segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Onde se ganha um clássico.


Para se ganhar um clássico ou um derby, jogos normalmente com um grau de dificuldade maior, pela envolvência dos próprios jogos, é necessário que as equipas estejam bem em todos os sectores do campo. Desde a baliza até ao ataque.
No passado Domingo no clássico Benfica Porto, o jogo do gato e do rato de 2 jogadores, desequilibrou o jogo a favor dos encarnados de Lisboa.

Fernando pela posição que ocupa no campo, tem de ser considerado um jogador importante na estratégia portista, pelas linhas de passe que deve cortar, pelos compensações que deve fazer, pelos equilíbrios que deve dar á equipa na zona frontal do relvado.
Pelo facto de Jesualdo optar por deixar um dos seus centrais soltos de marcação (normalmente Bruno Alves), para dobrar o resto da defesa, no Domingo tocou-lhe em sorte aparecer no seu espaço Javier Saviola, que como sabemos é um avançado móvel, que normalmente baixa no campo, procurando espaço entre linhas, ou caindo nas faixas laterias, para depois em drible, velocidade ou em tabelas, aparecer na zona de finalização.

Estas movimentações de Saviola, obrigaram Fernando a desposicionar-se do corredor central, deixando constantemente a luta de meio campo entregue a Meireles e Guarin, perante 4 elementos encarnados, Javi Garcia, Ramires, Carlos Martins, e Urreta, que apesar de ser extremo partia normalmente de trás para a frente.

Foi nesse desequilíbrio numérico, que a durante a 1ª parte, na zona onde normalmente se ganha os jogos, que o Benfica ganhou o clássico.

Em contra ponto, quando o Porto na 2ª parte colocou dois avançados na zona central, Falcão e Hulk (depois Farias), com Varela e Rodriguez ,nas alas, o Benfica defensivamente preferiu Jogar, com os dois centrais a marcarem os dois avançados, ou com 1 dos laterais (normalmente o lateral da lado contrário ao da bola) a fechar para a marcação de um dos avançados.

Duas formas diferentes de atacar nos mesmos esquemas 4*4*2, mobilidade de Saviola, nos dois da frente encarnados, mais presos em entregues á marcação Hulk e Falcão, para duas formas diferentes de defender, no Porto o pivot defensivo (Fernando) marca individualmente e disposiciona-se, no Benfica, Javi Garcia mantém a sua posição e a marcação aos dois avançados fica entregue a coordenação defensiva dos 4 defesas.

Qual das duas formas de defender é mais correcta?
A resposta dependerá sempre das características próprias das equipas.
Neste clássico levou vantagem o Benfica, e um dos motivos para isso, foi a vantagem que Saviola ganhou a Fernando nos seus duelos individuais.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A importância do Futebol do Barcelona como exemplo de formação


É quase consensual, que o futebol praticado pelo F. C. Barcelona nesta ultima época e meio, é o mais espectacular e eficaz da actualidade.

Como treinador de escalões de formação, pego em muitos exemplos que acontecem nos jogos, que hoje em grande parte são televisionados, para uma melhor explicação, exemplificação e entendimento do jogo por parte dos “Petits”.
Ora se o grande objectivo do jogo é chegar ao golo, o Barcelona é hoje em dia um bom exemplo, pelas diferentes formas como consegue produzir futebol ofensivo, individual e colectivamente tendo como fim esse mesmo objectivo.

Desde cedo, nós treinadores / formadores, tentamos trabalhar entre outros aspectos o aperfeiçoamento da recepção, passe e desmarcação, do aspecto do drible e da criatividade, da utilização da velocidade de pensamento, reacção e de execução, da procura da largura do campo, como forma de chegar á profundidade. Tentamos incutir aquilo que chamamos princípios básicos do jogo.

Tudo isto tem ou tem tido o Barcelona de Guardiola. Por isso mesmo, é hoje, se não a equipa mais importante, é das mais importantes como referência explicativa e exemplificativa para os mais jovens, que sonham ser um dia jogadores de futebol

A qualidade de recepção de bola demonstrada por grande parte dos seus atletas, a capacidade de passe curto, em busca de progressão no campo. através de tabelas sucessivas em espaço curto, com a alternância de passe longo procurando variar o chamado centro do jogo, a capacidade de drible nos confrontos de 1*1 ou 1*2 (2 defensores) com os seus opositores directos, as desmarcações nos espaços vazios, tudo isto aliado a velocidade com que pensam e executam.

Se nós no campo tentamos incentivar e motivar os nossos jovens para a aprendizagem, actualmente são Messi. Xavi, Iniesta, Ibra, Henry, Puyol, Daniel Alves, Pedro, Keita, Rafa Marquez , Piqué, etc os melhores professores que se podem encontrar como equipa, porque semanalmente dão verdadeiras aulas exemplificativas de bom futebol, de sentido colectivo, sentido táctico, recorrendo-se das suas características.

Se o futebol saiu das ruas, onde a aprendizagem e a execução do jogo, era instintiva e natural, com pouco entendimento do mesmo, passa para as chamadas Escolas de Futebol (até as próprias escolas primárias começam a ter as suas) onde, essa lado instintivo e natural, passa a ser estruturado e orientado, para o entendimento do jogo. É excelente que consigamos utilizar exemplos individuais, postos ao serviço de um grande colectivo, como é a equipa do Barça, dai a sua importância como exemplo prático de formação.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Benfica vs Porto 2009/10

Todo o jogo tem a sua Particularidade, assim como todos os clássicos por mais edições que tenham, terão sempre a sua particularidade. Este tem a particularidade de poder fazer com que o Benfica, apesar de ter passado grande parte do tempo na frente dos seus dois maiores rivais, passe a celebre quadra natalícia atrás de um deles, o Porto.

Jesus deve andar por estes dias, com os cabelos mais brancos, com menos horas de sono, e com redobrada atenção aos treinos da sua equipa, em busca de um 11 que não defraude as expectativas do sua massa de adeptos. Busca ansiosamente soluções para substituir apenas e só Ramires, Coentrão, Di Maria e Amorim aquele que chamo de 12 jogador também está KO, Aimar estará em duvida até á hora do jogo.

Não há jogadores insubstituíveis, o melhor não deveria haver, Ramires é um dos casos deste Benfica, o Brasileiro chegou, viu e rapidamente convenceu, tornando-se insubstituível em campo. De todos os ausentes, aquele que para mim menos falta fará ao Benfica, em termos de colectivo é….Di Maria, o Argentino á muito que voltou ao futebol irregular que tem caracterizar os seus anos na Luz. Coentrão e Amorim, substitutos da Ramires a Di Maria acabam por castigo e lesão, também eles ficar de fora.

A equipa de Jesus á cerca de 3/4 jogos que deixou de apresentar frescura física, o que juntando um maior conhecimento por parte dos adversários, dos seus mecanismos ofensivos, tem diminuído e muito a qualidade futebolística encarnada.
Já todos perceberam a importância dos laterais no futebol encarnado, e trava-los ofensivamente é uma das chaves para logo emperrar o futebol encarnado, outra será anular as movimentações de Aimar e Saviola.

Voltando aos laterais, Jesus tem apostado em César Peixoto na esquerda, mas está mais que provado que o ex Bracarense, não consegue dar a profundidade necessária, que quer Schaffer ou mesmo Coentrão dão. Peixoto que curiosamente e certamente com a onde lesões e castigos, garante a titularidade quase certamente no lado esquerdo do meio campo, deixando a lateral esquerda para…David Luiz. È publico que Jesus não aprecia o lateral esquerdo Argentino, e não acredito que deposite nele confiança para jogar o clássico. Acredito pois que puxe David Luiz para a esquerda da defesa, jogando Sidnei ao lado de Luisão. Javi Garcia é certo assim como Aimar caso recupere, Filipe Meneses e Carlos Martins disputam as restantes vagas. Savila e Cardozo são intocáveis

Jesus poderá tornar essa desvantagem em vantagem, só perto da hora do jogo jesualdo saberá quem jogará do lado encarnado, vamos ver e como explora o treinador encarnado essa vantagem.

Jesualdo é neste momento um homem mais tranquilo, depois um uma fase menos boa, o Porto parece ter reencontrado o seu rumo, e tendo as armas todas á disposição, Jesualdo, poderá escolher o 11 que melhor se enquadra com as suas pretensões. E certamente a sua pretensão passa por passar o Natal á frente do seu rival.

Assim na defesa não há grandes duvidas, Helton, Fucile, Rolando, Bruno Alves e Álvaro Pereira. Fernando e Meireles estão certos no meio campo, á outra vaga ficará entre Guarin ou Belluschi. Na frente Hulk começando nas alas esquerda, para manter sempre atento Maxi Pereira e assim evitando as subidas do lateral encarnado, e do lado contrário Varela que lhe permite, equilibrar o meio campo com 4 elementos quando o Porto não tiver bola. Ou seja, repetir um pouco o que foi feito em Madrid, 4*3*3 em ataque, 4*4*2 a defender, sendo a nuance táctica definida pelo posicionamento de Varela. Sobram ainda Cristian Rodriguez em mais um regresso á Luz, Farias e Mariano Gonzalez, pouco querido pelos adeptos, mas de uma utilidade táctica para o treinador.

Porto muito mais previsível em termos de 11 base que o Benfica.

Aparentemente mais dificuldades para Benfica do que para Porto, fruto das consequências dos 2 últimos jogos, mas o publico encarnado não deixará a sua equipa sozinha, e certamente tentará ele ser o 12º jogador. Que efeito terá sobre os jogadores encarnado?

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

“Quem se emocionar com as táticas que levante a mão”.

Um dia numa das minhas pesquisas na net (julgo eu que procurava frases de Jorge Valdano), deparei-me com esta pergunta que dá titulo ao post. “Quem se emocionar com as tácticas que levante a mão”.
Poucos o fariam, poucos levantariam a mão, poucos o fariam, respondendo afirmativamente a esta pergunta.

Numa altura em que se fala cada vez mais, em organização de jogo, modelos de jogo, filosofias de jogo, não se poderia resumir tudo á velha palavra, táctica.
Mas será a táctica a base das equipas, ou os jogadores que a compõe? A velha questão do treinador, que transporta a sua táctica de equipa para equipa ou o que muda de táctica conforme os jogadores que compõe o seu plantel.

Voltando á questão base deste texto, pergunto-me agora se o jogo, não estará agora dividido em dois. O jogo de futebol normal, para o “velho adepto” que não se “emociona” ou pouco valor dá ao aspecto táctico do mesmo, que quer ver é golos, dribles, ataque vs ataque, e um outro jogo, parecido com o xadrez onde as peças tem movimentos próprios, previamente antecipados pelo “Jogador” (leia-se treinador). Esses (treinadores) são os poucos que terão que obrigatoriamente levantar a mão, visto que mesmo durante os 90 minutos mínimos, em que decorre uma partida, terão que dar igual atenção, ao avançado que tacticamente cumpre o que se lhe pede, mas não o desiquilibra, e ao avançado que sem cumprir tacticamente resolve em termos numéricos o jogo, desequilibrando-o tacticamente a seu favor ou contra si, por não cumprir tacticamente. São os treinadores que cada vez menos desfrutam do jogo, porque constantemente, enquanto ele decorre, tem que decifrar enigmas adversários para, logo ajustar as suas peças, na livre movimentação pelo tabuleiro de jogo. Aqueles que apenas buscam divertimento no jogo, são incapazes de entender, o porquê do jogo estar cada vez mais táctico. As pessoas mais antigas, essas então não percebem o porquê desses monstros tácticos em que se tornaram os treinadores, terem matado o 10, aquele jogador ao qual lhe era dada liberdade para fintar, praticamente só atacar e que eram os ídolos do povo, aqueles que arrancavam dribles estonteantes, faziam golos divinais ou mágicas assistências. O 10 foi transformado em médio centro capaz de ter de jogar de área a área, em extremos, ou avançados, por aqueles que se emocionam com as tácticas. Existem raras excepções, que sobrevivem em equipas, tacticamente pensadas para a sua sobrevivência.

