È sabido que na base, todo o ser humano é igual, porém há certas particularidades que diferenciam, povos, regiões, etnias.
Quaresma é de etnia Cigana, uma Etnia com muitas particularidades na forma de viver em sociedade, nas crenças, na organização social. Quaresma ficou nacionalmente e internacionalmente conhecido pelos seus passes, remates de trivela, partiu para Itália, e deixou (ou não) um vazio na liga portuguesa.
Reyes é cidadão Espanhol, e também ele Cigano, ao marcar o primeiro golo da sábado num remate de trivela, pôs-me a pensar se esta questão das trivelas não será uma questão genética, uma questão étnica? Certamente não será, mas que estes dois ciganos têm naquele gesto técnico algo de diferente, têm!.
Não foi um grande jogo! E perante duas equipas que procuraram disputar palmo a palmo todas as zonas de jogo, só a qualidade individual poderia resolver. Mas vamos por partes!
Melhor inicio do Sporting menos de um minuto e já Djaló aparecia nas costas da defesa encarnada e na frente de Quim, desviando por cima da barra. Resposta pronta de Cardozo, tentando surpreender Patrício num remate bem de fora da área.
Sporting dominava o Benfica tirando-lhe bola e tentando lançar Djaló e Postiga nas costas de Sidnei e Miguel Vítor, tentando aproveitar o deficiente posicionamento de Maxi, quem nem sempre fechava dentro, quando a bola estava no lado contrario ao seu, assim criando um buraco entre a dupla de centrais e ele. Porem a circulação de bola leonina era lenta e quase não olhando para a baliza encarnada, era uma circulação pouco ambiciosa. O Benfica tentava contrariar a toda do jogo sportinguista, tentado acelerar o jogo sempre que tinha bola, mas raramente consegui ganhar a linha de fundo, raramente conseguia criar roturas na defensiva verde branca. Excepção feita a um lance de….Maxi que Nuno Gomes não consegui desviar para golo.
No entanto já se notava que a ala direita do Sporting estava com algumas dificuldades para segurar o futebol de drible, técnica e velocidade de …..Reyes, faltava-lhe alguém que jogasse mais próximo dele, para o servir melhor e ou tabelar com o cigano Espanhol, vi-a que caso isso acontece-se Abel iria ficar em maus lençóis, pois como é sabido Rochemback, não gosta muito (nada) de correr atrás da bola, e se isso contra equipas menos dotadas é possível, com equipas de nível igual ao Sporting é quase um tiro no pé. Notava-se também que no futebol encarnado faltava mais 21, Nuno estava muito escondido, corria muito, mas raramente bem, não estava a conseguir desposicionar Miguel Veloso, nem apoiar Tacuara Cardozo. Foi assim até ao intervalo e o empate, era o mais certo e correcto, as amarras tácticas, tolhavam a criatividade das equipas.
Nestes jogos o intervalo é quase sempre importante, e seja por um discurso a apelar á coragem, seja pela correcção do que está menos bem, seja por uma substituição, o intervalo pode sempre mudar o rumo do jogo.
Bento manteve o Sporting na mesma toada da primeira parte, tentativa de uma gestão cínica do jogo e da bola, á espera de um erro defensivo para vacinar o jogo, mas Quique mexeu no miolo e trocou Amorim por ….Katsouranis! O Grego tinha uma pequena divida para com os seus sócios devido ao seu horrível jogo contra o Porto, mas desta vez, a jogar ao lado de Yebda, Katsou começou por ajudar a mudar a liderança do meio campo, estava conseguido o primeiro objectivo de Quique com a sua substituição!
Mas continuava a faltar, algo nas costa de Cardozo, continuava a faltar algo no apoio aos alas, principalmente perto de Reyes que continuava a pôr Abel em sentido.
