sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Portugal 2 - Dinamarca 3

“Foram jogar ao WC e só fizeram foi merda”, este frase não é minha, é de 1 amigo meu benfiquista, e não ilustra aquilo que se passou em campo na maior parte do tempo.
Se tivesse que caracterizar o jogo em poucas palavras, diria que Morten Olsen, alimentou-nos o ego, tal como um agricultor alimenta as suas crias, contou-nos a história do nós (Dinamarqueses) somos pequeninos, empatar já era bom, vocês é que são bons, atirando para o campo lusitano a responsabilidade do jogo. Quando a 15 minutos do fim, com alguma sorte á mistura (faz parte) e muita aselhice nossa na finalização, se viu a perder por 1-0, Morten Olsen tinha parte da sua estratégia conseguida, era altura de ir buscar mais, com a ajuda da frieza que caracteriza os Nórdicos. Apesar disso os Dinamarqueses entraram muito bem no jogo, a pressionarem alto e a criarem dificuldades ao nosso meio campo e defesa, tendo criado inclusive as duas 1ªs oportunidades de jogo.
Onde pecou Portugal??? Onde normalmente pecamos! Na finalização!! Após a primeira meia hora pegamos no jogo e fizemos o golo antes do intervalo, na 2ª parte com 1-0 criamos “N” oportunidades para “matar” o jogo. Não o fizemos e com 3 morteiros em 7 / 8 minutos os Dinamarqueses mandaram o nosso barco ao fundo, e depois de estarem a perder 2 vezes (até aos 84 e sofrem 2-1 aos 86).
Onde pecou Queiroz? No global a equipa não jogou mal, teve dinâmica, no meio campo (Deco e sempre Deco, bem secundado por Maniche) teve velocidade e repentismo nas alas, mas não teve segurança defensiva quando mais precisou dela.
Queiroz ficou preso entre defender o 1-0 ou atacar para o 2-0, entre baixar a equipa e sofrer, ou fazer a gestão da bola no meio campo Nórdico. Nessa indefinição, trocou um ponta de lança e um extremo por jogadores para posições iguais (teórica troca por troca), e a Dinamarca cada vez mais estendida no campo, com mais gente na frente, e Portugal sem matar o jogo, e sem conseguir gerir a bola, deixando o jogo numa toada de pelada, com ataque numa baliza, contra ataque na outra. Tal Como Queiroz afirmou pecamos por não termos sido realistas e termos percebido que deveríamos ter gerido, guardado, roubado a bola aos dinamarqueses quebrando o ritmo louco com que se jogou os últimos 15 minutos. A entrada de Moutinho provavelmente seria com esse objectivo, mas terá pecado por tardia, juntando a isso duas pequenas falhas individuais nos dois primeiros golos, Bosingwa batido no 1 contra 1 no 1º golo, má saída de Quim (ao contrário de Ricardo assume o erro) e Pepe batido por Poulsen no 2º golo.

Morten Olsen contou-nos a canção do bandido, e o certo, é que nós como dama apaixonada, caímos nela que nem patinhos….Concordo senhor seleccionador temos que ir buscar vitórias fora, mas nós não entramos sempre para ganhar…?


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