Peguei no 10 como exemplo, porque podia ter pegado no 9, e na pouco compreensão deles, actualmente terem de ser os primeiros defesas de qualquer equipa, ainda recentemente Xavi, após os primeiros jogos de Ibrahimović no Barcelona, ter afirmado mais ou menos por estas palavras, que o Sueco teria que se adaptar á forma de jogar de defender da equipa, isto porque esta estava habituada a que Eto´o fosse o primeiro a fazer pressão.
Fala-se hoje muito, que a equipa deve estar posicionada para a perda de bola! Então se o objectivo do jogo é marcar golos, terão os jogadores que estar a pensar em defender quando a posse do que domina o jogo, está nos seus pés? Terão os jogadores que se desmarcar para tentar receber um passe, pensado na possível perda de bola?
Tudo isso é complicado, tudo isto torna o jogo cada vez mais complicado, de ver, perceber, ensinar e jogar
Será o jogo actualmente a busca constante de desequilibrar o adversário com a técnica e criatividade para o equilibrar ou estancar com a táctica.

Que o povo não se emociona com a táctica é certo, mas que até os jogadores, que deveriam ser os últimos guardiões, do futebol “anárquico” (chamemos-lhe assim), se converteram á táctica….muito certamente de forma imposta, mesmo não se emocionando com ela, mas a conversão esta feita.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Finalmente o meu Inter!


Vejo com especial atenção, o Inter vs Rubin Kazan, e numa vista rápida no onze titular Neroazzuro, logo sorri, finalmente Mourinho tinha apostado no meu Inter, naquele ataque que penso, mais favorece os jogadores que o compõe.
E se na defesa nada fugiu ao habitual, foi a partir do meio campo - ataque que desde cedo se aguçou a minha curiosidade. Thiago Motta, não é nem nunca será um médio de grande correrias, será sempre um médio de ocupação de espaços, qualidade de passe na transição ofensiva e fechar linhas na transição defensiva, fazendo tudo isto jogando quase quieto, sem sair muito do seu lugar, o mesmo papel poderia / poderá ser feito por Cambiasso. Já Stankovic é de outra fibra, outra vocação ofensiva e defensiva, apesar dos 31 anos, por vezes faz-me lembrar os meninos de 19, pela intensidade com que disputa os lances. Sneijder é um maestro, que gere já, aos 25 anos os ritmos de um jogo como um veterano em fim de carreira, acelera quando deve, arrefece quando a equipa precisa de descansar e ou arrefecer os adversários, depois todo ele é criatividade, técnica e sentido de equipa. Foi aqui que mourinho começou a ganhar o jogo.

Se José começou a ganhar o jogo por ter optado pelo 4*3*3, disposto como referi, acabou, por o ganhar na colocação de Balotelli ao lado de Millito e Eto´o. Constantes trocas posicionais entre estes 3 homens quando em posse, 3 finalizadores, capazes de jogar sobre as 3 faixas do relvado, capazes de segurar , tabelar, driblar. Ficou para Mário a missão, de quando em perda baixar no campo com dois objectivos, equilibrar o meio campo defendendo em losango e dar a possibilidade ao 45 “Neroazzuro” de jogar de trás para a frente, embalado, como tanto gosta.

Como Mourinho disse já algumas vezes o Inter jogou com 3 avançados, mas se bem me recordo foi a primeira vez que entrou assim. Naquele que penso que seja o modelo que mais favorece e potencia a equipa de Mou.
Pessoalmente não acredito, e não acredito que Mourinho acredite, que haja jogadores incompatíveis em campo pelas suas características, acredito sim é que há que trabalhar e melhorar essas incompatibilidades, para não as expor na equipa.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Liedson e a difícil arte de jogar sozinho


Liedson disse no final do jogo Sporting vs Heerenveen, entre outras coisas, que não se sentia bem a jogar sozinho na frente do ataque Sportinguista.
Com esta declarações deixou o récem chegado Carlos Carvalhal, preso num dilema, visto a importância do Luso Brasileiro na equipa e nos corações verde e brancos. Manter o plano que tinha traçado, que em minha óptica, passava por em 1º lugar equilibrar a equipa defensivamente, ensinando-a a estar bem colocada na perda de bola, no novo sistema de jogo, ou trabalhar o mesmo sistema mas tendo uma visão mais atacante. Acontece é que para mal de Liedson ofensivamente são poucas as opções que dão garantias, e nem o regresso de Izmailov, que certamente devolve ao Sporting algo ofensivamente, será uma solução infalível. O Russo esteve muito tempo parado.
O Problema do 31 não é jogar sozinho, por já o fez varias, vezes, o seu problema é ter a equipa sempre com receio de arriscar no ataque. A equipa 1º que tudo, esta a pensar que deve estar bem colocada no momento que perde a bola, o que não é um pensamento incorrecto, no entanto está-lhe a reprimir os movimentos atacantes. Provavelmente só quando toda a equipa, que joga nas suas costas de Liedson, se sentir confortável, mais confiante e mais rotinada neste modelo ofensivamente, se sentirá com capacidade de chegar mais perto do seu ponta de lança,
Voltando só um pouco atrás, a Izmailov que ocupará o faixa direita do meio campo, penso que Carvalhal para dar mais largura e profundidade ao seu 4*5*1 ou 4*2*31 como lhe queiram chamar, poderia arriscar com Vukcevic na faixa contrária, o Russo é inteligente e disciplinado tacticamente, o que não lhe impede de dar largura e profundidade ao jogo, não sendo um extremo puro, e Simon é agressivo, lutador, desequilibrador, jogando com um pouco mais de liberdade para errar, e de se aproximar do Levezinho. Complicado? Não me parece. Parece-me sim altura de fixar Adrien na equipa ao lado de Moutinho e “despachar” Miguel Veloso para lateral esquerdo, em minha opinião esta-se a perder um excelente lateral (nível mundial), por um bom médio de nível nacional.
São poucos as soluções, muito poucas as que actualmente tem Carvalhal, em enquanto não chegam, este é para mim o 10 mais forte leonino (mais guarda redes é claro) no esquema que Carvalhar pretende.
Abel, Carriço, Polga, Veloso na defesa, Adrien e Moutinho na frente deste quarteto, Izmailov e Vukcevic pelas laterais do meio campo, tendo liberdade para trocarem de flancos o que permitiria diferentes soluções de jogo ofensivo ( por exemplo, com Izmailov á esquerda, permite maior mobilidade a Miguel Veloso a dar profundidade ajudando o Russo em zonas mais interiores, como apoio de Moutinho e Matias Fernandes, para jogar curto, com Vukcevic á esquerda, permite a Veloso jogar mais subido, quase na linha de médios, ou seja como falso lateral esquerdo, fazendo o corredor) Matias Fernandez na posição 10 e Liedson na frente.

Não sei se raparam a numero de vezes que referi o nome de Miguel Veloso na parte final deste texto, talvez por ser o jogador com maior confiança, melhor dinâmica e intensidade no jogo verde e branco. Por isso penso que o seu posicionamento em campo também em muito contribuirá para uma possível de rendimento do Sporting.

O Bom gigante e o coelho saltitante


O Benfica teve nas suas fileiras, nas suas celebres equipas dos anos 60 até inicio da década de 70, num total de 12 épocas desportivas. O já falecido José Torres, que ficou conhecido pelo “Bom Gigante”, pela sua forma de estar dentro e fora dos relvados. Claro está que a parte do Gigante do seu cognome se devia aos muitos cm que transportava, e que fazia dele, muito mais alto que a média dos Portugueses.
Óscar René Cardozo Marín, certamente não conheceu Torres, mas “mestre” Eusébio certamente que teve oportunidade de lhe falar dele, após a chegada deste Paraguaio ao Benfica na época 2007/08. Se no inicio os 192 cm de “Tacuara” se estranhavam pela sua pouca mobilidade, limitado jogo de cabeça, mais tarde se entranharam pela capacidade deste “Gigante” fazer golos principalmente de pé esquerdo. Jogando mais, ou jogando menos minutos, Cardozo aproveita as oportunidades para mostrar que é um homem de área, e aproveitou principalmente para tentar evoluir nas suas limitações como ponta de lança (velocidade, jogo aéreo, pé direito) e com isso aumentar os seus recursos para chegar ao golo, que parece a única palavra que se lhe conhece.

Esta época o jogo de Cardozo parece ter atingido o seu melhor patamar desde que de encontra em Portugal, e a esse facto não é certamente alheio dois factores, o 1º a sua evolução nas suas maiores limitações, e 2º o Benfica encontrou um parceiro com as características ideias para jogar ao seu lado, ou atrás de si.

Saviola desde cedo se deu a conhecer ao mundo, e apesar de ter chegado a dois dos maiores clubes do mundo, quer em Barcelona, quer em Madri (Real), não perceberam que “El Conero” não é um ponta de lança de jogar fixo, poderia ser, mas os seus 169 cm e 67 hg de peso, tornam-no num jogador de grande agilidade. As suas melhores épocas Sevilha e Mónaco, foram sempre ao lado de um ponta de lança, com características muitos diferentes das suas, jogadores capazes de jogar fixos e de prender os centrais. Tal como é…Óscar Cardozo. Em Sevilha foram Kanouté e Luís Fabiano, no Mónaco Chevanton e Kallon.

Com esta dupla tem ganho e muito o futebol ofensivo encarnado, Saviloa tem a capacidade de jogar nos espaços nas costas de Cardozo, de cair nas linhas em diagonais do centro para as alas, de pensar e executar rápido, de servir ou finalizar. Cardozo tem a capacidade de…finalizar (dito desta forma parece simples, mas quantos não tremem na hora de faze-lo)

Cardozo faz recordar aos mais idosos adeptos encarnados o “Bom Gigante” Torres, Saviola, o coelho saltitante, aos mais novos, João Viera Pinto “o Menino de Ouro”, nunca Eusébio da Silva Ferreira que privou com os dois com muitos anos de diferença, pensou que na época 2009/10, o Benfica conseguiria juntar na mesma equipa, um “Bom Gigante” Paraguaio e um “Menino de Ouro” Argentino, que têm um vicio tremendo de fazer a alegria do povo Benfiquista.
Certamente a melhor dupla atacante a actuar em Portugal.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Derby de controlo não de dominio

Pessoalmente o derby não fugiu muito ao que eu esperava dele.

O Sporting disposto tacticamente para fechar ao máximo as armas do Benfica, e do lado contrário na impossibilidade de conseguir dominar o jogo, tentar as transições rápidas.

Melhor inicio de Sporting, pressionante, disposto em 4*2*3*1 com as surpresas Caneira (lateral esquerdo), Adrian á frente da defesas com Moutinho e a maior surpresa de todas Miguel Veloso a médio esquerdo. Liedson assustou num erro de transição ofensiva do Benfica (falha de David Luiz, que Sidnei compensou muito bem), mas a 1ª oportunidade real foi Cardozo, ao qual respondeu o Sporting por Polga num lance de bola parada. Até ao intervalo mais nada, o Benfica equilibrou o jogo, principalmente pela troca posicional entre Aimar e Ramirez (o melhor em campo das duas equipas em minha opinião, corre por 2, luta por 2, defende por 2 e ataca por 2), com o “Queniano” no miolo do campo, o Benfica passou a ocupar melhor essa zona, e permitiu a Aimar poder fugir á apertada marcação que sofria, apesar de na direita do meio campo, ter menos bola para poder organizar o jogo ofensivo.