Na minha opinião Quique fez bem, ao manter Nuno Gomes no 11, tinha feito um bom jogo em Paços, estava com moral e era de manter o capital de confiança no 21. As substituições são como o povo costuma dizer “como os melões” e a troca do 21 pelo 10 (Aimar) poderia não trazer nada de novo! Mas quem sabe, sabe, e Aimar teve 59 minutos de fora do jogo, para perceber como abrir a defesa do Sporting, como tirar Miguel Veloso da sua zona de acção, como pôr os alas a chegarem mais e melhor á linha de fundo. O Argentino pode não estar em forma, pode até nunca chegar a estar, mas a sua qualidade técnica, de leitura de jogo, de simplicidade de processos, a forma como domina a bola e a faz fluir….tudo com a maior das naturalidades. Desmarcação, tabela com Reyes, remate “genético cigano” (Trivela) do 6 encarnado, e explosão encarnada. 1-0 estava coroada com golo e exibição do numero 6 encarnado!
Bento chamou Derlei e tirou Postiga.
Equipa de coragem a de Quique! Ao contrário do previsto, Quique não teve medo de manter a sua adolescente dupla de centrais de Paços de Ferreira Sidnei e Miguel Vítor, manter a confiança em Gomes, Jorge Ribeiro e Amorim (ajuda a dar consistência ao meio campo, apesar de não ser um ala).
E se o treinador deu confiança aos meninos, o baby Sidnei (começa a mostra muita qualidade), ofereceu o segundo golo a Quique, e matou o jogo!
Bento, lançou Liedson para o lugar de Romagnoli e “castigou” Abel, pondo Pereirinha.
Benfica Baixou no campo, Trocou (a pedido) Reyes por Di Maria, mantendo em alerta a defesa verde branca, viu Aimar ressentir-se da lesão e Carlos Martins sair esgotado, deixando a sua equipa acabar o jogo com 9 e meio.
Conclusões do derby? Ganhou a equipa cujo o seu treinador, tentou através do banco, através das substituições dizer que era para ganhar, ganhou o treinador que na estava satisfeito com a velocidade com que se jogou enquanto esteve 0-0. Ganhou a equipa que não estava formatada para o empate na partida.
Ganhou a equipa que tem um jogador que tem um pequeno defeito genético, e que ás vezes chuta de trivela! Defeito genetico ou magia?
Quaresma é de etnia Cigana, uma Etnia com muitas particularidades na forma de viver em sociedade, nas crenças, na organização social. Quaresma ficou nacionalmente e internacionalmente conhecido pelos seus passes, remates de trivela, partiu para Itália, e deixou (ou não) um vazio na liga portuguesa.
Reyes é cidadão Espanhol, e também ele Cigano, ao marcar o primeiro golo da sábado num remate de trivela, pôs-me a pensar se esta questão das trivelas não será uma questão genética, uma questão étnica? Certamente não será, mas que estes dois ciganos têm naquele gesto técnico algo de diferente, têm!.
Não foi um grande jogo! E perante duas equipas que procuraram disputar palmo a palmo todas as zonas de jogo, só a qualidade individual poderia resolver. Mas vamos por partes!
Melhor inicio do Sporting menos de um minuto e já Djaló aparecia nas costas da defesa encarnada e na frente de Quim, desviando por cima da barra. Resposta pronta de Cardozo, tentando surpreender Patrício num remate bem de fora da área.
Sporting dominava o Benfica tirando-lhe bola e tentando lançar Djaló e Postiga nas costas de Sidnei e Miguel Vítor, tentando aproveitar o deficiente posicionamento de Maxi, quem nem sempre fechava dentro, quando a bola estava no lado contrario ao seu, assim criando um buraco entre a dupla de centrais e ele. Porem a circulação de bola leonina era lenta e quase não olhando para a baliza encarnada, era uma circulação pouco ambiciosa. O Benfica tentava contrariar a toda do jogo sportinguista, tentado acelerar o jogo sempre que tinha bola, mas raramente consegui ganhar a linha de fundo, raramente conseguia criar roturas na defensiva verde branca. Excepção feita a um lance de….Maxi que Nuno Gomes não consegui desviar para golo.
