quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Queiroz, o fim dos tachos e a provável reinvenção de Ronaldo


Scolari partiu para terras de sua majestade, onde o Chelsea lhe reservou o comando da sua equipa. Queiroz, voltou a um lugar que já foi seu á mais de uma década e de onde saiu a cuspir fogo para dentro toda a Federação Portuguesa de Futebol, devido á sua suposta (des)organização. Aparentemente tudo melhorou, inclusive regularmente participamos nas fases finais de Europeus e Mundiais, e conseguimos obter melhores resultados que outrora.

Scolari criou o conceito do “Clube Selecção”, criou um núcleo de jogadores que foram a base da selecção, numa primeira fase manteve alguns consagrados e depois foi reformulando a equipa á medida que esses jogadores iam acabando o “prazo de validade”. Mas os “tachos” (Ricardo que o diga) corriqueiramente falando duraram até ao fim.

Queiroz sem deixar da convocar o núcleo duro de Scolari, logo na 1ª convocatória acabou com esses “tachos”. A maior parte das duas convocatórias de Queiroz são jogadores que já tinham sido convocados por Scolari, porem, já todos os jogadores de cidadania Portuguesa, perceberam que não jogando regularmente nos clubes, não serão chamados para a selecção. A única excepção ao que acabei de escrever será Nuno Gomes, para uma posição (ponta de lança) onde todos sabemos há um défice de qualidade, mas até ai. Queiroz indirectamente já deu a entender numa conferência de imprensa, que aquela vaga será futuramente de…. Cristiano Ronaldo! Surpresos pela opção? Não devem! Tendo tantos extremos de qualidade (Simão, Quaresma, Nani e Danny (de origem é extremo)), e tendo Cristiano uma qualidade de finalização quer com os pés quer de cabeça elevadíssima, porque não jogar o 7 do Manchester na posição de finalizador, acabando assim definitivamente, com as excessivas correrias maioritariamente inconsequentes, que na selecção Ronaldo costuma protagonizar, retirando fluidez ao jogo colectivo da equipa. Curiosamente não o vejo “matar” essa organização ofensiva quando integrado no 11 do United, que como se sabe e vê, joga como uma equipa. Não é a 1ª vez que defendo que essa deveria ser a posição de Cristiano na selecção, velocidade, técnica, facilidade de finalização e mobilidade, servido por Deco, Quaresma, Nani e Simão.


Queiroz treinou Cristiano, dias a fio no United, foi um dos responsáveis pela sua evolução como jogador, quem o conhecerá melhor que Queiroz em termos futebolísticos?

Confesso que não vi o 1º jogo da “nova” era Queiroz, mas o resultado foi o esperado, frente a uma equipa de amadores ali para os lados das Ilhas Faroe, mas agora que é a doer, vou ver com olhos de ver, e aguardo o regresso da Cristiano á selecção para ver que papel lhe vai dar, o de extremo de correrias loucas ou o de ponta de lança “matador” e versátil!

2 comentários:

NM. disse...

Uma estrutura profissional .

Até que enfim !

kristov disse...

Antes de mais o meu bem-haja pelo trabalho desenvolvido por vocês neste blog e que eu tenho por vezes oportunidade de ver em primeira mão através do amigo Wivaldo.
A questão Scolari já foi sobejamente escalpelizada pela comunicação Social, mas o que me parece também justo dizer acerca de Felipão é que conseguiu meia dúzia de feitos inéditos no “11 contra 11” do nosso burgo.
1º- As convocatórias deixaram de ser feitas por dirigentes de certos clubes.
2º- Criou um grupo de trabalho regular e sistematizou com os que escolheu, deu-lhes confiança e fez deles um “plantel” e convocou sempre os que achou mais adequados para o sistema que implementou com bons resultados diga-se, mas aí já lá vamos.
3º - Sacou da cartola a capacidade de erguer uma sólida base de adeptos que chegaram inclusive, vejam lá, a acreditar nesta selecção e a apoia-la pasme-se.
4º - Defendeu os Mininos… ok está foi no gozo…..
5º - Conseguiu qualificações seguidas para as mais importantes provas, coisa que os iluminados que lá estiveram antes pura e simplesmente não conseguiram, Carlos Queiroz incluído com uma selecção de luxo, mas ele preferiu queixar-se do lixo do que aproveitar o luxo.
6º - diga-se o que se disser tivemos a Selecção Nacional sempre a bom nível nas provas propriamente ditas, o que se comprova com 1 meia final, 1 final e uns Quartos de Final, lembram-se de alguém que tenha feito algo semelhante? No Creo….

Muito se poderá dizer de negativo acerca do trabalho de Scolari, aliás há alguns pontos em que até concordo. A sua leitura de jogo (ou falta dela) e capacidade de ganhar jogos através do que tem no banco, demonstra uma rigidez táctica que por vezes assustava. A infelicidade no anuncio da sua ida para o Chelsea que me pareceu muito inoportuna também me custou bastante a encaixar, mas somando tudo posso dizer que Luiz Felipe Scolari foi de longe o Seleccionador Nacional com os melhores resultados de sempre e como no futebol o que manda são os resultados resta-me dizer que jamais houve melhor do que Scolari ao comando das Quinas.
Alguém tem saudades de António Oliveira? E das convocatórias feitas nos estabelecimentos de Reinaldo Teles a meias com o vendedor de fruta e chocolate?
Quanto a Queiroz não posso dizer que seja apreciador porque lhe reconheço alguma falta de audácia que eu espero que estes anos em Inglaterra tenham levado e um rasto de insucessos como treinador principal regra geral justificados com incompetências de outrem… será falta de coluna vertebral para assumir os seus erros ou é um treinador com muita falta de sorte?
Cá estarei com esperanças de me redimir e dar a mão á palmatória caso seja necessário, porque os meus erros assumo eu, ou será que foi a porcaria do teclado que estava para aqui virado e eu n tenho culpa do que escrevi???

Continuação de bons comentários