Segunda parte ligeiramente melhor em termos de qualidade de jogo que a primeira., mais situações juntos das balizas, mais espaços. Com o tempo todo o estádio, percebeu que Di Maria já estava completamente esgotado e já não dava o devido apoio a César Peixoto, facto que o Sporting tentava aproveitar carrilhando grande parte dos seus ataques pelo seu lado direito, a entrada de Pereirinha vincou mais ainda essa intenção, toda a gente menos Jorge Jesus que ou não se apercebeu ou não se quis aperceber por outros interesses financeiros (valorização do passe de Argentino), arriscou a derrota por essa teimosia, e quando decidiu mexer, colocou Amorim por Aimar, reforçando o meio campo e fechando assim mais ainda um lado por onde o Sporting pouco ou nada atacava, porque Caneira não passa do meio campo. Saviola a par de Ramirez continuavam a ser os únicos a desequilibrar estruturalmente o Sporting, é certo que o coelho já estava também ele bastante cansado, mas quando a 5 minutos do fim Jesus lá se decidiu por colocar o á muito solicitado Coentrão, foi o argentino 30 que tocou em sorte abandonar o campo. Percebia-se aqui que Jesus estava satisfeito com o empate, que sejamos realista servia melhor a águias que a leões, todos sabemos porquê.

Carvalhal arriscou um pouco mais, mas pouco mais, a já falada colocação de Pereirinha no flanco direito para tentar aproveitar a debilidade física de Di Maria e Matias Fernandez por Postiga a 5 minutos para o final, passando a jogar com 2 pontas de lança, mas nessa altura, já o Benfica tinha o jogo bem controlado e corrigido a protecção a César Peixoto.

Resultado justo, num derby de muita luta e onde existiu quase sempre a preocupação do 1ª pensamento ser o de não deixar jogar o adversário, ou anular o adversário, não critico este pensamento até porque ele é fundamental no futebol, faltou foi ás duas equipas o segundo momento, o pensamento de ambição de chegar ao golo. Ou Seja ambas entraram para controlar o jogo, não para o dominar.


terça-feira, 24 de novembro de 2009

Derby decisivo para os leões....

Sporting Benfica….ou o maior derby de Portugal

Escaldante!! Mais uma vez escaldante, é como se apresenta mais uma vez o maior derby da cidade de Lisboa.
Que importa se o Sporting, jogando em casa se apresenta a 11 pontos dos seus maiores rivais, que importa que nas vésperas do jogo em casa do rival, as águias tenham caído no seu terreno ante o vitória Vimaranense, que importa que os Leões sejam 8º e águias 2ª. Derby é derby. E derby é jogo de resultado imprevisível.

Carvalhal, mostrou logo no seu jogo de estreia, que o seu Sporting, andará mais próximo de um 4*3*3 do que o tão famoso losango de Paulo Bento.
Contra os Pescadores, inicialmente Vukcevic e Pereirinha, tentaram ser os homens que davam largura, jogando como extremos, a pergunta que coloco é se com esta opção, não estaria já Carvalhal a preparar o jogo contra o rival, visto ser certo e sabido que todas as transições ofensivas encarnadas são principalmente iniciadas pelos laterais.

Se Miguel Veloso inicialmente manteve a sua posição na frente da defesa, deparou-se com um duplo pivot ofensivo, Moutinho e Matias Fernandez, nas alas como já referi, Vukcevic preocupava-se em dar largura e profundidade ao jogo, e também jogar mais próximo de Liedson, Pereirinha fechava mais interiormente a defender, dando mais apoio ao meio campo. Acredito que com uma ou outra diferença a equipa leonina andará perto da que jogo diante dos Pescadores da Costa da Caparica, talvez Grimi seja aquele que tenha o lugar mais em risco, e é aqui que se coloca a maior duvida de Carvalhal, manter Grimi ou mesmo André Marques na esquerda pode ser um risco, perante o futebol de tabelas rápidas de Ramires, solução seria lá colocar Miguel Veloso. Mas para Veloso jogar na lateral esquerda, coloca-se a questão se já terá Adrien Silva maturidade suficiente para parar o futebol de Aimar e a busca constante de Saviola do espaço entre as linhas defensivas e de médios? Problema para Carvalhal solucionar. Tonel dará o lugar ao regressado Carriço, voltará a dupla que mais jogos tem em conjunto, Liedson que costuma marcar ao Benfica também é certo no 11, assim como Patrício, Abel, Moutinho e Matias Fernandez.

Porque razão foi o Benfica eliminado no passado domingo da Taça de Portugal.
A resposta para mim parece-me simples, em 1º lugar, durante 75 minutos o Benfica não foi o Benfica que tem sido esta época, forte, acutilante, dominador, deu até a sensação que alguns jogadores pensavam que mais cedo ou mais tarde o golo cairia do céu. Em segundo lugar e pegando na palavra golo, o Benfica desaprendeu de jogar sem Óscar Cardozo. Sem o farol avançado da equipa, todo o ataque perde as suas referencias de movimentação. Ora Vejamos, sabendo que o Benfica faz a maioria das transições pelos corredores (laterais e alas), sem Tacuara na area, estes apenas ficam com as referencias das movimentações de Aimar e Saviola. Aimar normalmente vai buscar jogo e transporta-o até o meio campo adversário, buscando as movimentações em diagonal de Saviola nos espaços deixados por ….Cardozo, ou busca os alas com passes a rasgar nas costas do laterais, alas esses que cruzam normalmente para a zona de finalização onde aparece....adivinhem? obvio, Cardozo. A juntar a isto tudo, não esquecer que o Paraguaio normalmente não precisa de tocar muitas vezes na bola para fazer um golo, aliás o ideal é que a toque apenas para a empurrar para a baliza. Sem Cardozo são poucos os avançados / pontas de lanças encarnados que com poucas oportunidades façam tantos golos (talvez Mantorras, mas esse é um caso á parte).

Transportando isto tudo para o Sporting Benfica, Cardozo normalmente quando fica muito tempo parado tem dificuldades nos primeiros jogos para encontrar o ritmo de jogo, no entanto só a sua presença em campo dará outra dimensão e objectividade ao jogo encarnado. A única duvida em minha opinião será se a equipa médica encarnada tentará ou não recuperar Luisão, não o fazendo é claro que será Sidnei a jogar. Não acredito que Jesus arrisque de inicio em Coentrão na lateral esquerda, certamente Cesár Peixoto terá vaga no 11, assim como Maxi Pereira, Javi Garcia, Aimar; Saviola, Di Maria, David Luiz.

Não é decisivo para a época desportiva encarnada, perdendo mantém intactas as suas aspirações ao titulo, o mesmo já não poderá dizer Carvalhal, que perdendo olhará para o seu rival a 14???? Pontos de distancia, ainda antes do virar de volta. Não poderão dizer os Leoninos que este derby não é decisivo para as suas aspirações.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Portugal vs Bósnia…..Intervalo

Fui ao estádio da Luz ver ao vivo o Portugal Bósnia. Decidi escrever este texto, não só para dar a minha visão do que se passou, mas também do que se poderá passar no jogo de amanhã.
Desde logo, deixo uma pergunta, quais foram os melhores jogos de Portugal, nesta fase de qualificação? Em minha opinião os dois com a Dinamarca! Qual o melhor jogador Português nesses dois jogos? Deco. Digam o que disserem, que gostem, que não gostem o Luso - Brasileiro é o jogador da selecção que mais e melhor aplica técnica, criatividade e visão e leitura de jogo. Quando está bem, leva a equipa consigo, quando está mal (menos bem) a equipa pouco ou nada jogo, praticando um futebol monocórdico, previsível, esperando um rasgo individual de algum das nossas setas (Simão, Nani, em tempos Quaresma ou Danny), ou esperando que Ronaldo saque um dos seus coelhos da Cartola (o que também não tem acontecido)
O que aconteceu no sábado foi exactamente o que se passou em quase toda a fase de qualificação, com a única diferença de que não estava Ronaldo em campo, equipa triste, com poucos argumentos colectivos para abrir defesas fechadas, jogando no constante sobressalto de poder sofrer um golo a cada instante, num contra ataque adversário ou numa bola parada, ou seja intranquilidade defensiva da equipa.
Vi uma Bósnia que teve quase sempre o jogo controlado, e se no inicio Nani ainda deu algum trabalho a Salihovic (lateral/ médio esquerdo Bósnio), aos poucos também foi sendo manietado pelo controlo defensivo adversário.
Mesmo tendo sofrido um golo, os Bósnio não se desorganizaram, e foram controlando o jogo, com mais ou menor dificuldade, dispondo de melhores oportunidade para chegar ao empate (golas no barra e postes)

O que esperar na Bósnia? Para já, Blazevic vai ter que comprovar com a equipa que vai por em campo, que de facto vai para cima de Portugal, ou se as suas palavras, servem só para o jogo psicológico. Se Blazevic colocar em campo, Misimovic, o melhor joador Bósnio, e o pensador / coordenador de todo o jogo ofensivo da equipa, é ele que os colegas procuram para ditar leis, que procuram para dar a bola, a equipa não passa do meio campo em circulação de bola sem a bola passar por ele. Mas dizia eu se o treinador Bósnio colocar ao lado do seu 10, Pjanic que em Lisboa jogou só 5 minutos, e na frente de ataque, ao lado de Dzeko, colocar Muslimovic (jogou 10 minutos em Lisboa), avançado mais móvel que Ibisevic que jogou na Luz, a equipa, ganha mais qualidade. Pjanic é um médio baixo, rápido, tecnicista e irreverente, joga sempre para a baliza, poderá ser o complemento ideal a Misimovic, que muitas vezes teve que parar e esperar os restantes colegas porque estes não tinham capacidade de subir no campo e apoiar o seu futebol, com Pjanic em campo este será certamente o seu primeiro apoio, e o primeiro a procurar movimentos de ruptura para desequilibrar a defensiva Lusa. Caso Blazevic se fique pelas palavras, Portugal poderá esperar uma Bósnia com um futebol igual ao que apresentou em Lisboa, directo, pratico, combativo e muito destrutivo. Muito perigoso nas bolas paradas.

Não sei que equipa Queirós apresentará, mas certamente Miguel Veloso vai jogar a lateral esquerdo, e Miguel na lateral do lodo oposto. Tiago deverá entrar para o lugar de Meireles, caso isso não aconteça, penso que a equipa perderá capacidade de segurar a bola, e para mim essa é a melhor forma de jogar em ambientes adversos, roubando e circulando a bola. Pepe na frente dos defesas e por de trás do dois médio mais ofensivos, preparado para principalmente disputar bolas no ar, no meio campo defensivo e na ajuda aos centrais.

Ao intervalo um injusto 1-0 para as cores Luso / Brasileiras (desculpem, cores lusas), Quarta feira a 2ª parte, no inferno que vai ser Zenica

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

R.I.P Enke

Terás tido os teus motivos...Obrigado pelos 3 anos passados na Luz, para onde confessas-te que gostarias de Voltar...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Braga vs Benfica rescaldo

Em primeiro lugar grande jogo de Futebol na Pedreira, duas boas equipas que estiveram bem no plano táctico e técnico, sempre com pensamento no golo. Ganhou a que foi mais feliz.