No entanto já se notava que a ala direita do Sporting estava com algumas dificuldades para segurar o futebol de drible, técnica e velocidade de …..Reyes, faltava-lhe alguém que jogasse mais próximo dele, para o servir melhor e ou tabelar com o cigano Espanhol, vi-a que caso isso acontece-se Abel iria ficar em maus lençóis, pois como é sabido Rochemback, não gosta muito (nada) de correr atrás da bola, e se isso contra equipas menos dotadas é possível, com equipas de nível igual ao Sporting é quase um tiro no pé. Notava-se também que no futebol encarnado faltava mais 21, Nuno estava muito escondido, corria muito, mas raramente bem, não estava a conseguir desposicionar Miguel Veloso, nem apoiar Tacuara Cardozo. Foi assim até ao intervalo e o empate, era o mais certo e correcto, as amarras tácticas, tolhavam a criatividade das equipas.
Nestes jogos o intervalo é quase sempre importante, e seja por um discurso a apelar á coragem, seja pela correcção do que está menos bem, seja por uma substituição, o intervalo pode sempre mudar o rumo do jogo.
Bento manteve o Sporting na mesma toada da primeira parte, tentativa de uma gestão cínica do jogo e da bola, á espera de um erro defensivo para vacinar o jogo, mas Quique mexeu no miolo e trocou Amorim por ….Katsouranis! O Grego tinha uma pequena divida para com os seus sócios devido ao seu horrível jogo contra o Porto, mas desta vez, a jogar ao lado de Yebda, Katsou começou por ajudar a mudar a liderança do meio campo, estava conseguido o primeiro objectivo de Quique com a sua substituição!
Mas continuava a faltar, algo nas costa de Cardozo, continuava a faltar algo no apoio aos alas, principalmente perto de Reyes que continuava a pôr Abel em sentido.
Na minha opinião Quique fez bem, ao manter Nuno Gomes no 11, tinha feito um bom jogo em Paços, estava com moral e era de manter o capital de confiança no 21. As substituições são como o povo costuma dizer “como os melões” e a troca do 21 pelo 10 (Aimar) poderia não trazer nada de novo! Mas quem sabe, sabe, e Aimar teve 59 minutos de fora do jogo, para perceber como abrir a defesa do Sporting, como tirar Miguel Veloso da sua zona de acção, como pôr os alas a chegarem mais e melhor á linha de fundo. O Argentino pode não estar em forma, pode até nunca chegar a estar, mas a sua qualidade técnica, de leitura de jogo, de simplicidade de processos, a forma como domina a bola e a faz fluir….tudo com a maior das naturalidades. Desmarcação, tabela com Reyes, remate “genético cigano” (Trivela) do 6 encarnado, e explosão encarnada. 1-0 estava coroada com golo e exibição do numero 6 encarnado!
Bento chamou Derlei e tirou Postiga.
Equipa de coragem a de Quique! Ao contrário do previsto, Quique não teve medo de manter a sua adolescente dupla de centrais de Paços de Ferreira Sidnei e Miguel Vítor, manter a confiança em Gomes, Jorge Ribeiro e Amorim (ajuda a dar consistência ao meio campo, apesar de não ser um ala).
E se o treinador deu confiança aos meninos, o baby Sidnei (começa a mostra muita qualidade), ofereceu o segundo golo a Quique, e matou o jogo!
Bento, lançou Liedson para o lugar de Romagnoli e “castigou” Abel, pondo Pereirinha.
Benfica Baixou no campo, Trocou (a pedido) Reyes por Di Maria, mantendo em alerta a defesa verde branca, viu Aimar ressentir-se da lesão e Carlos Martins sair esgotado, deixando a sua equipa acabar o jogo com 9 e meio.
Conclusões do derby? Ganhou a equipa cujo o seu treinador, tentou através do banco, através das substituições dizer que era para ganhar, ganhou o treinador que na estava satisfeito com a velocidade com que se jogou enquanto esteve 0-0. Ganhou a equipa que não estava formatada para o empate na partida.
Ganhou a equipa que tem um jogador que tem um pequeno defeito genético, e que ás vezes chuta de trivela! Defeito genetico ou magia?
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