles que são os dois principais motores da equipa, Mikel Arteta pela forma de como normalmente a partir do flanco esquerdo, marca o ritmo e pensa todo o futebol ofensivo da equipa de Goodison Park, médio fino de passe e finta fácil, Tim Cahill talvez pelos dias de hoje o menino querido dos adeptos “toffees”, chegado ao Everton em 2004/05, na ultima época o seu futebol explodiu, médio criativo, ou segundo ponta de lança, anda por toda a frente de ataque, tentando desequilibrar, aparecendo facilmente a finalizar, encontrou em Moyes o homem que entende o seu futebol.

Na frente de ataque, existem dois estilos diferentes os rápidos e fortes fisicamente Andrew Johnson e Yakubu Ayegbeni ou os rápidos e tecnicistas James McFadden e James Vaughan.
Yakubu é sempre titular, o seu companheiro de ataque depende das ideias, ou do que é pretendido por David Moyes para o jogo. Muitas vezes a escolha passa por adiantar Cahill.

Muito boa equipa este Everton dois meses sem perder na liga Inglesa não é fácil, e depois dos Super Arsenal e Manchester, colectivamente são a equipa que melhor está a tratar a bola por terras Inglesas. Vejam numa televisão perto de si.

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