Jesus decidiu em parte abdicar daquela que tem sido a maior arma do seu Benfica esta época. Decidiu baixar o bloco, e não pressionar o adversário logo á saída de bola, talvez com isso pretende-se dar o “engodo” ao Braga e jogar nas transições rápidas nas costas dos defesas.
O Braga não se fez rogado, assumiu o jogo, e na primeira oportunidade que teve (um livre lateral sobre o seu lado direito), Hugo Viana fez 1-0.
Tiro no porta aviões, vamos voltar ao habitual, pensou Jesus. Foi automático assim que o golo aconteceu, a equipa do Benfica subiu a zona de pressão, e começou a tentar fazer o seu jogo, mas para isso tinha que passar pelos 3 médios do Braga, Vandinho, Mossoró e Viana, que faziam uma teia e aprisionavam Aimar e principalmente Javi Garcia, impedindo uma boa transição encarnada. Aos poucos o Benfica foi precebendo o que tinha que fazer para saltar essa pressão. Trocas posicionais entre Di Maria e Ramires, os médios direitos e esquerdos com Saviola o segundo avançado, Di Maria tentava arrastar João Pereira para Posições mais interiores do campo, enquanto Saviola rapidamente ocupava o seu espaço, sendo a bola lançada pelos defesas, para esse espaço, onde Saviola, dominava e sai em velocidade para atacar a baliza, no lado contrário Ramires tentava fazer o Mesmo com Evaldo, mas essa movimentação não estava a sair tão bem.
Com o crescimento do Benfica o jogo ficou electrizante, golo anulado a Luisão, oportunidade nas duas balizas, e a promessa de uma grande 2ª parte:

Mais uma vez, um jogo com controvérsia no intervalo, desta vez, começou ainda no campo, á entrada do túnel de acesso aos balneários e acabou dentro do mesmo.
Resultado, Benfica sai mais prejudicado, porque fica sem Cardozo o seu principal goleador, e o Braga perde André Leone, facilmente substituível por Rodriguez.

Na segunda parte mais do mesmo, o Benfica a tentar pressionar, a tentar empatar e o Braga a tentar jogar no espaço dado nas costas da defesa encarnada.
Aconteceu ao Benfica aquilo que ainda não lhe tinha acontecido este ano, foi traído pelos seus índices físicos, Saviola foi o primeiro, seguiram-se Aimar, Di Maria e incluisvé Maxi Pereira (para Maxi arrebentar é preciso correr e correr muito).
Jesus não foi feliz na sua 1ª opção, tirar Javi já amarelado, para pôr Keirrison, totalmente desenquadrado dos movimentos da equipa, e demorou a mexer, perante o quadro físico da equipa. O 2-0 matou no plano anímico o que fisicamente já não abundava, a força.

Como já disse, grande jogo de bola, onde ganhou a equipa que mais feliz foi, porque tiveram ambas á altura uma da outra.



highlights - MyVideo

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Braga vs Benfica

Sábado Braga para e o estádio da luz transfere-se para a cidade dos arcebispos. Silencio que jogam os dois primeiros da classificação, jogam aqueles que mais tem empolgado os seus adeptos.
Que jogo poderemos ter?
O Braga de Paciência assenta o seu numa filosofia de equipa grande. 4 defesas, com laterais com pendor ofensivo (João pereira e Evaldo), meio campo consistente e criativo, com ritmos marcados por Hugo Viana, ataque agressivo e rápido, com Meyong como referencia. Seja em 4*4*2 seja como na maioria das vezes em 4*3*3, o Braga tem, encarado os jogo em campo inteiro, tentando domina-los. Esta é a primeira pergunta que coloco, irá Domingos tentar dominar ou Benfica, ou tentará apenas e só numa primeira fase controla-lo?
Braga de Paciência tem sido um misto, não tem encantado, mas tem sido regular e tem aproveitado as oportunidades que cria.
Acredito que Domingos, começará em 4*3*3 com Vandinho e Mossoró a dar os equilíbrios no meio campo e tentando ser tampão para a ligação Aimar – Saviola.
Jesus neste seu regresso a Braga, não abdicara da equipa na máxima forca, no já habitual, 4*1*3*2, se na defesa a duvida so se coloca em relação ao defesa esquerdo (Peixoto ou o adaptado Coentrão, que muito bem esteve frente ao nacional) na restante equipa, salvo lesões de ultima hora, Javi, Ramires, Di Maria e Aimar no meio campo, Saviola e Cardozo no ataque. Espera-se um Benfica a pressionar a campo inteiro como tem sido habito, com Javi a dar critério ao jogo, Aimar a marcar o ritmo, Ramires sufocante a defender e nos espaços mortos do campo a atacar, Di Maria a dar os seus já habituais esticões, empregando velocidade e criatividade. O gigante e o coelho a infernizar a cabeça aos defesas. Benfica já mostrou que também esta preparado para os jogos em que foi preciso sofre (Guimarães e Leiria), veremos que equipa teremos, a que encanta, ou a trabalhadora, que não jogando o melhor futebol, através da garra entrega e concentração no jogo, os venceu.
O Benfica entra com o factor psicológico em alta, ganha, goleia, e parece que não transpira, em Braga outro bom teste.

Pedreira estará completamente lotada….

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

QuaQUa....Sou Pato, Alexandre Pato

Há jogadores assim, que quando nos perguntam, qual ou quais são os jogadores que mais nos encantam ver jogar, muitas vezes nos esquecemos deles. Um é Van Persie, atacante do Arsenal, existe muito boa gente que não lhe vê capacidades para estar entre os melhores do mundo, pessoalmente acho que o seu nome devia estar mais vezes entre essa "elite". Outro é Pato, Alexandre Pato. Numa altura em que o AC Milan se encontra em crise desportiva e provavelmente financeira, e que busca alguém dentro do campo que simbolize o que é ser rossonero, e que já agora resolva jogo, Pato, mantém aquilo que o levou ate Milão...a arte de fazer golos. E agora com o condão de serem decisivos.
Pirlo e Seedorf demoraram cerca de 60 minutos a encontrar o caminho que poderia levar a bola À baliza do Real Madrid, mas quando perceberam, rapidamente entenderam que Pato era o homem a quem dar a bola...
E como esta grande Pato, ainda mais rápido, ainda mais criativo, ainda mais forte, mais matador.
No terreno da equipa mais galáctica do planeta, Alexandre fez questão de se reapresentar aos mais desatentos. Sou pato...Alexandre pato...(e dos melhores do mundo)


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Itália 90…9+2 e Cabo das Tormentas

Vi com redobrada atenção o Uruguai Argentina, que decidia a 4ª vaga directa do continente Sul Americano para o Mundial do ano que vem.

Quando vi a equipa titular Argentina apercebi-me logo que Maradona apostava no contra ataque, e mais convencido disso fiquei, quando me apercebi que quer Di Maria, quer Jonas Gutiérrez, tinham ordens para dar um grande apoio aos laterais dos seus respectivos lados, defendendo quase como laterais, permitindo a estes dar apoio á dupla de centrais. A este facto temos que juntar que os dois médios eram os dois de características mais de contenção, do que de criação (Veron e Marcherano). Ou seja Maradona repescou para este jogo o 9+2, com que a Argentina chegou á final do Itália 90. Messi e Higuain eram as duas ilhas no deserto ofensivo alvi celeste.
Duro ver a Argentina jogar assim, quando tem como jogadores seleccionáveis, Lucho, Aimar, Tevez, Aguero…ou Riquelme (que mesmo em fim de carreira dava jeito a muito boa gente).

Messi é um jogador triste nesta equipa, para além de ter que contar com marcações cerradíssimas, sempre que recebe a bola, olha para diante e a sua frente vê um deserto de camisolas Argentinas com cerca de 40 metros. Tem que temporizar e esperar pelos apoios, ou então enfrentar constantemente os seus múltiplos opositores directos.
Apercebi-me da sua tristeza ao ver estes 2 jogos, o de sábado e o de ontem, chegando ao ponto que quase não ter aparecido nas imagens dos festejos da qualificação, e mesmo quando a sua fugaz imagem apareceu, a introspecção e a falta de expressão de contentamento eram a sua imagem.

Portugal e a qualificação para o Play off?
Demérito da Suécia ou mérito nosso? Essa é para mim a questão que há-de ficar, depois de jogos irregulares, exibições desastrosas, resultados negativamente surpreendentes.
A Suécia teve o pássaro na mão, “bastava” ganhar á Dinamarca, porém não o conseguiram fazer. Porém o que escrevi anteriormente sobre a nossa fase de qualificação serve também para os Suecos (jogos irregulares, exibições desastrosas, resultados negativamente surpreendentes). Acabamos por ser um ponto menos negativos que os Suecos e isso valeu-nos a qualificação para o Play off…ainda não chegamos á África do Sul…mas será que já passamos o cabo das tormentas?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Inglaterra de Capelo e o seu eixo central

Vejo os últimos 5 minutos do Inglaterra 5 Croacia 1, e vejo uma Inglaterra a fazer posse de bola, segura circulação de bola, de pé para pé, procurando calma a pacientemente o momento para atacar a baliza. È certo que o resultado lhe confere essa tranquilidade, mas Capello deu outra alma á “selecção da rainha”.
A grande diferença desta Inglaterra, está no posicionamento de 3 jogadores, Gareth Barry á frente do quarteto defensivo, médio de 28 anos agora no Manchester City, que vê finalmente reconhecido o seu valor em termos de selecção. è ele a par de Lampard que definem tudo na equipa, que ritmo impor, se jogam mais curo ou mais apoiado, são eles que queimam linhas na transição, são eles os patrões no meio do campo da equipa. Gerrard ocupa a posição atrás dos ou do ponta de lança, o que permite-lhe jogar em função dos espaços deixados por estes no campo, entrando de trás, aplicando a sua visão de jogo ou o seu poder de finalização. A colocação de Gerrard nesta posição permite também á equipa pressionar alto quase na saída da bola. Terry atrás no sector defensivo é o líder de uma defesa que ainda lhe falta Ferdinand.
Ou seja a Inglaterra percebeu que dominando o eixo central do relvado, domina o jogo, assim Terry, Barry, Lampard; Gerrard e Rooney , são as principais peças de uma maquina que começa a ficar muito bem oleada.
Porem dominar o eixo central não quer dizer jogar pelo eixo cental, assim Aron lennon ou Defoe, dão a largura necessária a qualquer equipa.

Maradona....e saber defender...

“Por tudo isto, encaro com receio e desconfiança esta nomeação! Temo que Maradona, ainda não tenha ultrapassado, 10 anos depois, a fase do jogador, do ter de deixar de fazer aquilo que melhor sabe e gosta, de não ter a atenção totalmente centrada em si, quanto a mim, um dos vários motivos que o conduziram aos caminhos que percorreu!Encaro com receio esta nomeação também pelas palavras de Corrado Felaino, com que abro este post, Maradona só poderia ser treinador de uma equipa onde jogasse o próprio Maradona. E muitas vezes é mais fácil dirigir estando dentro das quatro linhas, as mensagens chegam muito mais depressa, do que quando vindas do banco. Messi e Riquelme são grandíssimos jogadores, predestinados, mas Maradona nunca lhe poderá pedir que sejam Diego dentro do campo, podem se aproximar, mas nunca o serão Diego. Sentirá-se frustrado quando pedir aos jogadores para fazerem isto ou aquilo, jogarem desta ou daquela forma, e perceber que eles não o conseguem fazer. Explodirá, dirá o que deve e o que não deve, entrará em conflito com esta ou aquele jogador, e virá Bilardo acalmar as coisas!”

Estas foram as minhas palavras a 31 de Outubro de 2008, aquando da nomeação de Diego Maradona como seleccionador Argentino.
Quase um ano depois, e uns quantos jogos de apuramento para o mundial 2010, venho aqui reconhecer que os piores receios se concretizaram (tirando o facto de Diego ainda não ter explodido no banco, onde mantém quase sempre uma imagem de sofrimento, muito sofrimento).

Vamos por partes, se no ataque como escrevi recentemente continua a faltar um ponta de lança com características diferentes de Aguero ou Tevez, alguém mais próximo dos aqui recordados Batistuta e Crespo.

No meio campo, sempre pensei que com Maradona como treinador, as suas equipas tentassem tocar mais a bola, jogar mais apoiado, com passe e desmarcações rápidas. O que tem acontecido é que principalmente por responsabilidade de Veron, procura-se muito as costas das defensivas adversárias, que contra equipas com bloco baixo, como tem acontecido anula em muito a qualidade técnica dos homens da frente.

Alguém me consegue dizer o nome de um central argentino de classe mundial nos últimos 30 anos? Por mais que pense não encontro nenhum?
A Argentina de Maradona defende muito mal, ou melhor os seus jogadores das posições defensivas comentem erros demasiados infantis para serem verdade em alta competição, basta olhar para os 3 golos sofridos frente ao Brasil. De toda a defesa só Zanetti dá garantias, Heinze (não entendo como consegui chegar a grandes clubes mundiais), Pappa Otamendi são horríveis, Coloccini, menos mau, mas…

E certo que uma equipa quando defende, defende como um todo, mas normalmente os golos tem surgido por falhas individuais de jogadores das posições defensivas. Para quando uma defesa com a mesma qualidade do resto da equipa , ou a defenderem correctamente.



Com tudo isto, os Argentinos correm o risco de ficarem fora do mundial, e fica provado que Diego, nunca deveria ter saído da imortalidade dos relvados, para a guilhotina do lugar de treinador

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Kaka, Ronaldo e Messi, que jogadores depois dos 30

Se um jogador atinge normalmente o auge da sua condição atlética e maturidade futebolística, entre os 26 e os 29 anos, olho para as idades aqueles que são considerados os 3 melhores da actualidade, e tento perceber o que são neste momento, e o que poderão acrescentar ou retirar do seu futebol num futuro próximo.

Kaka agora com 27 anos, é o único dentro da idade dita do “auge” do máximo das suas capacidades, mas desde cedo revelou o que seria o seu futebol, por esta altura.
Jogador criativo, de explosões, arrancadas, de drible fácil, de muita visão de jogo e de elevada capacidade de passe. Tudo isto cimentado pela sua robustez física natural, que muitas vezes faz uso para fugir aos seus caçadores em campo. Mas com a bola nos pés este Brasileiro sempre foi classe pura. Kaka já fazia tudo isto com 22 anos (idade de Messi por exemplo), o que Kaka ganhou ao atingir o auge, foi capacidade de gestão de ritmos de jogo, que lhe permite agora aproximar-se muito do que é o número 10 moderno, ou de aquilo que muito treinadores idealizam como o 10 moderno (Rui Costa e Seedorf, tiveram a sua cota parte de participação neste processo).

Kaka depois dos 30?
Será cada vez menos um jogador de esticões no jogo, de arrancadas, acelerações, será cada vez mais um pensador, aproximar-se-á muito do que foi Zidane por essa idade. O futebol da sua equipa passará todo por si no processo ofensivo, ao contrário do que acontecia por exemplo no Milan, onde Kaka era solicitado para dar velocidade ao jogo. Talvez sinta necessidade por essa altura de jogar uns metros mais recuado, para melhor ver o campo, melhor ler o jogo, melhor desequilibrar, em tabelas, em drible ou em passe.
Aquli que é Kaka hoje em Madrid é a antevisão do que será o Brasileiro depois dos 30, em termos quer de posicionamento, que de solicitação de jogo.

Ronaldo agora com 24, todos sabem é um criativo, velocista, tecnicista, driblador nato. Durante muito tempo teve a linha como sua melhor amiga, entretanto foi aparecendo em zonas mais de finalização e começou a tornar-se goleador, mantendo intactas as suas características, principais. Ganhou também compleição física, que o ajudou a suportar melhor os confrontos físicos.

Ronaldo navegará pelos 26 aos 29 anos, como um avançado que permitirá diversas soluções ao seu treinador, jogando como avançado ou como extremo, e provavelmente ganhará inteligência para perceber quando deverá ser extremo e quando deverá ser apoio do ponta de lança.

Ronaldo depois dos 30
Penso que depois dos 30, Cristiano cada vez mais tenderá, para ser um segundo ponta de lança, e ter contactos esporádicos com aquela que foi no seu inicio de carreira a sua melhor amiga, a linha. Será uma versão melhorada de Raul, porque é mais robusto, e apesar de tender a perder velocidade de ponta de aceleração, manterá a velocidade de execução rápida e espontânea, necessárias nas zonas de finalização. O seu perfil nunca será o de um pensador, de algum gestor de ritmos de jogo, ficará eternamente preso aquilo que os que jogarem atrás de si (médios), lhe poderão proporcionar em termos de jogo, de bolas jogáveis.
Não o vejo com as mesmas capacidades de jogo que Luís Figo por exemplo, que por ter passado tantos anos agarrado á linha, conheceu-lhe todos os segredos, de como a partir dela, se tornar um pensador de todo o jogo de uma equipa.
Messi agora com 22 anos, é tudo o que se sabe, criativo, velocista, tecnicista, driblador nato e…pensador. Pode ser extremo, que serve para golo ou vai para golo sozinho, avançado que tranquilamente finaliza, ou jogar como 10, se como é o caso tiver alguém que lhe leve a bola até as zonas de decisão (Xavi e Iniesta).
Falta-lhe físico, dirão alguns, pergunto-me para quê se essa é uma das suas armar, a capacidade com que aparentemente frágil, é certamente ágil, foge, tabela, acelera, dribla.

Pergunto-me se Messi atingirá o daqui a 4/5 o seu “auge” de condição atlética e maturidade futebolística, sinceramente espero que sim, relegaria Maradona Para 2º melhor jogador de todos os tempos, e tiraria um peso de cima á FIFA, mas caso isso não aconteça que se deixe ficar como está, precoce em tudo. Uma característica certamente Messi ganhará nessa idade, capacidade de gestão de ritmos, por vezes percebe-se que são Xavi e Iniesta que lhe contem a sua vontade de aceleração constante de jogo, e mais ainda se nota quando está ao serviço da sua selecção, onde não tem estes dois gestores do jogo e da bola. Acredito que com a idade Leonel ganhe isso.

Messi depois dos 30, poderá fixar-se nas costas dos avançados, ou mesmo como avançado, jogando um jogo que muitas vezes Guardiola, gosta de o fazer jogar, “o Jogo da ilusão”, jogando com falso avançado, que sairá constantemente da zona dos centrais para os iludir, e os atrair para zonas que não as suas. Talvez perca alguma agilidade para fugir as marcações mas compensará com um ainda melhor conhecimento de todos os terrenos que pisa.
Obviamente Messi poderá ser 10, jogar a 10, e acho que é ai que todos nós o vamos gostar de ver, relembrando os antigos números 10 que tendem a desaparecer, um 10 mais clássico que Kaka, aquele 10 que qualquer treinador obrigatoriamente deverá dar liberdade no campo, para criar, desequilibrar, brincar como “El Diez” Maradona o inspirou.

C.Ronaldo que terrenos pisar neste Real?


Este fim de semana estive a ver com especial atenção o 1º embate do Real Madrid para o campeonato Espanhol. Acompanhei com muita curiosidade as movimentações de Cristiano Ronaldo pelo campo.
O Real é actualmente uma tentativa de criação de uma equipa de futebol ofensivo, para isso foram contratados 3 dos melhores jogadores do mundo, Ronaldo, Kaka, Benzema.

Se para Benzema o papel esta facilitado, por ser um avançado / Ponta de lança, sabe que deve jogar fixo na área mais ponta de lança, menos avançado, esse papel por agora é dado ao eterno Raul, que se movimenta nas suas costas, partindo dai para dar os apoios e fazer a ligação entre médios e Benzema. O Francês joga fixo e raramente cai nas linhas, não é esse o seu papel neste Real. A si está-lhe atribuída a função de concretizar, de “matar”, em golo as bolas que sucessivamente poderão aparecem na área.

Kaka, será o cérebro criativo da equipa, pede-lhe que não seja o jogador de que actuava no Milan, que dava esticões no jogo, que constantemente acelerava, para servir os avançados ou que enfrentava sozinho cerradíssimas defesas: essa Kaka, poderá e deverá aparecer mais nos jogos fora do Bernabéu. Kaka numa suposta posição 10, será o pensador, o criativo (Xavi Alonso mais organizador posicional da equipa), o homem do ultimo passe ou de passes de ruptura normalmente para os avançados Raul e Ronaldo ou para qualquer outro jogador que procure movimentos de ruptura.

Toda esta introdução para chegar ao posicionamento de Ronaldo em campo. Dos jogos que tenho visto o Real Madrid jogar, parece-me haver uma indefinição do que é pedido ao 9 Madrileno. Jogar como extremo aberto, ou como avançado interior?. Passo a explicar. Jogando Ronaldo com extremo típico, aberto a toda a largura do campo, o que tem acontecido é que ao receber a bola, o Português normalmente não tem apoio imediato, Raul move-se perto de zonas mais centrais, Kaka nem sempre se consegue libertar das marcações a si impostas pelos médios adversários, Benzema pouco sai da área, e o lateral do lado onde normalmente está CR9, talvez para manter os equilíbrios da equipa pouco ou nada soube no terreno, mesmo Marcelo que é lateral de vocação ofensiva. Ficando constante exposto a situações de 2x1 defensivos. Jogando como avançado interior, afunila, para zonas onde as marcações são ainda mais cerradas, e onde o seu futebol de explosões, de arrancadas, de pequenas acelerações não consegue aparecer. Ronaldo acaba por ter até mais tempo a bola nos pés de que quando jogava em Manchester, acontece é que normalmente não a recebe em zonas propicias para si e para o seu tipo de jogo.

Penso que esta posição entre extremo e avançado interior, será uma forma de tentar com que também Ronaldo jogue perto da baliza, para também ele chegar ao golo, não só de penalty, a pressão de 94 milhões de euros, terem que fazer golos, também de penalty mas não só de penalty. No entanto esta indefinição posicional, limita o futebol de Cristiano.
Manuel Pellegrini, deverá rapidamente, perceber, que ou Ronaldo joga a extremo puro, para o fazer regressar ás origens do seu futebol, feito de velocidade, desequilíbrios no 1x1 ou mesmo 2x1, assistências e finalizações, aparecendo em diagonais largas saindo da linha lateral para aparecer entre o central e o lateral, e para acima de tudo, lhe retirar a pressão dos golos. Ou então o técnico terá que retirar o 7 Raul, e colocar CR9 na ligação entre Kaka (médio criativo) e Benzama (ponta de lamça), como avançado deambulando a toda a largura da frente de ataque. Podendo assim fugir mais as marcações e beneficiando mais dos passes a desmarcar de Xavi Alonso e Kaka.

Para mim neste momento antes de ser um problema de entrosamento ou adaptação, é essencialmente uma problema posicional e de dinâmica de equipa que afectam o futebol de Ronaldo no Real Madrid. Enquanto Pellegrini não for claro com o que pretende do Ronaldo no campo, o muito futebol que tem nos pés não explodirá. Só bem posicionado, poderá ser bem utilizado.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Recordando - Gabriel Omar Batistuta


Numa altura em que Sporting e Fiorentina se defrontam, recordo um avançado que deixou saudades não só em Florença, mas também na selecção Argentina. Gabriel Omar Batistuta. Curiosamente recordo hoje “Batigol” não pela Fiorentina, mas ao ver o golo de Aguero contra o Panathinaikos, recebeu a bola á entrada da área, driblou e rematou cruzado. Este é o estilo de quase todos os grandes avançados Argentinos actuais. Mobilidade, baixo centro de gravidade, facilidade no drible, capacidade de explosão em velocidade, matadores na área, não vivendo dentro dela. Assim de repente perfilam-se o já referido Aguero, Tevez, Messi e até mesmo Lizandro Lopes. Batistuta tinha algumas desta virtudes, explosão em velocidade para rematar, matador dentro da área, mas vivia dentro dela, a isto juntava a sua força natural e uma capacidade de impulsão fantástica. Era um ponta de lança, não um avançado, mas um ponta de lança, um matador, não um avançado móvel que criava desequilíbrios com a sua movimentação, mas sabia viver no limite do fora de jogo, como poucos. Golos era a sua arte, e fez muitos por todos os lados por onde passou, Newell´s Old Boys, River Plate, Boca Juniores, Fiorentina (9 épocas), Roma e Inter. Depois de si, Crespo fez o mesmo papel na azul celeste, mas com a sua saída, a selecção das “Pampas”, tem agora uma legião de “ratos” que tem um estilo muito, mas muito diferente deste verdadeiro bombardeiro.

PS: Neste video só estão golos pela Fiorentina e pela roma, mas em todo o lado foi assim

Diz-me o teu banco e dir-te-ei que equipa tens!


Na quinta época em Alvalade, Paulo Bento sempre esteve habituado, a não ter grandes soluções no banco, foi tendo ao longo deste anos, um ou outro jogador que num melhor momento de físico e psicológico, entrava para mexer com o jogo, tendo a sorte ou saber, para marcar golos decisivos. Foram os casos de Vukcevic, Derlei, por vezes Postiga e raramente Djaló ou Romagnoli.

Hoje em Florença, num dos jogos mais importantes (por diversos motivos) da era Paulo Bento no Sporting, quase que adivinho, o pensamento do treinador.
Para Bento hoje difícil não é escolher que joga, difícil será escolher caso as coisas, no campo não estejam a correr bem á equipa?
Com Caicedo, Postiga e Izmailov lesionados ( o ultimo desde o final da época passada), com Vukcevic castigado, sobra-lhe como opção, para tentar algo mais no jogo….Carlos Saleiro (alguém se lembrava que ele fazia parte do plantel Leonino?). Hoje é maior arma ofensiva, que estará no banco.

Sempre fui da opinião que Bento fez milagres nos últimos anos, com os planteis que “consegui-o” ter, que a SAD Leonina lhe consegui-o proporcionar, mas actualmente está espremido ao máximo, á muito que atingiu o máximo do seu rendimento.
A maior prova disso serão, os elementos que estarão sentados no banco de suplentes: Tiago, Pedro Silva, André Marques, Tonel, Rochemback e Saleiro. Como uma equipa não são, apenas os 11 elementos que jogam, é caso para utilizar a expressão que dá titulo a este post, diz-me o teu banco e dir-te-ei que equipa tens.

Esperemos que Bento não tenha que recorrer ás suas quase nulas opções ofensivas no banco, para ter que ganhar o jogo de mais logo á noite.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Golo da semana em Portugal


Original Video- More videos at TinyPic

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Sporting vs Fiorentina

Tive oportunidade de ver ao vivo o Sporting Fiorentina, da passada terça feira. E mal o arbitro Viktor Kassai, apitou para o final do encontro, ouvi da boca de um adepto Sportinguista esta expressão que me deixou logo intrigado com o que seria dito e escrito sobre este jogo. “Epá hoje jogamos bem!”. Chegado ao carro, ouvi um dos comentadores da Rádio Renascença, expressar a mesma ideia, e para terminar os diários desportivos do dia seguinte, voltaram a reforçar essa ideia.
Perante este quadro voltei a colocar ao meu colega Eduardo que me acompanhou no jogo, a mesma questão que lhe coloquei enquanto ouvíamos os comentários radiofónicos na noite anterior. Será que nós os dois vimos um jogo diferente dos restantes 30 mil espectadores?

O que eu vi foi um Sporting atrevido nos primeiros 5 minutos de jogo, dando a Frey de brilhar por uma vez, nos restantes 40 minutos de primeira parte uma Fiorentina que calmamente CONTROLOU o jogo, e colocou em campo processos ofensivos muito simples, tabelas curtas, seguidas de mudança de flanco. Foi numa dessas venenosas jogadas que Vargas marcou o 1º golo, no segundo remate Viola á baliza.
Por essa altura já emergia no jogo um menino, chamado Montolivo (numero 18), médio centro da Fiorentina. Que jogador, sentido posicional fantástico, enorme leitura de jogo, que lhe permite sem grande esforço, estar onde a bola vai cair, para as ganhar sem oposição, qualidade de recepção e passe. Um pouco mais de criatividade e teríamos Pirlo, conhecem?.

Portano ao intervalo a Fiorentina ganhava, e ganhava bem porque tinha sido a melhor equipa, e a que melhor jogou como equipa. No Sporting apenas Daniel Carriço (andou a dobrar todos os seus colegas da defesa) e Miguel Veloso conseguiam sobressair, este ultimo muito em parte, pela deficiente participação defensiva de Mutu (aliás o Romeno veio passear a Lisboa, não demonstrando nada do que o faz ser um dos bons avançados mundiais.

No inicio da segunda parte, o Sporting apareceu melhor, pelo menos mais agressivo, e ocupando melhor os espaços do campo, muito por culpa do estoiro físico que muitos dos jogadores viola deram. Primeiro jogo oficial da Fiorentina e menos duas semanas de treino em relação ao Sporting.
Veloso continuava ao mesmo nível, Moutinho subiu ligeiramente de produção, e Matias Fernandez aparecia a espaços no jogo, sentia-se que mesmo não jogando bem, o Sporting mostrava vontade de fazer melhor. Na primeira oportunidade Vukcevic empatou e fez o que todos sabemos, expulso, segundo amarelo por tirar a camisola nos festejos do golo.

A preocupação da Fiorentina era agora arrefecer o a tal vonatde do Sporting, retirando-lhe a bola, tentando fazer posse de bola, mas a já referida deficiente condição física, aliado ao cansaço mental, retirou-lhe lucidez.
Mérito do Sporting que pressionou. Foi numa jogada desse género, tentativa de posse de bola da Fiorentina, erro infantil de um dos laterais, ataque rápido do Sporting onde surge para Miguel Veloso a fazer um grande golo de fora da área. Com o balanço o Sporting teve mais uma ou outra oportunidade de fazer 3-1, Liedson teve nos pés, mas não o fez, voltando a surgir Montolivo no jogo, voltou a unir a equipa, voltou a fechar espaços, voltou a dar critério e escondeu a bola e o jogo.
Ao mesmo tempo que o internacional Italiano voltou a tomar as rédeas do jogo, apareceu um outro “menino”, Jovetic, que entrou para o lugar de Mutu: Se com Mutu Polga ainda foi disfarçando o seu mau momento, Jovetic acrescentou algo que faltava ao ataque Viola, no segundo período, por desaparecimento no jogo de Vargas, dinâmica, mobilidade, ligação entre os médios e Gilardino.
Assim sendo ao minuto 78, Gilardino mostrou toda a sua qualidade, (na 1ª bola de golo que teve), recepção dificílima, finalização complicada, golo. Até ao fim realce apenas para o golo feito desperdiçado por….JOvetic.

Compreendo o porquê de todos os Sportinguistas terem ficado mais satisfeitos com a exibição e o porquê da impressa, ter passado a ideia de bom jogo do Sporting.
Os adeptos perante o que tinham visto futebolisticamente, neste jogo viram pelo menos mais vontade, e um pouco mais de “equipa” em campo. A impressa, fez o seu papel, de elevar a moral das tropas, por sabe o quanto é importante Portugal ter equipas nas fases de grupo quer da Liga dos campeões, quer da liga Europa. é que a este ritmo, dentro em breve Portugal terá 2 equipas nas competições europeias.

Ps: O Arbitro não esteve bem prejudicando o Sporting na analise de alguma situações, tendo influencia no decorrer do jogo. No entanto não prejudicou no resultado.


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Milagres existem...


Minuto 80 de jogo, tiro os olhos da televisão, e olho para a pessoa que comigo estava a ver o jogo, e digo “o Sporting vai marcar no último minuto”.
Minuto 90 a pessoa que estava a ver jogo comigo, pergunta-me “ainda acreditas que o Sporting vai marcar?”. Resposta “ como o jogo está, sim!”
Minuto 95, golo do Sporting. Essa pessoa olha para mim, e como pouco percebe de futebol, faz uma pergunta inocente, “o jogo não é em directo?”, antes de eu responder, logo dispara “como é que sabias?”

À coisas que quem vê futebol á muito tempo sente, ou pré-sente.

Não concordo com Paulo Bento quando diz que o Sporting mereceu passar esta eliminatória, vi com atenção os dois jogos e o Twente, com 11 elementos foi sempre melhor que o Sporting, mais organizado, melhor disciplinado, mais equipa.
Como fica então do sorteio de 6 feira na suíça?
Steve Mcclaren aos 59 minutos abdicou do jogo, quando tirou Perez, o homem que marca o ritmo ofensivo. Trocou por Tioté, musculo, altura, pior a atacar, melhor a defender. Defender, foi precisamente isso que a equipa pensou quando viu o Costa Marfinense em campo. Há substituições que mesmo não tendo como obejectivo defender, fazem as equipas terem esse pensamento. Foi o caso. Mcclaren e Kufo (avançado do Twente) quem não mata morre, o avançado Suiço pode ser forte, pode ser lutador, mas não é concretizador, falhar tantas bolas de golo dentro da área, numa eliminatória deste nível?!…! Ao contrário e a perder Bento largou a rigidez, e deu força, velocidade, querer e… talento! Talento de Vuc e Caicedo. Literalmente, “obrigaram” os seus colegas a acreditar, que era possível, mesmo não jogando bem. Os dois, não fizeram uma equipa, mas juntaram a equipa.
Depois deu-se o milagre.


terça-feira, 4 de agosto de 2009

Porto – em busca de 5º consecutivo


Vencedor do campeonato da época transacta, este é mais um defeso em que os adeptos portistas viram partir alguns dos jogadores mais importantes, nada que os preocupe, já em outros anos foi assim e a equipa o clube, continuou a ganhar. Muitas vezes de forma pouco clara (normalmente onde há fumo, há fogo), mas continuou a ganhar.
Jesualdo viu renovado o seu contrato com a estrutura azul e branca, e viu partir Lucho, Lizandro e Cissokho, outros também foram para outras paragens, mas perdas de muito menor importância que os atrás referidos. Aguarda saber se poderá com Bruno Alves.

Baliza – Garantia de qualidade interna

Helton partirá em vantagem, no entanto principalmente Beto estará de olhos bem abertos, e dentes afiados para á 1ª ou 2ª falha do Brasileiro saltar para o 11. Helton sabe que parte em vantagem, mas se adormece. Nuno terá uma ou outra oportunidade num jogo mais fácil numa qualquer competição, taça de Portugal ou da Liga.

Defesa – Ter ou não ter Bruno Alves.
Actualmente a incógnita de ter ou não ter Bruno Alves na defesa Portista certamente incomoda os adeptos, Rolando tem qualidades, mas ainda não é líder de um sector defensivo, Maicon chegou de novo, e Nuno André Coelho, ao minuto 57 do F.C. Porto vs Estrela da Amadora da época passada, perdeu toda a credibilidade como jogador de futebol, mas isso são outras questões.
Boa contratação a de Álvaro Pereira a lateral esquerda deverá ser sua, Miguel Lopes terá que lutar muito para conseguir lugar no 11 assim como Benitez e Sapunaru, Fucile se as lesões não o afectarem, deverá ser 1ª opção para a lateral direita.

Meio campo – Ao ritmo do tango Sul Americano
Das actuais 9 opções de Jesualdo para formar o seu meio campo, 5 são Argentinas, ao que temos que acrescentar mais uma Uruguai (Cristian) uma Brasileira (Fernando) e uma colombiana (Guarin). Com a saida De Lucho, abriu-se uma vaga importante na mecanização, no pensamento, na marcação do ritmo, na disciplina táctica. Belluschi foi o primeiro a chegar e já mostrou que pode, obviamente com outras características, ser esse jogador, tem tido carta branca de Jesualdo, e tem sabido aproveitar. Valeri chegou posteriormente, e também ele nas suas características é concorrente ao lugar, confesso que ainda não o observei com a devida atenção, mas parece-me partir á frente de por exemplo Tomas Costa. Mariano, ganhou durante a época transacta alguns pontos na equipa, veremos se consegue consolidar mais minutos de utilização. Prediger chega para fazer não dormir Fernando, veremos se lhe roubará ou não o lugar. Cristian Rodriguez dá garantias seja qual for o sistema táctico que o Professor opte por utilizar. Palavra final para Raul Meireles, titular indiscutível, por enquanto nada nem ninguém lhe tirará o lugar.

Ataque: Hulk onde jogará…?
Se há uma certeza no ataque portista, essa certeza é Hulk. Seja a jogar na ala, seja a jogar como avançado centro Hulk com a saída de Lizandro, ganhou o estatuto de figura central. Chegaram Varela, que dá opções para jogar ou com dois avançados ou na ala, Falcão, que deverá ser opção quando Jesualdo quiser jogar com 2 avançados, ou encostar Hulk a uma das ala, e Orlando Sá, que deverá ser o elo mais fraco a par de Farias (caso fique). Consta que Jesualdo que mais um avançado, ou melhor dizendo mais um ponta de lança, alguém que jogue um pouco mais a imagem do que Cardozo faz no Benfica.

A minha visão global até ao momento.
Jesualdo ainda esta em fase de estudo, de reflexão, do que pretende ter e o que tem. A equipa vai ganhando na pré época o que mantém os adeptos tranquilos, mas o fantasma do mau inicio da época transacta paira no Dragão, Principalmente no eixo central estará a mais valia Portista, dupla de centrais (Bruno Alves Rolando), Meireles – Belluschi, Hulk. Aqui há que incluir Cristian Rodriguez, todos os outros lutarão por um lugar ao sol.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Sir Robert William Robson.


Pausa na bola que rola dentro do relvado…Morreu Sir Robert William Robson. Morreu um dos nossos, morreu um dos homens do futebol. Faltam-me palavras para escrever sobre alguém que nunca conheci pessoalmente, mas pela carreira que acompanhei desde o México 86, pela postura, pelas palavras, pelo modo apaixonado como vivia e falava do jogo, aprendi a admirar.
Felizmente nós Portugueses, tivemos a sorte de o ter tido durante 4 anos em Portugal, no Sporting e no Porto. Humilde na vitória, sincero na derrota, marcou um estilo, como treinador. Títulos os suficientes para constar na categoria dos notáveis.
Não era Português, mas marcou Portugal. Figo, Fernando Couto, Capucho, Vítor Baia e Mourinho que o digam.
Pausa no jogo que morreu um dos nossos.

Faltam-me palavras…Até sempre Sir…

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sentimento de adepto e Mistica

Este Post foi escrito para um outro blog que detenho, e cujo tema é mais generalista.
Mas achei que também o deveria publicar aqui.
Este defeso (assim se chama o período de pausa entre o fim de uma época futebolística e o inicio de outra), os adeptos do Manchester United viram partir, a troco de 94 milhões de euros Cristiano Ronaldo, para o Real Madrid, os adeptos do Inter viram partir por 66 milhões de euros Zlatan Ibrahimovic, para o Barcelona, e os adeptos do A. C. Milan viram por 65 milhões de Kaká rumar também ele ao Real Madrid. È certo que Kaká foi vítima da necessidade de venda do clube Milanês, e ele sempre afirmou que por ele ficava em Milão o resto da sua carreira desportiva.

Que sentiram os adeptos do Manchester, Inter e Milan? Tristeza? Magoa? Ingratidão? Traição? Afinal qualquer um dos 3 era intocável no coração das imensas legiões de adeptos que qualquer destes clubes arrasta, qualquer um era idolatrado, quase ao nível dos deuses do Olimpo. Não acredito que esses mesmos adeptos consigam desejar o melhor para estes 3 atletas.

No lado oposto leio que Totti renovou contrato com a Roma, e que Steven Gerrard trocaria todas as medalhas, por ganhar o título em Liverpool. Os seus adeptos principalmente os mais antigos, pensam tal como eu penso, ainda restam alguns jogadores á antiga, jogadores que só vestiram uma camisola em toda a sua carreira, duas no máximo e que se dedicaram a uma causa, passaram 7,8 9, 10, 15, anos no mesmo clube, não cedendo á tentação de trocar de clube, para poderem ter mais uns quantos mil euros na conta, é certo que me poderão sempre perguntar, a que preço (aumento salarial) de deveu essa fidelidade clubistica? Jogadores como Totti, Gerrard, Raul, Giggs, Paul Scholes, Del Piero são exemplos pelo fazem sonhar os seus adeptos, são exemplos pelo que fazem enquanto profissionais, são os exemplos raros de jogadores de equipas top mundial, que não trocaram os seus adeptos, por mais uns quantos mil eurozitos nas suas já chorudas, contas bancárias. Pelo que são em campo e fora dele merecem todos os aumentos salariais que os seus clubes lhes possam proporcionar.

È por este lado oposto, que me ponho na pele de adepto do United, do Milan ou do Inter e penso que os adeptos do United chorarão mais a despedida de Giggs, do que a venda de Cristiano, que o puro adepto Milanista sente mais magoa por não poder ver mais Maldini com a sua camisola, que a partida contrariada de Kaká, e que o adepto do Inter recordará num futuro Ibra, mas trará sempre Javier Zanetti no coração pelos já 15 anos, que se juntou a causa.

Somos assim, adeptos! Identificamo-nos com quem sentimos que se identifica connosco e com os nossos sonhos, ama-mos de forma irracional (no geral), os nosso clube, e sentimo-nos, traídos, magoados, tristes, quando aquele que pensávamos ser um dos nossos se vai, só por dinheiro. Entendemos quando parte para algo melhor, para outro clube com mais ambições, onde a sua evolução possa ser maior e melhor, mas sermos trocados por dinheiro! Não isso não, isso não entendemos e não perdoamos.

Ps: Acabo de reler o que escrevi, e pergunto-me agora se não será a verdadeira mística dos clubes, ter muitos desses jogadores, dos não mercenários, para transmitir aos jogadores mais novos, e aos novos que chegam, os sonhos dos adeptos, os cânticos dos adeptos, os sentimentos dos adeptos, porque ser adepto do Benfica não é igual a ser adepto do Porto, ser adepto do Sporting não é igual a ser adepto do Belenenses, apesar do SENTIMENTO base ser o mesmo…Amar o clube.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sporting – Que juba terá o leão.


Quatro anos, quatro segundos lugares em 5 épocas de Paulo Bento no comando do futebol sénior leonino.
A minha questão é se caso se volte a repetir essa posição, a satisfação dos adeptos Leoninos se manterá?

O defeso foi relativamente tranquilo em Alvalade, apesar das eleições, que previsivelmente foram vencidas por José Eduardo Bettencourt, que antecipadamente anunciou Paulo Bento para continuar a ser o treinador da equipa de futebol.
Bento terá ficado entre o dilema de renunciar ou continuar. Algo, Bettencourt terá dito a Bento para o convencer a continuar, mantendo uma equipa, que em minha opinião está espremida ao máximo, e que precisa urgentemente de lufadas de ar fresco que acrescentem qualidade. Bento e a sua equipa técnica certamente também o sabem, mas a promessa de dias melhores e de continuidade a longo prazo, fizeram Bento aceitar o pedido para continuar.

Nada de novo no esquema e nas dinâmicas de jogo do Leão, apenas a chegada de Matias Fernandez, para fazer o vértice ofensivo do losango, veremos se o Chileno conseguirá ser o médio pensador que Romagnoli só consegui ser em espaços das épocas que esteve em Portugal. A saída de Derlei, pela a sua atitude em jogo também poderá ser um ponto contra, mas chega Caicedo, com experiencia de liga Inglesa.

Baliza – Acabou-se a novela Stojkovic
Rui Patrício deverá ser o titular, Tiago e Ricardo Batista deverão continuar a treinar esperando as suas oportunidades. Este ano sem novela Stojkovic.

Defesa – Polga continuará a ser o “patrão” de um sector que está rotinado de tanto jogar junto, ao seu lado deverá se manter Carriço ficando Tonel á espera. Na lateral direita Abel e Pedro Silva deixam Bento tranquilo e na esquerda Caneira e Grimi, André Marques parte em desvantagem e não esquecer que também há para esse lugar….Miguel Veloso

Meio Campo – os suspeitos do Costume

Tirando Matias Fernandez, grande esperança leonina todos os restantes elementos são velhos conhecidos Adrien, Izmailov, Rochemback, Vukcevic, Veloso, Pereirinha e Moutinho. Confesso que acho que falta um jogador com características diferentes neste lote de médios leoninos, alguém capaz de dar esticões no jogo quando necessário, de todos os médios leoninos só Vukcevic está mais próximo disso.

Ataque Liedson e mais um.

Saiu Derlei, mantiveram-se Postiga, Djaló e claro está Liedson. Saleiro regressou mas não creio que vá ter muitos minutos, pois é um ponta de lança muito diferente do que Bento procura nas suas equipas (mobilidade). Chega também Caicedo, avançado possante que poderá ser um grande parceiro de Liedson , pela sua força e velocidade.

Bento na época passada quando em aflição no resultado, colocava um avançado no vértice ofensivo do losango, o que lhe garantiu alguns pontos em situações complicadas. Djalo e Postiga eram normalmente os eleitos, quando Bento queria utilizar esse palno de ataque.

Visão global.
A continuidade poderá ser a melhor arma leonina já que serão muito poucos os novos elementos a entrar no plantel. Volto a reafirmar aquilo que sempre disse em relação ás equipas de Bento, o seu maior mérito é a forma como não deixam jogar os adversários, depois, quando for a doer, com melhor ou pior futebol, as vitórias aparecerão, a duvida é se chegarão para deixarem de deter o titulo de vice campeãoes…?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Benfica, nova mudança, as mesma incertezas.


O 3º lugar da época passada, deixou os adeptos furiosos, e a SAD encarnada envergonhada, após mais um ano de expectativas frustradas, onde a conquista de uma Taça da liga não pagou o investimento feito naquele que era apontado como o melhor plantel da liga Portuguesa.

Num defeso conturbado, com manobras directivas para a reeleição de Luís Filipe Viera como presidente, num defeso onde rolou a cabeça de Quique Flores, como responsável pelos maus resultados desportivos, num defeso onde emergiu Jorge Jesus como o novo salvador, que trará para a luz o titulo que á 4 anos foge. Tudo isto faz-nos perguntar que Benfica esperar esta época 2009/10.

No momento que escrevo este texto o plantel encarnado não esta fechado e até 31 de Agosto muita agua pode transitar entre as pontes.
Jorge Jesus logo á chegada afirmou que o seu Benfica jogaria, mais que o Benfica de Quique. Pessoalmente na pré época, mesmo ganhando o Benfica continua equivocado no que deve fazer em campo, conforme os esquemas que apresenta. Cardozo e Saviola, com a sua qualidade individual disfarçaram isso mesmo.
Mas vamos por partes.

Baliza – Segurança precisa-se.
Muito se tem falado da necessidade de comprar ou não um Guarda redes, Quim foi durante muito tempo titular, Moretto teve o seu período com Koeman, Moreira também já teve as suas oportunidades para agarrar a baliza encarnada.
Com tudo isto o Benfica perdeu a sua referência na baliza, e os 3 mostram intranquilidade, Moretto é claramente o mais mal amado, mas quer Quim quer Moreira, vão ficando mal em alguma figuras, e alternando bons com maus momentos. Então há ou não necessidade de comprar mais um Guarda redes? Na minha opinião pessoal, sim, desde que seja muito melhor dos que já lá estão e que a sua titularidade não seja posta em causa, alguém que finalmente dê estabilidade na baliza encarnada. Em Portugal e em puro Lusitano, ninguém se apresenta, portanto a solução seria sempre alguém vindo de fora.

Defesa – Problemas laterais e Centrais para 10 anos.
Na época passada, Quique relegou Leo para o banco, dando o lugar ao “central” David Luiz, Leo acabou por sair, deixando saudades. È um lateral com as boas características do Brasileiro que o Benfica procura para a esquerda da sua defesa. Fez regressar Sepsi e adquiriu Shaffer como segunda escolha, após ter perdido Álvaro Pereira para o Porto. Nenhum deu ainda garantias que tranquilizem os adeptos encarnados. Do lado oposto Maxi Pereira é dono e senhor do lugar, dificilmente o contratado Patric, jovem e inexperiente, com maior facilidade para atacar que a defender, fará o Uruguaio perder o sono em relação ao lugar na equipa.
No centro da defesa, sorrisos largos na Luz, quer Luisão fique ou não no plantel David Luiz, Sidnei, Miguel Vítor e o júnior Roderick (boa confirmação do que já sabíamos e escrevemos aqui) dão garantias de qualidade para os próximos 10 anos.

Meio campo – problema central de leitura de jogo
Esta época a forma geométrica do meio campo encarnado prevê-se em losango, ao contrário clássico 4 em linha, com dois médios centrais e dois alas.
De destacar a mais que provável perda daquele que foi o dos maiores produtores de futebol de ataque encarnado Reyes, volto a dizer que na minha opinião pessoal foi dos melhores do Benfica na época transacta e deveria ter sido prioridade, veremos se terá sido ou não um erro. Ramires apresenta-se como o maior “achado” do ano, supostamente barato e antes de vestir de vermelho e branco, valor duplicado com convocatória e titularidade na selecção Brasileira. Outra questão que coloco é, em que posição jogará Ramires ou qual a melhor posição para ele jogar neste Benfica? Na direita do losango? Já voltarei a esta questão. Regresso de Fábio Coentrão (boa pré época até ao momento), aparições de Di Maria, e as constantes asneiras de Yebda e Carlos Martins. O Português seria o substituto natural da Aimar que jogará nas costas dos avançados, mas a Martins, falta-lhe conseguir dar a melhor sequencia ás jogadas, falta-lhe tomar as opções correctas, falta-lhe fazer fluir correctamente o jogo, ou seja falta-lhe quase tudo.
A questão que envolve o universo Benfiquista, é a de quem deverá jogar na chamada posição 6 do losango? Yebda, Ruben Amorim, David Luiz (pau para toda obra), ou um outro médio que seja contratado (fala-se actualmente de Javi Garcia do Real Madrid).
Para mim, e voltando á questão que deixei em aberto, sobre qual a melhor posição para Ramires neste Benfica, do que vi de Ramires parece-me claro que é quem deveria fazer a aquela posição. Não é um jogador de drible, é sim de passe e recepção, de dar apoios, de luta e combate, uma formiga que sabe dar sequencia as jogada. Parece-me que jogado naquela posição seria alguém com muita capacidade de entregar a bola aos restantes médios, em zona subida do campo, evitando principalmente que Aimar tenha que vir buscar a bola para organizar o jogo quase juntos dos centrais.
Aprecio muito Filipe Bastos, mas penso que o Benfica deveria empresta-lo para jogar uma época regularmente, caso não o faça, será o 3 ano em que o jovem brasileiro terá poucos minutos nas pernas. Palavra também para Urreta, ainda poucos minutos na pré época, mas sempre que entra mostra uma vontade enorme, é claramente um jogador prejudicado pelo losango, se bem que pode também jogar na frente, como avançado.

Avançados e esse estranho vicio de Cardozo

È claro e inequívoco Cardozo este ano será a primeira escolha para ponta de lança, continua com quase todas as limitações com que chegou a Portugal (melhorou muito o jogo de cabeça), mas continua também, (e para o caso é o mais importante), a fazer golos, muitos golos. Foi talvez o maior pecado de Quique, não será o 1ª erro de Jesus. A este “patinho feio”, o Benfica consegui juntar Saviola, diga-se o que se disser, é um jogador de inegável qualidade, e só jogou no Barcelona, Real Madrid, Sevilla e Mónaco. Um amigo meu Sportinguista disse-me no outro dia “ sou do Sporting mas gosto dos dirigentes do Benfica porque tentam trazer para a liga Portuguesa jogadores de renome internacional”. Saviola é um desses casos. E não será estranho irmos vê-lo, por vezes, no vértice mais adiantado do losango. A Nuno Gomes e Mantorras sobraram os momentos de aflição, os momentos que sejam precisos puxar pela Luz e os momentos das lesões. Se vier mais um avançado esses momentos serão ainda mais raros.

A minha visão global até ao momento.
Instabilidade na baliza, problemas na lateral esquerda e na posição 6 do losango, que num esquema de losango, sem ter laterais que sejam equilibrados defensiva e ofensivamente, e não ter um homem para ser a ancora da equipa com e sem bola, é desde logo um mau principio. O que “obriga” a equipa a jogar pelo corredor central, onde é mais difícil desequilibrar e onde se expõe mais aos contra ataques adversário em caso de perda de bola. A equipa não consegue fazer fluir o jogo e tem dificuldades em trocar a bola, apesar de existir uma preocupação de os jogadores jogarem juntos. Qualidade de finalização na frente o que garante golos mesmo quando não se joga bem. Muito trabalho de casa nos lances de bola parada, valeu pelo menos o torneio Guadiana.

Acho que a partir do jogo com o Atlético começará a definir e rotinar a pensar na competição, mas a pressão sobre Jesus, os jogadores é grande, sobre a SAD e Direcção ganharam um balão de mais 3 anos.
Benfica, nova mudança, as mesma incertezas.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Baliza como extensão do corpo

Por piada estive a fui espreitar o resumo do jogo Corinthians vs Fluminense. O resultado foi 4-2 para os primeiros. Não sabia quem tinha marcado os golos. Há jogadores de quem se diz que a bola é uma extensão do corpo, mas existe um, que até já foi “Fenómeno” pelo que fez em campo, ou ainda é “Fenómeno”, pelo que já passou para ainda estar em campo, que no fim desse resumo me fez pensar que ao contrario dos outros em que a bola é a extensão do seu corpo, este “Fenómeno” faz da baliza a extensão do seu corpo. Ou se calhar melhor dizendo no passado ele fez da bola uma extensão do seu corpo, para fazer golos, actualmente mais velho, e com muitas lesões graves em cima, passou a fazer da baliza a sua extensão de corpo. E o pior é que eles (ele e a baliza) têm uma óptima relação. Vejam Ronaldo o "Fenómeno".


terça-feira, 7 de julho de 2009

Recordando....Faustino Asprilla

Li que recentemente fez a sua festa de despedida. Aqui escolhi-o para ser o 1º jogador a recordar na abertura desta nova temporada.
Faustino Asprilla, rápido, esguio, tecnicista, finalizador. Começou no Calcutá Desportivo, destacou-se no Parma de Itália, esteve em Newcastle, regressou a Parma, para mais 2 epocas antes de 4 epocas no Brasil repartidas por Palmeiras e Fluminense, acabou no Estudiantes da Argentina. Quem o viu jogar, da sua memória não sairá o mortal que celebrizou nos festejos dos seus golos. Para os mais novos digo que recentemente passou por Portugal um jogador que tinha traços deste Colombiano (Suazo), se bem que Asprilla era mais móvel e encaixava melhor em equipas de ataque continuado, mas não teria tanta força física.
Tino….saudades, os bons jogadores deixam sempre saudades...


Voltado de ferias..2009/10

Voltado de ferias..

Os principais campeonatos Europeus foram, de férias, e também nós Jogada de Sonho descasamos um pouco, mas não perdemos de vista tudo o que de mais importante se passou a nível futebolístico por esse mundo fora. Transferências, Taça das Confederações, transferências, campeonato de nacional de juniores e mais transferências.

Por partes.

Florentino Perez, ganhou as eleições do Real Madrid e logo anunciou a era dos “Divinos”, assim logo anunciou que tinha 250 milhões de euros para contratar Cristiano Ronaldo (94 milhões), Kaká (65 milhões), Benzema (35 milhões), ameaçou Xavi e Iniesta, balbuciou ibrahimovic, sonhou Messi e ainda negoceia Ribery.
Loucura? Exagero? Marketing? Muito se falou e muito se fala, mas a certeza que na liga Espanhola, esta época teremos o Individualismo “Merengue”, contra o colectivismo / filosofia “Barça”. Que role a bola, porque o apetite, esse está mais que aguçado.

Decorreu a taça das confederações, boa surpresa dos E.U.A, chegaram a final, batendo na meia final o fortíssima Espanha. Estiveram a ganhar 2-0 ao Brasil nesse jogo decisivo, mas o seu recuo final, fez cair o seu castelo.

Taça das confederações onde evolui, aquele que será dos reforços deste defeso em Portugal, aquele que talvez tenha a menor margem de manobra para erros, Ramires era desconhecido, até assinar pelo Benfica, ser convocado para a Canarinha, e agarrar a titularidade da mesma. Vai jogar em relvados Portugueses, na Luz onde a pressão de vencer é cada vez maior.

Palavra final para alguns jogadores que vi evoluir na fase final no nacional juniores. Diogo Rosado (Médio) e Wilson Eduardo (avançado) do Sporting, Diogo Viana (avançado) e principalmente Josué (médio) do Porto, Roderick Miranda (defesa), Yartey (extremo esquerdo), Lassana Camará (médio), Nélson Oliveira (avançado), David Simão (médio) do Benfica.
Jovens com muita qualidade e que seria importante seguir e perceber se tarão ou não oportunidades de evoluir.

Ps: Houve também eleições no Benfica, mas isso é fora do campo, e pouco importa para aqui…